Fazer uma formação executiva é dar um passo em frente na carreira. Os profissionais que querem evoluir como pessoa e como profissional e auferir salários mais elevados têm de adquirir as ferramentas necessárias para o fazer e estas são garantidas pelos programas oferecidos por escolas de referência. Nas páginas deste trabalho, os responsáveis das instituições e de empresas de recrutamento e de recursos humanos desvendam vários desses programas, mostram de que forma as escolas são diferentes umas das outras, revelam o que o mercado está à procura e, acima de tudo, quais são os benefícios de frequentar uma formação de executivos.
Precisamente no que diz respeito às vantagens destes programas, Ana Côrte-Real, associate dean para a Formação Executiva da Católica Porto Business School, afirma que o maior investimento que podemos fazer é na nossa formação. É apostar no desenvolvimento pessoal e profissional. E a formação executiva permite traçar este caminho.
"Após alguns anos de experiência profissional, qualquer gestor sente que precisa de algo mais para poder continuar a evoluir. E esse algo mais traduz-se na aposta de uma formação executiva adequada à sua fase de carreira, às competências que identifica que precisa de reforçar e/ou obter, à oportunidade de reforçar a sua rede de contactos."
Para a responsável da Católica Porto Business School, a formação executiva expõe os seus participantes a professores de várias nacionalidades, a colegas de diferentes backgrounds e setores de atividade, à rede alumni, à rede empresarial associada a cada programa, o que enriquece os seus participantes. "Qualquer programa de formação executiva, na Católica Porto Business School, permite aos seus alunos a participação em diversos eventos com empresas, potenciados pelos serviços de gestão de carreiras, e o seu desenvolvimento pessoal a partir de sessões de coaching e mentoring", garante.
"A mudança de carreira é, igualmente, um importante motivo para se apostar na formação executiva", recorda, prosseguindo: "Através dos conteúdos e da ligação às empresas, os programas permitem a aquisição de determinadas competências que tornam possível a mudança de áreas profissionais. Da mesma forma, a mudança de uma área funcional, como a tecnologia da informação, para outra, como a área de marketing, pode exigir uma maneira diferente de pensar sobre os negócios. Em ambos os casos, um programa de formação executiva, incluindo um MBA, permitirá estes percursos."
Também sobre os benefícios que têm os profissionais com uma formação executiva, Luís Cardoso, presidente do ISEG Executive Education, explica que "o mercado de trabalho exige grande flexibilidade e atualização de conhecimentos". "É essencial para manter relevância, reciclar, desenvolver e reforçar intensamente competências. Este é o foco dos nossos programas executivos, que visam promover um desempenho superior. A componente de networking é também muito valorizada."
Ferrão Filipe, vice-reitor da Universidade Portucalense, lembra, por sua vez, que no presente e no futuro as empresas e as organizações "vão necessitar de executivos com elevada e diversificada formação em áreas técnicas, mas igualmente em áreas mais pessoais e relacionais como é o caso de competências como liderança, motivação, negociação, flexibilidade, gestão de expectativas, gestão de conflitos, gestão de stress, gestão de relações, gestão de tempo, gestão de emoções, life management". Os profissionais com fortes competências técnicas e igualmente nestes domínios serão "atualmente, e cada vez mais, procurados e valorizados".
Talentos enriquecem organizações
Maria Antónia Bastos, diretora de formação da Synergie Portugal, empresa de recrutamento e recursos humanos, diz que os profissionais que investem na formação executiva apostam numa verdadeira estratégia de "crescimento e desenvolvimento".
São capazes de reflexão e autorreflexão, de consciência e autoconsciência, de evoluir e fazer evoluir. São aqueles que, numa análise temporal complementando o "ontem", o "hoje" e o "amanhã", fornecem, e não menos importante recebem, "feedback" crítico-construtivo, tomam decisões aqui e agora, e, por fim, numa perspetiva de "feedforward", não sobrevalorizam o "erro", o próprio ou o alheio, olham adiante e reorientam ações para resultados.
As organizações ficam a ganhar por terem estes profissionais. "As empresas são beneficiárias diretas dos talentos executivos nos seus quadros, aptos, numa perspetiva macro e alinhada, a elevar não apenas o seu desempenho individual, mas igualmente e por via dele o da sua equipa e, concomitantemente, o da organização."