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Preços devem diminuir e as autonomias aumentar

Para disseminar os elétricos é preciso continuar a evoluir tecnologicamente. É também necessário dar mais algum tempo para que as pessoas assimilem e experimentem estes automóveis.

27 de Fevereiro de 2020 às 11:41
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Os preços, a autonomia das baterias, o facto de – sobretudo os elétricos – serem encarados como uma novidade com poucos anos, levando a que muitas pessoas ainda não se tenham habituado à ideia de ter estes carros, são alguns dos motivos que fazem com que este setor de mercado não tenha disparado mais nas vendas, apesar da sua constante evolução.

 

Não obstante, estão a ser dados "grandes passos pela indústria" nesse sentido de fazer disparar mais a venda de elétricos e híbridos, garante Nuno Serra, marketing manager da Volkswagen. "Viveremos um período em que a escolha do meio de tração estará intimamente ligada às reais necessidades de mobilidade de cada um; aí, os motores de combustão continuarão a ter um papel fundamental nesta matriz meio propulsão/necessidade de mobilidade". E prossegue: "Em muitos casos também acreditamos que numa fase intermédia o consumidor sinta mais conforto em ter no seu agregado uma viatura elétrica e outra tradicional. É um processo de mudança no qual a experiência de utilização é primordial!"

 

Seja como for, o responsável da Volkswagen refere que se está a assistir a um crescente interesse dos consumidores pela mobilidade elétrica e suas variantes. Por exemplo: "O crescimento do mercado de híbrido plug-in é visto como um passo intermédio a toda essa eletrificação. No campo dos 100% elétricos, quanto mais as barreiras de preço e autonomia forem caindo mais a apetência por estas viaturas crescerá."

 

Sobre o que falta fazer para tornar os carros elétricos mais apetecíveis aos consumidores, Ricardo Oliveira, diretor de Comunicação e Imagem da Renault, diz que mesmo sendo um tema com grande notoriedade, "a verdade é que os veículos elétricos têm apenas oito anos de existência".

 

"Grande parte das pessoas nunca teve a oportunidade de experimentar e é ainda menor a percentagem daqueles que tiveram a experiência de ‘viver’ por um período de tempo com um automóvel elétrico." Ricardo Oliveira acrescenta que ainda persiste um conjunto de ideias associadas à mobilidade elétrica, as quais "apenas poderão desaparecer através da experimentação ou, melhor ainda, da vivência".

 

João Marcos Marchante, partner e manager na rent-a-car Watts on Wheels, diz que para tornar os carros elétricos mais apetecíveis é preciso fazer as contas do preço por quilómetro de autonomia. "Quando houver um carro que faça X quilómetros e custe Y dinheiro as pessoas deixam de ter medo da mudança e apego ao modelo atual. Não sabemos que valor é esse, mas é o que falta para ser apetecível - e acessível - a muito mais gente. É também uma questão tecnológica". E acrescenta: "Da nossa parte, com os nossos carros topo de gama e simultaneamente com os mais acessíveis, proporcionaremos a experiência de mobilidade elétrica no seu pleno e contribuiremos, com muito gosto, na transição para esta nova era da mobilidade."

 

Portugueses e marcas em consonância

 

Elétricos e híbridos ainda "rodam" para conseguirem mais espaço no mercado automóvel, mas os portugueses estão mais ecologistas. E as marcas – como parte da sua estratégia – estão a apostar mais nestes veículos. Aliás, as situações "coexistem neste momento", conta Helder Pedro, secretário-geral da ACAP.

"Tem-se verificado um grande interesse dos portugueses pela mobilidade elétrica, não apenas na perspetiva de poder ser mais económica que a alternativa de combustão interna, mas também devido a questões ambientais. Por outro lado, a oferta das marcas é cada vez mais variada, existindo veículos para todos os gostos e bolsas. Existem neste momento veículos no mercado que vão desde a gama alta até propostas verdadeiramente económicas."

 

Henrique Sánchez, presidente da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, diz igualmente que se está a assistir aos dois casos, ou seja: os portugueses estão mais ecologistas e as marcas estão a apostar mais nestes veículos.

 

"Por um lado, todos  estamos mais alertados para os problemas derivados das alterações climáticas, pois já nos afetam diretamente. Incêndios gigantescos no centro e no Sul do país, tornados cada vez mais fortes, o furacão que atingiu as Flores, nos Açores, já são situações que nos atingem e não apenas imagens de terras longínquas – Austrália, Amazónia, e não só. Além do contínuo degelo das calotas polares e da ameaça a espécies animais e vegetais."

 

As marcas, por sua vez, estão a produzir uma oferta cada vez mais "diversificada, com mais autonomia, a preços mais acessíveis".

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