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Reabilitação Urbana 2018
Notícia

Ensino superior lecciona cursos associados ao sector

Escolas apostam em licenciaturas, mestrados e não só.

23 de Janeiro de 2018 às 15:03
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Os estabelecimentos de ensino superior nacionais estão sensíveis e reconhecem a importância da reabilitação urbana em Portugal e a sua oferta formativa demonstra isso mesmo.

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) lecciona o mestrado em Reabilitação Urbana e destaca-se por ser "efectivamente, um mestrado em Reabilitação Urbana, de carácter mais abrangente e profissionalizante em que não são, apenas, abordadas as questões da reabilitação estrutural e não estrutural dos edifícios", explica a Comissão de Coordenação do Mestrado em Reabilitação Urbana do IPT, prosseguindo: "Inclui as instalações técnicas, as questões de segurança aos incêndios e aos sismos e as questões que dizem respeito ao conforto térmico e acústico dos edifícios.
O plano de estudos deste curso inclui, também, os aspectos relativos às vias de comunicação e às infra-estruturas urbanas."

A Comissão de Coordenação acrescenta que no mestrado faz-se a "actualização constante dos programas no que se refere a normas, regulamentos, instrumentos financeiros e outros assuntos requeridos pela conjuntura e pelo mercado".


Os estudantes que frequentam este curso são "os licenciados em Engenharia Civil e áreas afins e os bacharéis em Engenharia Civil com currículo científico ou profissional relevante". Mas há outros estudantes, como, por exemplo, de Conservação e Restauro.

O balanço do mestrado é "positivo" e cumpre a sua missão. "Acreditamos que os profissionais que frequentaram este curso tenham adquirido uma visão integrada dos diferentes factores envolvidos num processo de reabilitação urbana e que venham a fazer a diferença nas equipas de trabalho."

Encontrar respostas e soluções para os problemas

O mestrado em Ordenamento do Território e Urbanismo, do Instituto Superior Técnico, diferencia-se por preparar os alunos para "encontrar respostas e soluções práticas, integradas e inovadoras, para os problemas que encontram nos espaços urbanos em particular e no território em geral". Destaca-se ainda pelo corpo docente "multidisciplinar", explica Jorge Gonçalves, professor do Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos do Instituto Superior Técnico.

A preocupação em proporcionar uma formação de "qualidade, exigente e diversa" levou a que este mestrado em Urbanismo e Ordenamento do Território (MUOT) fosse este ano lectivo substituído por um novo mestrado em Ordenamento do Território e Urbanismo (MOTU), da responsabilidade conjunta do Instituto Superior Técnico, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e Faculdade de Arquitectura, pertencendo todas as escolas à Universidade de Lisboa. "O curso será acolhido a cada dois anos por cada uma das escolas", informa. A dissertação de mestrado poderá ser desenvolvida "no modelo clássico ou sob a forma de projecto ou ainda em contexto empresarial".

Este novo MOTU é frequentado por alunos de proveniências "muito distintas" – Geografia, Arquitectura, Economia… –, bastando que a sua formação e experiência anterior lhes tenha fornecido "noções suficientes de base territorial". E mesmo estando no primeiro ano da primeira edição já "superou largamente as expectativas mais optimistas ao praticamente esgotar as vagas oferecidas".

Formação única

No que diz respeito à licenciatura em Reabilitação do Património da Universidade de Aveiro (UA), é "única no país", garante Ana Velosa. A directora da licenciatura em Reabilitação do Património e professora associada com agregação da UA prossegue: "Na área multidisciplinar de reabilitação do património edificado, na qual participam arquitectos, engenheiros, conservadores-restauradores, arqueólogos e historiadores, verifica-se a necessidade duma formação específica que permita abordar os problemas complexos associados a esta área. Sendo uma formação única em Portugal, não o é a nível internacional. A título de exemplo, o Reino Unido fornece formação específica nesta área, o que tem beneficiado a adequada reabilitação do património edificado nesse país."


Os estudantes que procuram este curso têm uma proveniência "diversificada, das ciências e das artes", mas querem trabalhar na área de reabilitação do património edificado, que tem crescido substancialmente em Portugal e está consolidada na maioria dos países europeus. E o balanço que faz desta licenciatura "é muito positivo". 

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