Reflexo dos tempos, da atualidade, são vários os cursos de formação executiva que registam mais procura. Mário Ceitil, presidente da Direção Nacional da APG, informa que as áreas do mercado de trabalho para as quais os profissionais mais procuram programas nesta formação passam pelo "digital", hoje muito procurado pelos executivos. "Há as áreas do marketing, das finanças, os cursos integrados de MBA e áreas comportamentais, visto que o domínio das soft skills é cada vez mais valorizado nas empresas. Os cursos na área da gestão das pessoas continuam a ter uma procura assinalável, sobretudo os que são desenhados com base em perspetivas mais ‘disruptivas’", esclarece o presidente da APG.
Já José Cardeira Seno, partner da Prime Search, conta que os profissionais que procuram mais a formação executiva são aqueles que, tendo uma formação académica relacionada com uma determinada área do saber – direito, engenharia, psicologia, arquitetura… –, pretendem evoluir para funções de gestão. "É muito frequente o exemplo dos engenheiros que pretendem evoluir das funções técnicas para a gestão, e reconhecem que a sua formação de base lhes proporcionou poucos conhecimentos de gestão, o que os motiva a realizar uma pós-graduação nessa área."
Por sua vez Inês Casaca, associate director da Randstad, explica que a formação executiva faz parte de um programa de formação contínua dos profissionais que, pelas mais variadas razões, procuram atualizar-se. "Frequentemente nos deparamos com gestores preocupados com as competências que serão requeridas no futuro e a necessidade de as prever, alinhando em primeira mão as expectativas das suas pessoas". Além deste pensamento, comum, e da necessidade de acompanhar o ritmo desta transformação, existem áreas que se destacam na pesquisa de formação executiva, "como a área tecnológica, farmacêutica e de gestão". A reconversão de competências é também importante nesta procura, representando uma motivação comum aos executivos que planeiam uma mudança de rumo profissional.