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Empresas portuguesas aceleram adopção da “cloud”

Embora a entrada na nuvem tenha começado mais tarde em Portugal, a verdade é que o nível de maturidade já atingido neste campo coloca as organizações portuguesas ao nível das suas congéneres europeias.

31 de Janeiro de 2017 às 10:00

"No último ano, avançámos muitíssimo em termos de ‘cloud computing’ em Portugal e estamos já a caminhar ao mesmo nível de outros países europeus." Esta é uma das principais conclusões saídas do "Oracle Cloud Survey" encomendado pela Oracle à IDG e que analisa apenas a realidade nacional.

Um resultado que mereceu destaque por parte de Bruno Morais, senior sales director na Oracle Portugal, que lembrou "ainda há um tempo podíamos dizer que começámos tarde na ‘cloud’ e que, comparando com outros países da Europa, a adopção não estava a ser tão rápida como esperávamos, mas hoje em dia vemos que o panorama é completamente diferente".


E se a entrada na nuvem se tem vindo a tornar mais habitual entre as empresas nacionais, a verdade é que o tipo de modelo adoptado, para já, não é de todo surpreendente. Entre os inquiridos, 66% dizem ainda preferir um modelo de "cloud" privada, ou seja, "querem encontrar formas de tirar partido da nuvem, mas ainda com a segurança de uma" sublinha Bruno Morais.

Ainda assim, ressalva o acentuado crescimento ao nível da adopção do modelo de "cloud" híbrida, escolhida por 55% dos inquiridos, e para o facto de a "cloud" pública ser opção para 49% dos inquiridos. Este é "um valor que também cresceu", ressalva Bruno Morais, que fala na capacidade de "passar tudo o que é a infra-estrutura e aplicações para a ‘cloud’ pública da Oracle".


Antes ainda de se avançar com uma estratégia de "cloud computing", importa perceber quais podem ser os obstáculos a ultrapassar e que variáveis podem vir a complicar a equação. Na realidade, o estudo da Oracle dá conta de que 57% dos CIO consideram o fator "segurança" como o mais preocupante. Diz Bruno Morais que este é um receio "que se vai dissipar com o passar do tempo até porque organizações como a Oracle ou qualquer outro fornecedor de ‘cloud’ puro têm uma preocupação com a segurança maior do que qualquer outra organização".

Associada a esta questão da segurança, surgem três questões essenciais que provocam receio: acessos não autorizados, fuga de dados relativos a clientes e perda permanente de dados.


Um segundo ponto que poderá atrasar a adopção de tecnologia "cloud" diz respeito à privacidade dos dados, apontada por 53%. O pódio integra ainda um outro receio, na terceira posição, embora a uma clara distância das duas primeiras: com 36% das respostas, fala-se de largura de banda.

Outros factores apontados foram ainda a flexibilidade, o custo e a formação dos seus quadros nesta área.


O estudo da Oracle traça um outro cenário relacionado com as prioridades em termos de investimento na "cloud". E aqui, as respostas apontam para uma clara preferência do conceito DaaS (database-as-a-service), com 30% das preferências. Tendo em conta estes valores, Bruno Morais acredita que a Oracle "sendo a maior empresa de base de dados a nível mundial tem uma clara oportunidade de negócio".

Em segundo lugar – e menos surpreendente – surge o investimento em PaaS (plataform-as-a-service), com 26% das respostas, seguido de IaaS (infrastructure-as-a-service), com 23%, e do SaaS (software-as-a-service) com 21%, mas derivando de um mercado que "já entrou num ciclo de maturidade em Portugal", recorda Bruno Morais. 

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