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Ensino superior em ritmo crescente

O universo de estudantes no ensino superior tem vindo a crescer nos últimos anos em Portugal com os alunos a optarem por aprofundar conhecimentos que vão muito além dos três anos de licenciatura.

14 de Março de 2022 às 12:12
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Longe vão os tempos em que o ensino superior se destinava a uma pequena fatia dos estudantes nacionais e se resumia "apenas" à conclusão da licenciatura e entrada imediata no mercado de trabalho. Era assim com um grande número de jovens que frequentavam as universidades e que procuravam naqueles (então) cinco anos a abertura de portas para um melhor futuro profissional. Mas poucos sonhavam ir mais longe na sua formação, rumo a um mestrado ou, mais recentemente, a uma pós-graduação.

 

A realidade dos dias de hoje é, no entanto, bem diferente e são cada vez mais os alunos que abraçam estes novos desafios tirando o máximo partido de toda a oferta que as instituições de ensino portuguesas (mas não só) colocam à sua disposição.

 

Em Portugal, o mestrado, grau académico atribuído por uma instituição de ensino superior na sequência da conclusão de um ciclo de estudos superiores, pode ter a duração de três ou quatro semestres, ou, excecionalmente, de dois semestres. Contas feitas, corresponde ao segundo ciclo de estudos do processo de Bolonha, cujo primeiro fecha com os três anos da licenciatura.

 

Nos últimos anos, o número de alunos inscritos em mestrados tem vindo a conhecer um crescimento relevante no nosso país. Assim sendo, e segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), em termos de ciclos de estudo, com 16% dos inscritos, os mestrados cresceram no ano passado 4%, "reforçando o importante dinamismo verificado nos anos mais recentes". Na verdade, o crescimento global em termos de alunos inscritos nos mestrados foi de 26% desde o ano letivo 2014/15. No Pordata, é possível perceber que em 2020 estiveram inscritos 18.200 alunos, contra 16.202 em 2014 e pouco mais de cinco mil em 2007. O primeiro ano com inscrições de alunos em mestrado apresentado pelo Pordata diz respeito a 1991 quando Portugal contava então com 297 alunos inscritos. O valor dá bem conta da evolução verificada ao longo dos tempos.

 

José Veríssimo, vice-presidente e professor do ISEG, explica que "no mestrado o objetivo final é assegurar o grau de mestre e, depois disso, continuar, eventualmente, para o doutoramento". São essencialmente jovens estudantes "que terminam a licenciatura e sentem que têm ainda muito para aprender", disse o mesmo responsável. Com a declaração de Bolonha, a licenciatura tornou-se mais curta "centrando-se apenas naquilo que é fundamental", sendo que os alunos "procuram descobrir mais e os anteriores quarto e quinto anos acabam por ser um pouco o atual mestrado". José Veríssimo não deixa ainda de salientar que "as próprias empresas têm preferência por recrutar profissionais que tenham já o mestrado", porque desta forma "têm também a certeza de que essas pessoas já estão formadas nas áreas em que vão trabalhar no dia a dia".

 

Pós-graduações são opção mais sénior

Já no âmbito das pós-graduações, o vice-presidente do ISEG refere que contam, habitualmente, com um leque de alunos na casa dos 28 anos para cima, mais seniores, o que "assegura uma vivência diferente em sala". Assim sendo, nas pós-graduações vive-se um ambiente mais profissional "em que as pessoas partilham as suas experiências, debatem e são mais interventivas". Na realidade, trata-se de um universo estudantil que procura "ver a aplicação imediata e prática das temáticas discutidas ao contrário do que se verifica no âmbito dos mestrados em que o trabalho é mais estrutural, em torno de metodologias", disse ainda.

 

Na realidade, os cursos de pós-graduação conferentes de grau asseguram aos alunos uma evolução individual ao nível das competências académicas que, no competitivo mundo profissional de hoje em dia, se torna extremamente importante para o desenvolvimento profissional. Com o atual mercado de trabalho cada vez mais competitivo e a procurar profissionais com altas qualificações e experiência, ingressar numa pós-graduação poderá ser o caminho certo para enriquecer o currículo e ganhar conhecimentos essenciais para desenvolver a profissão.

 

Portugal atraia estudantes estrangeiros

O número de alunos que escolheram Portugal para frequentar o ensino superior, depois de concluírem o secundário no estrangeiro, tem vindo a aumentar nos últimos anos, atingindo no último ano os 47 mil inscritos.

 

"Estes estudantes crescem 179% face a 2015 e 7% face ao ano anterior, o que é particularmente relevante num ano marcado por fortes restrições à mobilidade internacional", sublinha o ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

 

No âmbito destes dados, vale ainda destacar o elevado número de alunos estrangeiros a frequentar mestrados e pós-graduações no nosso país. O facto de muitos deles serem lecionados totalmente em inglês acaba por ser uma mais-valia na atração para o nosso país.
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