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O que motiva os profissionais?

Quatro das principais empresas na área do recrutamento e gestão de recursos humanos explicam quais são os desafios e os temas que marcam atualmente a gestão de talentos.

09 de Maio de 2024 às 14:39

O que motiva os executivos? Que desafios enfrentam as empresas e organizações no recrutamento, gestão e retenção dos talentos que contribuem para a sua diferenciação no mercado? Para responder a estas questões, falámos com a Stanton Chase, a Hays, a Randstad e a Egor. Ponto comum às quatro empresas: a vasta experiência a servir as organizações com o seu conhecimento nesta área. E os estudos que regularmente realizam para entender as perspetivas, as prioridades e as necessidades das empresas.

 

Para Nuno Moreira, managing director da Stanton Chase Portugal, "os desafios que marcam atualmente a gestão de talentos são cada vez mais desencadeados pela globalização e têm de ser encarados como um conjunto de novas oportunidades e de novos desafios, a favor das organizações e das pessoas".  Segundo um recente inquérito feito pela Stanton Chase, do ponto de vista da gestão de talentos, a capacidade de liderança, comunicação e influência dentro das empresas surge como o fator mais importante (80,4% das respostas). Do outro lado, a guerra pelo talento é o principal desafio de gestão para 67,7% dos inquiridos. Também a capacidade de adaptação às mudanças tecnológicas surge no top dos temas fundamentais para os gestores nesta área.

 

Neste contexto, se "a adaptação à mudança tecnológica requer flexibilidade, capacidade de aprendizagem contínua e uma mentalidade voltada para a inovação", conforme constata Nuno Moreira, "a flexibilidade também é cada vez mais valorizada pelas diferentes gerações, ou seja, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal". Para o executivo, "este fator é diferenciador e essencial para atrair e reter o talento, especialmente para as gerações mais jovens, que valorizam a autonomia e a liberdade". Por último, mas não menos importante surge a diversidade e inclusão. "É um fenómeno cada vez mais relevante e que ganha maior protagonismo e importância pelo facto de o mundo se ter transformado numa ‘aldeia’ cada vez mais global. Neste contexto, a diversidade deve ser observada como um valor estratégico para a organização da sociedade de futuro", sublinha.

"A adaptação à mudança tecnológica requer flexibilidade, capacidade de aprendizagem contínua e uma mentalidade voltada para a inovação." Nuno Moreira, managing director da Stanton Chase Portugal

Inteligência artificial pouco compreendida

Já para a Hays, e segundo Benedita Lencastre, senior consultant de Executive Recruitment, de acordo com o Guia Hays 2024, os principais desafios que marcam a gestão de talentos incluem "a inteligência artificial, que veio para ficar e cujo impacto não tardará a fazer-se sentir, mesmo que a maioria dos empregadores e profissionais não esteja ainda a acompanhar esta tendência nem a avaliar as suas consequências". Outros temas em destaque nesta área da gestão de talentos incluem "o pacote salarial, que será um fator absolutamente diferenciador na atração e retenção de profissionais qualificados este ano". Também "o teletrabalho continuará a ser uma realidade, sendo valorizado tanto por profissionais como empregadores", acrescenta a responsável. De acordo com o guia, 54% dos empregadores oferecem algum tipo de teletrabalho e esta percentagem aumenta para 72% se excluirmos setores cujo core business implique naturalmente a presença física da maioria dos colaboradores em instalações de trabalho.

 

Ainda segundo Benedita Lencastre, "a saúde mental, longe de ser apenas um tema trendy, continuará na ordem do dia". Sobretudo quando "56% dos profissionais afirmam que o seu emprego ou carreira afetaram a sua saúde mental de forma negativa". Finalmente, na perspetiva da Hays "irá falar-se cada vez mais sobre green economy e são já muitos os empregadores que estabeleceram metas específicas e/ou equipas para atingir objetivos nesta área", afirma a responsável.

 

Ganhar competências é valorizado

Olhando para os resultados do Randstad Workmonitor 2024 sobre o que motiva atualmente os profissionais e o que ambicionam, para Filipa Peixoto, expert manager, "as prioridades devem centrar-se em temas como a flexibilidade, ambição e motivação, equidade e diversidade e inteligência artificial e skilling". Para a especialista da Randstad, "a flexibilidade em contexto de trabalho é um dos aspetos mais valorizados por colaboradores de diversas gerações e backgrounds". Outro dos temas mais valorizados pelos profissionais tem que ver com os aspetos relacionados com "a diversidade e equidade". Mas, para Filipa Peixoto, "um dos principais desafios do futuro para empresas e pessoas é a inteligência artificial". "O mundo do trabalho tem mudado muito nos últimos tempos, mas, nos próximos anos, mudará mais e mais rápido. Surgirão novas funções e novos processos de trabalho", antevê.

 

Mudanças aceleradas pedem formação

Este contexto geral valoriza a procura por mais e melhor formação. Como explica Pedro Branco, diretor executivo da Egor, "as pessoas são cada vez mais exigentes nas mais variadas dimensões, seja enquanto consumidores ou profissionais".

 

Por outro lado, "o mundo do trabalho muda a um ritmo alucinante, fortemente impactado pela tecnologia, criando uma necessidade de novas competências ainda escassas no mercado", afirma Pedro Branco. Por este motivo, as organizações "são forçadas a atrair o escasso talento que agregue estas novas habilidades e, concomitantemente, a desenvolver os seus quadros de pessoal na aquisição e desenvolvimento dessas competências – em termos técnicos, o chamado reskilling e upskilling" , conclui o diretor da Egor.

"A flexibilidade em contexto de trabalho é um dos aspetos mais valorizados por colaboradores de diversas gerações e backgrounds." Filipa Peixoto, expert manager da Randstad
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