A Salvado Engenharia e Construção Lda. trabalha desde o seu início, há 15 anos, na área da reabilitação urbana. Pedro Salvado, o proprietário, recorda que há 20 anos apenas se via "construção nova" e os centros urbanos estavam cada vez mais "desertos". Foi por isso que a empresa se dedicou à reabilitação, "prevendo que iria começar a haver alguma procura, e a ‘crise’ em si fez esse papel, levando os proprietários a não apostar em comprar novo, mas sim em investir naquilo que já possuíam". Mais: tornou-se "numa moda viver em casas com alguma história", cada vez mais procuradas por "pessoas mais novas".
A empresa trabalha nas Beiras, Alentejo, Grande Lisboa. Questionado sobre que apoios estatais ou autárquicos são mais utilizados para recuperar imóveis antigos, responde que são diversos, dependendo do tipo de obra e localização. "A nível nacional pode consultar-se o Portal da Habitação para ver o enquadramento da obra em questão", que vão desde a redução de IVA ou IMI, apoio ao licenciamento, entre outros – IFRRU, RPA, ARU, FZA…
A documentação necessária para reabilitar um imóvel depende do programa em que se insere, mas, de um modo geral, é preciso "cópia do registo predial do imóvel, caderneta predial e identificação de proprietários". A burocracia é agora menor, pois cada vez mais existe "apoio" das câmaras. E, em média, um processo demora "três a seis meses, dependendo sempre dos programas a que se candidatem".