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Mercado de trabalho valoriza formação

Seja ao nível dos mestrados como das pós-graduações, as entidades empregadoras veem com muito bons olhos a formação adicional que os futuros profissionais possam apresentar.

14 de Março de 2022 às 11:56
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Frequentar um mestrado ou uma pós-graduação é a opção que tem vindo a ser cada vez mais valorizada pelo mercado de trabalho, de uma maneira geral. Trata-se de um investimento de carreira sendo que, no caso das pós-graduações, permite a atualização face a matérias de interesse e a novas pesquisas dentro da área profissional. Nos dias de hoje é muito importante que os profissionais estejam a par das novas tendências de mercado e desafios que são impostos pela competitividade global pelo que este tipo de opção tem vindo a ganhar adeptos.

 

De facto, fazer um mestrado e, mais tarde, até mesmo uma pós-graduação permite não só delinear um horizonte académico muito mais vasto como também um caminho profissional mais focado em renovadas expectativas e ambições de carreira.

 

Mário Rocha, senior manager na Hays, explica que, no entender da sua empresa, é possível "fazer um balanço muito positivo da oferta formativa dos mestrados e pós-graduações em Portugal". É de notar "que estas procuram cada vez mais adaptar-se às principais tendências e exigências do mercado de trabalho". Entre estas, contam-se os novos perfis de emprego na área da sustentabilidade e "green jobs", cuja procura tem vindo a crescer exponencialmente.

 

Atração de talento mais "verde"

Um estudo recente da Michael Page dá conta de que a atração de talento na área da sustentabilidade tem provocado uma mudança positiva na visão dos líderes e levado a que cada vez mais se procurem estas temáticas também no ensino superior. Outras necessidades importantes dizem respeito ao desenvolvimento de soft skills dos jovens futuros profissionais que, mais do que as "simples" hard skills, ganham maior relevo no mercado de trabalho.

 

Na realidade, a necessidade de ir ao encontro das expectativas dos "stakeholders" e, acima de tudo, do seu público-alvo tem vindo a incentivar as empresas a assumir a sustentabilidade como um compromisso corporativo. Uma realidade que acaba por se refletir na formação disponibilizada também pelas instituições de ensino superior, seja no âmbito dos mestrados como das pós-graduações.

 

Questionado sobre o que podem, afinal de contas, trazer os mestres e pós-graduados ao mercado de trabalho, Mário Rocha considera que "trazem não só maior conhecimento teórico e aplicabilidade ao mercado de trabalho, como também o networking desenvolvido com outros colegas e outras experiências". Mais-valias indiscutíveis que vão tornar estes profissionais muito mais completos e aptos a desempenhar as funções a que se propõem. 

 

Também por isso, este tipo de formação tem vindo a ser, cada vez mais, muito considerada pelas entidades empregadoras sendo "formações que tendem a ser mais valorizadas pelas empresas, o que em algumas áreas, pode ser uma mais-valia para os profissionais que as têm", considera o senior manager na Hays.

 

Na verdade, um mestrado pode ser o empurrão certo para impulsionar uma carreira profissional ou até mesmo levar à mudança de área. Este passo da vida académica é, efetivamente, o mais indicado para quem quer saber mais sobre um determinado assunto assegurando uma maior, e muito desejada, especialização no tema. O mercado de trabalho tende a dar mais credibilidade a quem tem um documento que comprova os conhecimentos, como o diploma de mestre.

 

Uma realidade sem alterações

Entre as áreas com maior procura em matéria de mestrados e pós-graduações, Mário Rocha aponta "as áreas de tecnologias da informação, engenharia e comercial", muito também no âmbito daquilo que são as necessidades do próprio mercado de trabalho e da falta de profissionais qualificados nestes campos.

 

E, apesar do crescimento seguro de alunos neste tipo de formação, será que a recente pandemia de covid-19 veio trazer mudanças significativas neste campo e, de alguma forma, alterar os padrões estabelecidos? O senior manager da Hays considera que não: "Não, diria que não houve uma alteração significativa nos padrões." E, na realidade, os números do universo estudantil sempre em crescendo (e dos quais já demos conta nas páginas deste suplemento) ajudam a provar isso mesmo.

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