O mercado imobiliário em Portugal está bem e recomenda-se, tendo definitivamente ganho um novo fôlego, deixando para trás os maus anos marcados pela crise. João Pedro Pereira, membro da comissão executiva e director de Marketing e Tecnologia da ERA Portugal, define como "excelente" o actual momento do mercado imobiliário nacional, justificando a sua afirmação com "o aumento da confiança dos consumidores e a melhoria dos indicadores macroeconómicos, nomeadamente ao crescimento do PIB nacional".
Para a ERA, acrescenta João Pedro Pereira, 2017 foi um ano "particularmente importante". "Não só continuámos a crescer a nossa quota de mercado, como também aumentámos o nível de satisfação dos nossos clientes conforme comprovam os Prémios Superbrands, Marcas que Marcam, Marcas de Confiança e Prémio Cinco Estrelas", salienta.
João Pedro Pereira diz que a ERA é a empresa imobiliária "com maior cobertura a nível nacional", estando presente "em todas as regiões do país, sejam urbanas ou rurais". Questionado sobre quais as regiões ou cidades de Portugal em que se regista um maior crescimento do sector imobiliário, responde que o crescimento deste sector "começou pelos centros urbanos e mais tarde alargou-se às zonas periféricas". "Actualmente, Lisboa, Porto e Algarve continuam a ser as zonas mais dinâmicas do sector imobiliário", conta.
A ERA, refere João Pedro Pereira, é a agência imobiliária em Portugal "com o maior número de imóveis em comercialização, cerca de 65.000".
O que será que distingue este "gigante" da concorrência? "Os nossos agentes ERA são profissionais em full-time e são especialistas numa determinada zona geográfica onde operam. Cada agente é apoiado por um consultor legal e financeiro que trata de todos os processos administrativos para a compra e venda de casas, incluindo apoio na obtenção de financiamento bancário", realça o responsável e prossegue: "Cada agente ERA tem ainda um grande apoio dado pelas ferramentas tecnológicas, em particular o nosso website, o nosso Chat Bot e o nosso CRM, que nos permite identificar todas as oportunidades de negócio e agir rapidamente na defesa dos interesses dos nossos clientes. São estes factores que diferenciam a ERA de outras imobiliárias."
A imobiliária ainda não fechou os números de 2017, pelo que ainda não há dados do volume de negócios, mas foi um ano de "crescimento", garante João Pedro Pereira, avançando que os desafios para o futuro passam por "continuar a crescer, liderar em tecnologia e melhorar e aumentar a formação dos agentes". É que o mercado está cada vez mais "profissional e internacional" e a ERA exige aos seus agentes que "sejam os melhores no domínio técnico, de tecnologia, nos idiomas" e, por isso, vai continuar "a investir na formação". Seguindo a tendência dos últimos anos em que a imobiliária aumentou a sua rede, este ano está planeada a abertura de "entre 10 a 15 novas agências ERA".
Reabilitação urbana nos centros
Questionado se hoje há mais portugueses a procurar e comprar casas reabilitadas, João Pedro Pereira explica que "nos grandes centros urbanos verifica-se uma maior dinâmica na reabilitação urbana". Nas zonas "mais periféricas existe uma maior propensão ao lançamento de novas construções". Ou seja: há mais portugueses a comprar casas reabilitadas nos grandes centros urbanos do que no resto do país.
Em relação ao desenvolvimento do sector imobiliário, favorece quer a reabilitação urbana quer a construção nova. "Nos grandes centros urbanos, sendo difícil haver espaço para mais construção nova, a reabilitação urbana continuará a ser a tendência. Fora das grandes cidades existirá um aumento do favorecimento destas novas construções", afirma.
Sobre os desafios que se colocam no futuro ao sector imobiliário em Portugal, o responsável da ERA Portugal explica que as casas que estão a ser construídas agora, terão um tempo de vida de "várias décadas, até mesmo mais de um século". As opções técnicas que se estão a tomar para estas casas vão caracterizar o futuro do parque habitacional em Portugal, existindo, assim, "uma nova janela de oportunidade para definir as grandes linhas do planeamento urbano das próximas décadas".
"Os agentes imobiliários têm um papel importante a desempenhar neste sector porque conhecem as necessidades dos clientes que vão morar nessas casas e as principais tendências de mercado", recorda.