Os hábitos quotidianos de milhões de pessoas vão seguramente mudar nos próximos anos, assim como a face de muitas cidades. Até 2050 o número de automóveis nas estradas vai duplicar, ultrapassando os 2,4 mil milhões. Por outro lado, a mobilidade elétrica está a crescer, estimando-se que, em 2027, mais de 30% dos automóveis que estarão a circular na Europa sejam elétricos.
A tentativa de desenvolver veículos movidos a eletricidade não é nova. A Nissan, por exemplo, apresentou o seu primeiro veículo elétrico em 1947. Muito se evoluiu nos últimos 70 anos e, hoje, mais do que mobilidade elétrica, caminha-se rumo a uma mobilidade inteligente, que redefine a forma como os veículos são movidos, conduzidos e integrados na sociedade. Em breve, estaremos perante a existência de automóveis que eliminam o stress de conduzir, que nos vão buscar onde estivermos, que navegam num trânsito intenso e encontram estacionamento de forma autónoma. Parece-lhe um cenário demasiado futurista? Pois, acredite, está aí no virar da esquina.
Acredite também que o automóvel elétrico será mais do que tudo isso, podendo também, através de diversas tecnologias, devolver a energia armazenada na sua bateria à rede de distribuição, ajudando a estabilizar a procura. Tudo isto pode mudar rapidamente as regras do jogo e tornar a energia mais económica, mais eficiente e mais sustentável. Veja-se o exemplo do Amsterdam Arena, o estádio do Ajax Football Club, em que a instalação de painéis solares e de baterias da Nissan, algumas delas usadas anteriormente em automóveis elétricos, vão dar ao estádio a capacidade de, não apenas ser autónomo em energia elétrica, como ainda de vender à cidade de Amesterdão o excesso de produção. É uma nova realidade que muda as regras da gestão da energia e que entrega a organizações e a pessoas a capacidade de fazer uma utilização energética mais inteligente, mais eficiente e mais económica.
Este é já o tempo de dar aos consumidores a flexibilidade e o poder de controlarem como e quando utilizam a energia. Sabemos que as decisões que tomamos hoje vão influenciar a forma como vamos viver as nossas vidas amanhã. Mas mais do que produzir automóveis de zero emissões, é fundamental que as marcas partilhem a sua visão, as suas ideias, mas também a sua tecnologia para uma integração mais sustentável do automóvel na sociedade. Com a sua visão de mobilidade inteligente, a Nissan está a liderar nesse caminho para um novo ecossistema elétrico.
É indiscutível, em face das políticas públicas em debate na cena internacional, que estamos num momento de viragem da indústria automóvel. Existirão, possivelmente, mais mudanças nos próximos 10 anos do que nos últimos 100. É um novo mundo de oportunidades que se abre. Portugal tem-se preparado para responder aos novos desafios e está publicamente comprometido com uma meta que visa atingir a neutralidade carbónica em 2050, estando para o efeito em curso os trabalhos de elaboração do Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050. A nível internacional, juntamente com outros países, Portugal fundou a Aliança para a Descarbonização dos Transportes, que visa promover uma revolução na mobilidade, em linha com o Acordo de Paris sobre alterações climáticas. Estes são alguns exemplos das políticas em curso para que, em 2050, a descarbonização de todos os modos de transporte possa ser uma realidade. É obrigação das empresas contribuir para um futuro mais sustentável e trabalhar em conjunto com os decisores para dar resposta a este novo paradigma.