A interoperabilidade de sistemas é uma das principais áreas de negócio da GMV no setor da defesa. A empresa possui vários projetos desenvolvidos para a NATO, assim como para várias entidades Europeias. Um desses casos é o C4ISR - ABIDE, um projeto da Agência Europeia de Defesa (EDA) que aplica técnicas de metadados, big data e inteligência artificial aos sistemas de comando, comunicações, computação, inteligência, vigilância e reconhecimento (C4ISR).
Outro projeto desenvolvido e utilizado em vários exercícios da NATO foi o JISR (Capacidade Conjunta de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento – Joint Intelligence Surveillance and Reconnaissance Capability, em inglês), que sincroniza e integra o planeamento e a operação de todas as capacidades de obtenção de informações com as de exploração, processamento e difusão da informação resultante à pessoa a que é destinada, no momento oportuno e no formato adequado.
Os bons resultados alcançados com o JISR ao longo de 10 anos fizeram com que a Agência de Comunicação e Informação (NCIA) da NATO adjudicasse à GMV, em maio deste ano, um contrato para o desenvolvimento do sistema de armazenagem e difusão de produtos no âmbito da inteligência, vigilância e reconhecimento. O projeto, denominado CSD (Coalition Shared Data Services) Enduring Solution, será implementado em duas fases: um sistema provisório facultado pela NATO, seguido de uma solução duradoura oferecida pela GMV no âmbito deste contrato.
As forças armadas de cada país têm os seus protocolos. No âmbito da NATO ou de outras operações conjuntas, é necessário comunicar com outros sistemas, com outros protocolos. De forma a garantir que os sistemas são interoperáveis em ações conjuntas é necessário fazer desenvolvimentos, e esta é uma das áreas nas quais a GMV atua no setor da defesa, que representa cerca de 9% do volume de negócios da empresa, cerca de 20 milhões de euros. Desta faturação, 40% estão relacionados com os sistemas de interoperabilidade. No total, a área de defesa do grupo conta com 200 pessoas.