A 12 de fevereiro de 2009 Vasco Narciso dos Santos (1920-2018) e Alexandre Soares dos Santos (1934-2019) assinavam, em nome da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, principal acionista da Jerónimo Martins, a escritura de constituição da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Alexandre Soares dos Santos sempre teve uma grande admiração pelas fundações criadas pelos milionários norte-americanos.
Como lembra Gonçalo Saraiva Matias, presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos desde agosto de 2022, a Fundação Francisco Manuel dos Santos foi criada com a missão e o objetivo de promover o conhecimento e o debate sobre a sociedade portuguesa.
A linha editorial insere-se nesta missão, e é um potente instrumento para a sua realização considera Gonçalo Saraiva Matias. De facto, logo em 2010, foram editados os primeiros livros pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que tinham por título "O Ensino do Português", de Maria do Carmo Vieira, "Economia Portuguesa: As Últimas Décadas" por Luciano Amaral, e "Portugal: Os Números", de Maria João Valente Rosa e Paulo Chitas.
Lançamento da Pordata
Em fevereiro de 2010 foi lançado o site Pordata-Base de Dados de Portugal Contemporâneo, primeiro com dados sobre e depois sobre a Europa, em novembro de 2010 e as regiões e municípios portugueses em maio de 2012. Nessa altura numa entrevista Alexandre Soares dos Santos dizia que a Fundação constituía a sua maior alegria em mais de 50 anos de trabalho.
"Distribuímos e fazemos chegar livros aos portugueses em formato acessível numa linguagem direta sobre, às vezes, temas muito complexos, com autores muito reputados. Conseguimos garantir que um conjunto alargado de pessoas tem acesso à informação, aos estudos, aos retratos, aos ensaios, feitos por pessoas altamente qualificadas sobre temas difíceis, mas escritos numa linguagem simples e acessível para que todos possam ler", disse Gonçalo Saraiva Matias.
Nas várias coleções já foram editados 329 títulos e, desde 2010, a Fundação colocou 1 860 867 livros, das coleções Ensaios e Retratos, e 14 mil livros da coleção Estudos, nas mãos dos portugueses. "É no fundo a concretização da nossa missão. Chegar a um maior número de pessoas e garantir que o maior número de pessoas conhece os factos da realidade portuguesa e depois os pode debater com liberdade, mas um debate sempre informado", referiu Gonçalo Saraiva Matias. Acrescenta que, por esse motivo lançaram recentemente o mote "não basta pensar, é preciso estudar, ouvir, ler."
Vencedor: Programa editorial da Fundação Francisco Manuel dos Santos