Os setores agrícola e agroalimentar não escaparam às disrupções causadas pela pandemia, mas mesmo perante todas as dificuldades mostraram ser capazes de se adaptar, inovar e responder positivamente aos desafios.
Numa intervenção breve, no âmbito da 7ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação do Crédito Agrícola, Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, saudou o apoio do banco aos agricultores e a forma como têm incentivado o desenvolvimento das suas intervenções, mas afirma que no Ministério da Agricultura a inovação também está a ser assumida como um motor para ter uma agricultura mais competitiva e mais inovadora num contexto de resiliência e de recuperação económica que está a ser defendido pela União Europeia.
Agricultores mais preparados
Segundo a ministra da Agricultura, o esforço dos agricultores e as medidas implementadas pela tutela com base na Política Agrícola Comum foram determinantes para manter os setores agrícola e agroalimentar em produção, e hoje é possível dizer que os agricultores estão mais preparados para reagir e desta forma suportarem uma agricultura mais eficiente, mais sustentável, com explorações agrícolas mais viáveis, que permite chegar com alimentos ao consumidor a preços justos e acessíveis. Sem esquecer os desafios que surgiram por via da pandemia, Maria do Céu Antunes relembrou também o grande desafio que é a viagem para a agricultura circular.
"Queremos que a agricultura seja mais inclusiva e reforce o papel da biodiversidade, da gestão e do respeito pelos recursos naturais, para que se implemente uma cadeia de valor mais competitiva e que crie mais rendimento."
Com a agenda de inovação Terra Futura, o Ministério quer fazer crescer a agricultura, inovando-a para entregar à próxima geração.
93 milhões para a sustentabilidade
Assim, o Governo tem previsto alocar 93 milhões de euros do plano de recuperação e resiliência para suportar a rede de inovação que trabalhe com todos os atores do território. Será esta inovação e digitalização dos setores agrícola e agroalimentar que conduzirá ao uso eficiente dos recursos naturais, ao aumento da produção e, consequentemente, do rendimento.
"Temos um papel determinante para os objetivos do rendimento, do acesso aos alimentos e da promoção da neutralidade carbónica entre os agricultores", assumiu a ministra.