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“O gás natural deu-nos um impulso importante”

O projeto do gás natural em Portugal transformou uma empresa local numa organização de dimensão nacional. Este ano, a PRF comemora 30 anos no setor e, entre desafios, está a utilizar toda a sua experiência e as suas soluções na área do hidrogénio.

04 de Março de 2021 às 14:07
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A PRF atua em tudo o que sejam infraestruturas e equipamentos nas áreas dos gases combustíveis, com soluções que abrangem a engenharia, a construção, o fabrico, a montagem e a manutenção. A empresa está presente na Europa, em África e na América Latina. Tem maior relevância no continente europeu, mas intervém em cerca de 20 países a nível mundial. Em ano de 30.º aniversário, Paulo Ferreira, administrador da PRF, revela nesta entrevista quais são as soluções que disponibiliza a empresa, sendo hoje um conjunto bastante mais alargado do que quando iniciaram a atividade.

 

Que balanço faz de 30 anos de atividade?

Existe uma longa história em comum que se mistura com as nossas vidas. E na realidade, há muita coisa para contar durante este percurso de 30 anos. Temos o mesmo método de trabalho, a mesma forma de nos posicionar no mercado, a mesma atitude e eu penso que isso é dos grandes ativos que possuímos. Trabalhamos de forma séria, equilibrada, competente, procurando as melhores soluções para os clientes. Desejamos ser uma empresa sólida, com um crescimento sustentado. São estes os nossos princípios. A PRF investe no seu capital maior, as pessoas. Esta vertente continua a ser a chave do nosso sucesso. O percurso de êxito destes 30 anos passa, inevitavelmente, pela equipa que fomos construindo ao longo do tempo.

 

Existiram marcos importantes para o crescimento e desenvolvimento da PRF, o primeiro foi o gás natural em Portugal. Este projeto deu-nos um impulso importante, tivemos oportunidade de crescer, obrigou-nos a ganhar capacitação em outras áreas que não tínhamos, a abrir outras valências que nos deram novas oportunidades de negócio e conseguimos ganhar espaço no mercado. Abrimo-nos a novos horizontes. Fez-nos formar pessoas, investir, criar estruturas internas, e nesse sentido, foi um lançamento da PRF para uma dimensão maior. Deixámos de ser uma empresa local de instalação de redes de gás para passar a ter uma dimensão nacional na área da rede de gás natural, mas também, das suas infraestruturas. Com essa nova oportunidade criámos conhecimento, capacitação, experiência e crescemos.

 

Pode apontar mais alguns marcos importantes do vosso crescimento?

Outro facto importante no nosso percurso foi quando iniciámos os projetos de gás natural liquefeito (GNL). Mais uma vez, identificámos uma oportunidade de negócio, de crescimento. Investimos, criámos uma equipa específica de trabalho e fomos para o mercado, onde produzimos e mostrámos qualidade no trabalho realizado. E hoje, o GNL tem na empresa um peso importantíssimo na nossa atividade e na globalidade do nosso volume de negócios.

 

Recentemente, com os gases renováveis, sucedeu o mesmo: identificámos a oportunidade, e, tal como os outros marcos no nosso percurso empresarial, será uma vantagem de negócio num futuro próximo.

 

Que iniciativas tem levado a cabo a PRF para assinalar os seus 30 anos?

Lamentavelmente, não podemos comemorar esta data, celebrando junto de todos aqueles que têm contribuído para o que a PRF é hoje, que são os nossos colaboradores. A pandemia alterou os nossos planos, pelo que, mais uma vez, tivemos de nos adaptar. Eu diria que o ponto alto destas celebrações foi a conferência internacional online que realizámos no passado dia 28 de fevereiro, que teve como tema "Os desafios e as oportunidades do setor do gás na transição energética". Esta conferência contou com a participação de diversos players do setor da energia, que nos honraram com a sua presença, nomeadamente o secretário de Estado da Energia, doutor João Galamba, o engenheiro Gabriel Sousa, Galp Gás Natural Distribuição, o engenheiro Nuno Moreira da Dourogás Renováveis, o engenheiro Pedro Furtado da REN, para além de alguns dos nossos clientes, como é o caso de Fernando Sarasola, da Molgas, Laure-Anne Mounet, da Engie/GNvert e Gordon Canning, da PRIMA LNG.

 

Para além deste evento, tínhamos planeado uma ação com todos os colaboradores da PRF de reflorestação da Mata dos Marrazes, em Leiria, mas por causa do confinamento apenas realizaremos uma cerimónia simbólica, a 6 de março. Teremos outros eventos no decorrer deste ano, mas estão dependentes das regras de confinamento.

 

Além da reflorestação da Mata dos Marrazes, pode dar-me mais alguns exemplos da responsabilidade social da empresa?

A PRF é uma empresa totalmente comprometida com a sua responsabilidade social. Está integrada em toda a nossa organização e é praticada no contexto das nossas relações, particularmente no contributo para a nossa comunidade. É uma cultura que tem sido desenvolvida ao longo dos anos e, mais recentemente, além do projeto de reflorestação da Mata dos Marrazes, em conjunto com a câmara municipal e com a União das Freguesias de Marrazes e Barosa, em que plantaremos 6.000 árvores, colaborámos também na aquisição de material hospitalar de apoio ao combate à covid para o Centro Hospitalar de Leiria, com a compra de quatro carros de medicação.

 

O que distingue a PRF?

Devo sublinhar que quando um cliente contrata pela primeira vez a PRF normalmente fica connosco para a vida, se me é permitido dizer desta forma. Isso diz muito da atitude e do posicionamento com que todos na PRF encaramos a relação com cada cliente. Poderei elencar alguns elementos diferenciadores de como a PRF se posiciona no mercado.

 

Em primeiro lugar, a nossa atitude de permanente foco e na prestação de serviços a cada cliente. Na PRF, em vez de falarmos de produto preferimos abordar a situação numa perspetiva da qualidade de serviço que globalmente prestamos ao cliente e sempre com uma forte disponibilidade para ir ao encontro das suas mais elevadas expectativas.

Em segundo lugar, a nossa grande capacidade de elaborar e produzir produtos e soluções de grande qualidade, com forte capacidade de engenharia, fabrico, instalação e manutenção de quaisquer soluções que disponibilizamos aos clientes.

 

A PRF é uma empresa de matriz portuguesa, mas apostou de forma sustentada num processo de internacionalização, pelo que os nossos clientes possuem a segurança de que os poderemos apoiar e estar presentes em qualquer parte do mundo. Por exemplo, temos clientes que estão em mais de dez países em simultâneo e que estabelecem um contrato com a PRF para lhes fornecermos e assegurarmos serviços em todas essas geografias.

 

Onde é utilizado e quais as vantagens das soluções que a PRF desenvolve para a utilização do hidrogénio?

A PRF não é ainda uma empresa com tradição no hidrogénio. Também não existem propriamente empresas a nível mundial com tradição no hidrogénio. Esta é uma área nova de desenvolvimento empresarial. Dito isto, e apesar de o hidrogénio e o gás natural serem diferentes, em termos do seu processo de armazenagem, compressão, manuseamento e abastecimento, são muito similares.

 

A PRF possui uma experiência de ligação de 30 anos ao setor do gás natural, pelo que nos propomos a utilizar esse saber e essa experiência na área do hidrogénio. Neste momento, estamos a elaborar e a apresentar projetos para vários clientes, desde a produção, armazenagem, compressão, distribuição e abastecimento de veículos, ou ainda à injeção de hidrogénio nas redes de gás natural. A este nível, gostaria de mencionar o projeto que conta com a participação da Galp Gás Natural Distribuição, empresa que controla a Setgás, concessionária da exploração da rede de gás natural na Península de Setúbal. Conta também com o apoio da PRF e da Gestene. Começou um projeto de demonstração, que tem a duração de dois anos, e que injetará hidrogénio verde na rede de gás natural, servindo um aglomerado de 80 clientes, com 70 residências e uma dezena de empresas, incluindo um consumidor industrial. Esta experiência está a ser desenvolvida no concelho do Seixal e o projeto prevê a construção de uma tubagem de polietileno com cerca de 1,4 quilómetros que ligará a unidade de produção de hidrogénio da Gestene a uma infraestrutura que fará a mistura do hidrogénio renovável na rede de gás natural.

 

O hidrogénio será importante no futuro?

Considero muito importante desenvolver a solução hidrogénio. Aliás, ela será de tal modo importante que penso que no presente já ninguém questiona a sua introdução e desenvolvimento no mercado. É preciso mudar os hábitos de consumo e a forma como lidamos com o ambiente.

 

Na nossa perspetiva, preferimos olhar como uma imensa oportunidade, talvez irrepetível, pois vamos ter apoios financeiros elevados da União Europeia para desenvolver um verdadeiro cluster do hidrogénio, podendo dessa forma criar riqueza para o país, visto que serão certamente criadas várias empresas. O emprego vai subir neste setor. No fundo, a criação de um cluster do hidrogénio vai ajudar, significativamente, a dinamizar toda a economia nacional, não esquecendo que permitirá reduzir também as importações de energia, passando em quantidade significativa a produzir internamente e de forma mais limpa e sustentável.

 

Quantos colaboradores tem a PRF?

A PRF conta atualmente com 120 colaboradores, na sua maioria com formação superior, sobretudo ao nível da engenharia.

 

Para nós, os recursos humanos constituem a chave para o sucesso das empresas, pelo que, permita-me sublinhar a importância para a formação que é administrada internamente, pois na área em que atuamos existe um défice de formação nas universidades ao nível da engenharia direcionada para o gás. Logo, é fundamental o complemento que emprestamos aos nossos colaboradores na formação interna. Por isso, costumo dizer que mais do que virem preparados das universidades, o fundamental é virem com uma grande vontade de aprenderem e evoluírem. Felizmente, na PRF, temos encontrado essa grande vontade e disponibilidade.

 

Em quantos países está presente?

A sede da empresa está em Portugal, mas possuímos realmente um processo de internacionalização, com empresas de direito local em Angola, Moçambique, Brasil e França. A breve prazo vamos alargar a nossa presença com a criação de uma empresa em Espanha.

 

Por outro lado, a PRF observa constantemente oportunidades noutros mercados e, neste momento, estamos a olhar com muita atenção para o potencial e para possibilidades de estarmos a breve prazo na região do Médio Oriente, pois trata-se de uma região onde a aposta nas energias renováveis é recente, mas bastante significativa.

 

Qual foi o volume de negócios de 2020?

As contas de 2020 ainda não estão completamente fechadas, pelo que será prematuro referenciá-las publicamente. Entretanto, posso garantir-lhe que o ano passado, apesar de toda a atipicidade provocada pela pandemia, acabou por ser um excelente ano para a PRF, tanto ao nível do volume de negócios como nos resultados obtidos.

 

Posso referir-lhe, naturalmente, os resultados obtidos em 2019, e que registaram um volume de negócios de 19.406.043 euros, dos quais 61% foram obtidos na operação em Portugal e os restantes 31% no conjunto da operação internacional.

 

De que forma a pandemia afetou a vossa operação?

Para além dos constrangimentos que as medidas de combate à pandemia nos causaram e que soubemos ultrapassar da melhor forma possível, eu diria que o impacto foi reduzido.

 

Nós trabalhamos num setor em que as soluções desenvolvidas e implementadas são de longa duração, ou seja, aquilo que estamos a implementar em 2021, e até no próximo ano, em grande medida, já foi desenvolvido e acordado anteriormente. Por isso, a PRF já trabalha com um horizonte mais alargado, visando os anos de 2023, 2024 e 2025, nos quais queremos continuar a ser muito competitivos, a desenvolver soluções com padrões de excelência e a servir os nossos clientes com os mais elevados padrões de qualidade ao nível mundial.

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