Numa altura em que a agricultura dá sinais claros de vitalidade, Miguel Freitas, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, confirmou que este é de facto um momento positivo para este sector e que efectivamente ele está "bem consigo próprio". "O sector aprendeu, provou que é capaz e está a fazer um caminho de inovação que o levará ao sucesso", afirmou o executivo.
Na sua intervenção no Encontro Novas Aplicações para a Agricultura, organizado pelo Crédito Agrícola no âmbito da 5ª Edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação, Miguel Freitas congratulou o Crédito Agrícola e a INOVISA pela persistência e iniciativas que lideram para levar o reconhecimento aos empreendedores e organizações que contribuem para a renovação de que a agricultura precisa.
"O sector fez uma transformação imensa ao longo dos últimos 20 anos e este reconhecimento faz com N que nos sintamos bem", sustenta o secretário de Estado. Nesta iniciativa, organizada à margem da Feira Nacional de Agricultura, que mais uma vez teve lugar em Santarém, Miguel Freitas reconheceu também a capacidade que as organizações agrícolas tiveram para efectuarem as mudanças que eram necessárias para enfrentarem importantes desafios como o da abertura dos mercados. "Hoje, a agricultura e os produtos portugueses estão em praticamente todo o mundo e o objectivo mítico de conseguir o equilíbrio da balança agro-alimentar está prestes a acontecer", sustentou o executivo.
Cooperação é um aspecto essencial
Na senda de grandes objectivos, este responsável disse ter consciência de que todos estes contextos só são possíveis porque o sector teve a capacidade de inovar e modernizar-se para fazer a diferença e contribuir para a sua transformação.
Se a inovação é um pilar da transformação, Miguel Freitas admitiu que os Laboratórios do Estado estão a acompanhar esta dinâmica." Se houve alturas em que os Laboratórios do Estado perderam muita da sua capacidade no domínio da investigação e do desenvolvimento, é verdade que aprendemos e, do meu ponto de vista, o que é inovador é que percebemos que as universidades continuam a fazer conhecimento, mas que os Laboratórios do Estado e as organizações de produção agrícolas devem trabalhar em conjunto e fazer inovação", reconheceu o secretário de Estado.
Segundo ele, a cooperação "não é uma palavra proibida" e será com base na colaboração e na partilha que se construirá "o caminho para o futuro e para que sejamos capazes de transportar a pequena escala para grande escala".
Investimento e reconhecimento é para continuar
Licínio Pina, presidente do Crédito Agrícola, continua firme na sua intenção de continuar a ser um elemento activo na valorização e promoção da inovação e da cooperação no sector Agrícola. "É com satisfação que temos constatado a grande inovação que tem havido no país relacionada com este sector", afirmou o presidente enquanto reforçava o empenho da sua instituição e das que se lhe associam em mais uma edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação, cujas candidaturas estão abertas até ao próximo dia 27 de Julho.
Esta 5ª edição teve o seu lançamento no passado dia 27 de Abril, na Ovibeja, com a presença de Luís Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, que na sua intervenção referiu que a inovação é cada vez mais uma prioridade da política agrícola europeia e do governo.
Iniciativas como este prémio que o Crédito Agrícola, em colaboração com a INOVISA, tem promovido todos os anos são fundamentais para dar a conhecer o que de melhor existe e se faz em Portugal. Por isso espera que, mais uma vez, este ano seja um sucesso e que este concurso possa continuar no futuro a promover a inovação no sector agrícola em Portugal.