A mobilidade eléctrica e inteligente é uma inevitabilidade. Por isso, a indústria automóvel está a dar os passos necessários para adaptar os seus veículos a esta realidade. Nuno Serra, director de marketing da Volkswagen, diz que proporcionar mobilidade às pessoas é uma necessidade básica não deixando alternativa à indústria automóvel para se mover nesse sentido; da mobilidade inteligente. Várias abordagens estão a ser realizadas, mas uma coisa parece ser certa: "A mobilidade será eléctrica, a tender para autónoma e muito conectada."
Questionado sobre qual a interacção da Volkswagen com a sociedade e que papel está a desempenhar para desenvolver a aceitação de novos modelos de mobilidade mais eficientes e ecologicamente sustentáveis, responde que a marca tem um forte compromisso com o futuro da mobilidade em geral. "O mais evidente é o forte investimento que a marca está a realizar no sentido de expandir o seu portefólio, muito alavancado nas ofertas eléctricas. Mas não é apenas uma promessa de futuro; já hoje a marca tem vindo a apostar na promoção de mobilidade mais eficiente. Quer a nível de produtos como as ofertas GTE (PHEV), disponíveis nas gamas Passat e Golf, como nas soluções 100% eléctricas (BEV), no caso do e-Golf e e-up!, em que deu passos muito importantes no que respeita à autonomia."
Por outro lado, prossegue, tem contribuído com projectos de mobilidade na Europa, tendo no MOIA o seu maior estandarte. Mais importante do que tudo, tem contribuído para "o desenvolvimento de toda a sua organização no sentido de transformar o paradigma: passar de fornecedor de produto a fornecedor de serviço". A conectividade dos veículos desempenha aqui um factor-chave e é já hoje uma realidade, garante.
Sobre o papel que vai desempenhar o carro eléctrico no futuro da mobilidade e cidades inteligentes, Nuno Serra diz que esta solução vai ser fundamental, pois o futuro da mobilidade vai ser eléctrico. Por pressão ambiental, em que a resposta mais óbvia leva "à electrificação"; ou por evolução tecnológica, na qual a questão da autonomia será "rapidamente resolvida". Estas duas causas vão conduzir à maior evolução de todas no âmbito da mobilidade: "A condução autónoma, que hoje se apresenta como a maior resposta futura à questão da mobilidade dentro das cidades, especialmente."
Quanto às cidades europeias, Nuno Serra refere que "ainda não estão" preparadas para abraçar o desafio da mobilidade inteligente, embora reconheça que tem havido "desenvolvimentos consideráveis nos últimos anos", dando como bons exemplos de "consciencialização, promoção de hábitos de mobilidade e incentivos" a Noruega e Holanda. Em relação às cidades portuguesas a realidade é "díspar". Já se registam "mudanças de políticas". No que diz respeito às condições para promover a utilização e gestão de viaturas ecológicas, "há passos importantes a dar".