A 2BNanoFoods, sob a marca Suevia Foods, pretende revolucionar o mercado de alimentos, fornecendo soluções exclusivas e sustentáveis para a indústria alimentar. O primeiro produto, ALBA, "foi concebido para ser uma alternativa segura e sustentável ao dióxido de titânio (TiO2) na indústria alimentar", conforme explicam os fundadores da equipa Lorenzo Pastrana, CTO, e os co-CEO Pablo Fuciños e Miguel Cerqueira.
Este aditivo, utilizado em milhares de alimentos como agente branqueador e opacificante, "foi ligado a vários riscos para a saúde", e o Parlamento Europeu instou recentemente a Comissão a aplicar o princípio da precaução e a remover o TiO2 da lista de aditivos alimentares autorizados na UE.
Estando ainda em fase de desenvolvimento, prevê-se um produto mínimo viável do ALBA "no segundo trimestre de 2021". E o próximo passo, uma vez concluída a otimização do ALBA, será a validação do PMV "em parceria com empresas da indústria alimentar e a proteção da tecnologia através de um pedido de patente".
Validação da ideia, mas não só…
Distinguido na Categoria Alimentação, Nutrição e Saúde, os seus responsáveis acreditam que o prémio vem ajudar a "validar a ideia do negócio". Ao mesmo tempo, este reconhecimento significa ainda que o júri, "tal como nós, acredita que existe uma necessidade real de a indústria alimentar substituir o TiO2 sem mais demoras, e que o nosso produto ALBA pode ser uma das soluções". E, finalmente, "aumenta a visibilidade na indústria", pelo que os promotores da ideia estão confiantes de que ajudará a encontrar potenciais parceiros e clientes".
Além disso, o prémio "tem uma componente económica associada, que é muito importante para assegurar a viabilidade económica do projeto nesta fase inicial". Os três fundadores sentem-se assim encorajados "a continuar a trabalhar e a satisfazer as expectativas criadas".
Financiamento na mesa
O valor do prémio será direcionado para "cofinanciar as otimizações necessárias para a obtenção do PMV" sendo que, até agora, "o ALBA tem sido financiado pelos prémios obtidos em programas de empreendedorismo".
Outra hipótese em cima da mesa diz respeito ao financiamento "através da participação em projetos de investigação, desenvolvimento e inovação da União Europeia, em particular através do IET-Food" ou do programa EIC Accelerator do European Innovation Council. Já a transferência do ALBA para a comunidade "tomará a forma de contratos de fornecimento do produto a empresas do setor", algo que poderá acontecer "no início de 2022".