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25ª edição da Festa do Alvarinho e do Fumeiro

Um dos pontos de encontro para os apreciadores deste vinho é a Festa do Alvarinho e do Fumeiro. Um evento que fica bem quando comparado com qualquer outra festa vínica nacional e que aposta, sobretudo, na qualidade.

22 de Abril de 2019 às 15:14
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A festa nasceu em 1995 como um pequeno acontecimento junto à câmara municipal. Com o passar das edições foi crescendo em profissionalismo, imagem e qualidade, acompanhando o processo de crescimento da região. A média de visitantes estimada para esta edição é de 50 mil pessoas.

 

O que vai ter de diferente, em relação a outras edições, para celebrar esta 25ª edição da Festa do Alvarinho e do Fumeiro em Melgaço?

Sobretudo afinámos o conceito. No ano passado, demos um salto qualitativo até no próprio espaço. Este ano queremos afinar o conceito neste espaço e ficar com a festa bem aquilatada para o futuro. Isso é o que nos preocupa mais este ano.

Não será uma edição estrondosamente diferente das anteriores, dado que achamos que a regularidade da festa é que é importante, mas é sempre preciso assinalar estas datas.

 

Quantos visitantes tiveram no ano passado?

Apontamos para cerca de 50 mil visitantes. Mas não gosto de brincar com estes números porque entre a classe política há muita vontade de extrapolar números para dizer que fizemos uma coisa muito grande. Este é um evento com uma dimensão extraordinária, que chama gente de todo o país e de vários pontos da Europa. É verdade também que esta festa se tornou um ponto de encontro da comunidade melgacense dispersa pelo mundo. Temos um Melgaço muito grande que não se limita aos 232 km2 do território do concelho. A festa cresceu imenso e tem números assombrosos.

 

Esperam continuar a fazer crescer a festa em termos de visitantes?

Os números têm vindo a crescer de ano para ano e em algum momento têm de estabilizar. O nosso objetivo já não é, mesmo do ponto de vista da comunicação, dizer que vamos crescer 10%. A festa já atingiu um patamar, um conjunto tão grande de pessoas, que não podemos ambicionar estar a crescer porque não temos sequer condições para tal.

Alegra-nos o público diferenciado que nos começa a visitar. Isso é notado pelos nossos produtores, os quais nos dizem que há visitas de quem gosta de provar vinho, da festa pela festa. Há também quem visite a festa para perceber os vinhos que há. Pessoas da área profissional. Da distribuição e restauração, que aproveitam a festa para vir conhecer os vinhos que a região tem para oferecer.

 

Quantos produtores vão estar presentes?

Vamos ter cerca de 30 produtores da região, destes, 20 serão de Melgaço e oito, nove, 10 de Monção. Temos um conjunto de produtores também do município vizinho, sendo uma oportunidade para as pessoas conhecerem os vinhos da região.

 

Quanto tempo demora a organização de um evento como este?

Cerca de três meses, que ocupa três a cinco pessoas da autarquia envolvidas na festa. Temos um parceiro profissional que monta e produz.

 

E quais os custos associados?

A festa custou no ano passado 220 mil euros, do lado da despesa. Teve uma receita de 50 mil euros. Portanto, o custo real foram 170 mil euros.




Melgaço é mais do que Alvarinho. Quem for à festa o que pode aproveitar para visitar?

Melgaço é um universo enorme. Embora seja um território "só" com 232 km2, tem a realidade paisagística e patrimonial do rio Minho, que celebra estes dias à volta da lampreia, um dos mananciais que nos premeia com a sua visita nesta altura do ano, de janeiro até abril. E à volta da lampreia fazemos uma pequena atividade de promoção que este ano contou com o chef Vítor Matos e outros três chefs que ele trouxe – todos estrelas Michelin – para trabalhar a lampreia. Fizemos um jantar com enorme sucesso.

Há património gastronómico e paisagístico. Património da cultura das atividades ligadas ao turismo da natureza, como o rafting, que tem levado milhares de pessoas a Melgaço.

Desse património passa-se ao paisagístico do meio da montanha e ao cimo da montanha, onde já somos Parque Nacional Peneda-Gerês. Temos o maior conjunto megalítico da Península Ibérica. Temos a cultura ligada à deslocação da terra, característico deste território, que é a transumância. Pode ser descoberto na Porta de Lamas de Mouro ou no Museu Castro Laboreiro. É transumância total que não acontece em mais nenhum ponto do país. A mudança de toda a família e de tudo o que detinha – inclusive o gado – de um espaço do território para o outro.

Há património edificado, mais religioso ou menos religioso. Há gastronomia fabulosa, e todos os fins de semana temos os restaurantes cheios. Há termas, que se encontram num processo difícil para arrancar novamente, depois de terem sido requalificadas em 2013, mas tenho confiança de que vão voltar a ser uma oferta alternativa e complementar para o nosso município.

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