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InnoEnergy 2018
Notícia

Quatro start-ups, só este ano

Em 2018, a InnoEnergy começou a apoiar em Portugal quatro empresas no sector da energia. Em Janeiro, pode auxiliar outra. O trabalho já tem raízes com outras dez start-ups nacionais.

13 de Dezembro de 2018 às 19:03
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A InnoEnergy quer ser o motor europeu da inovação para um futuro energético sustentável. Para isso trabalha em vários países, entre eles Portugal, apoiando empresas do sector da energia. Pode ser desde a produção, transmissão, distribuição e armazenamento, à mobilidade, smart cities, smart buildings e mais. "Depois, procuramos projectos que tragam algo de novo ao mercado, pois é essa a nossa missão: estimular a inovação e o empreendedorismo no sector. Por fim, procuramos projectos com potencial de crescimento e escala global – isto é – com planos de negócio ambiciosos, credíveis e dinamizados por promotores fortes", explica Renato Braz, business creation manager em Portugal da InnoEnergy.

 

Só este ano, a InnoEnergy começou a apoiar em Portugal quatro start-ups. Três no programa de aceleração para empresas em fase de arranque, a Enline Transmission Solutions, a Infinite Foundry e a KLUGIT, e uma no programa de crescimento, a PV Complete.

 

A Enline dedica-se à "gestão e monitorização de linhas de transmissão em alta tensão", recorrendo só a matemática e software. "Devido aos seus algoritmos, diferenciam-se precisamente por dispensar uma grande parte da sensorização física de que os seus concorrentes necessitam para obter os mesmos resultados."

 

A Infinite Foundry é uma empresa que vem do sector automóvel, dedicando-se à criação de "gémeos digitais – cópias 3D do modelo real no computador – de componentes ou blocos de componentes com vista a correr simulações que recorrendo a inteligência artificial conseguem reduzir tempos e custos de desenvolvimento". A oportunidade identificada e na qual a InnoEnergy pretende ajudar é na "entrada no sector da energia eólica com a mesma oferta".

 

A KLUGIT é uma "spin off da Bosch Termotecnologia, que está a desenvolver um dispositivo para tornar os termoacumuladores de água quente mais inteligentes e eficientes".

 

Por fim, a PV Complete desenvolve e comercializa um "software que permite a concepção fácil e eficiente de instalações fotovoltaicas, desde o desenho inicial até à construção".

 

Questionado se existe a expectativa de mais alguma start-up receber apoio da InnoEnergy até ao final deste ano, Renato Braz responde que não, dado que para receber esse auxílio as empresas têm de passar por um "meticuloso processo de avaliação que demora dois a três meses e no fim a decisão é tomada em comité". O próximo comité será apenas em Janeiro e já existe uma empresa candidata.

 

Um apoio precioso

 

O apoio que a InnoEnergy dá às empresas começa no próprio processo de avaliação, no qual se recorre a especialistas da rede por toda a Europa e se avaliam as propostas em quatro vertentes: mercado, tecnologia, equipa e propriedade intelectual. "Desta avaliação, quer venhamos a apoiar a empresa quer não, surge um conjunto de recomendações que só por si já acrescentam valor", realça Renato Braz.

 

Após esta fase, no apoio propriamente dito, o que a InnoEnergy faz é "disponibilizar serviços e financiamento à medida das necessidades e potencialidades da empresa". Não existem programas em que todos passam pelo mesmo, mas sim "uma caixa de ferramentas alargada, na qual – em conjunto – é decidido que ferramentas fazem mais sentido para a empresa em questão".

 

"Além do financiamento, a InnoEnergy dispõe de uma poderosa rede de trabalho europeia", composta por algumas indústrias, utilidades, centros de investigação, laboratórios, universidades ou investidores do sector e que abre portas às empresas que apoia. Tem também uma rede de comerciais, que têm como função ajudar as empresas que apoia a entrar nos mercados que representam. "Temos uma equipa central de apoio a temas de propriedade intelectual, outra para apoio a temas de recrutamento e gestão do talento, organizamos eventos e formações exclusivas, mediamos investimentos de acompanhamento no crescimento das empresas e não só."

 

Renato Braz informa que este apoio costuma durar dois anos – pelo menos a fase mais activa. "No entanto, uma vez que nos tornamos sócios da maioria destas empresas, a relação estende-se além deste prazo e acaba por prosseguir até à venda da nossa participação", esclarece.


De que forma uma start-up pode entrar no projecto da InnoEnergy?

A empresa pode ser contactada através do portal www.innoenergy.com, em que existe um formulário que deve ser preenchido, ou através das redes sociais. Após este contacto, os promotores serão abordados pela equipa InnoEnergy para verificar a elegibilidade da empresa e, caso esta exista, entra-se no processo de avaliação.

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