A ANA assume o ambiente como um elemento estratégico de gestão, comprometendo-se com a sua proteção, com as obrigações decorrentes de legislação, com a promoção da formação e consciencialização ambiental e com a procura da melhoria contínua. A ANA é empresa certificada de acordo com a Norma ISO 14001 desde 2008 e tem a sua gestão ambiental assente no Sistema de Gestão Integrado, sistema esse continuamente objeto de melhoria contínua, a par do incremento progressivo do desempenho ambiental das infraestruturas aeroportuárias. A ANA definiu a sua primeira Política de Ambiente em 1998 e esta tem vindo a ser sucessivamente revista, visando adaptá-la às prioridades estratégicas da empresa e à sua realidade atual.
É neste sentido que se integra a implementação de um conjunto vasto de boas práticas ambientais, as quais têm contribuído para assegurar a redução dos impactos e a melhoraria do desempenho ambiental da empresa.
Neste caminho, e agora integrados no Grupo VINCI, a empresa incrementou a sua ambição, de ser mais, melhor e mais sustentável, num mundo cada vez mais em mudança. Para isso, foi lançando em 2019, para todos os aeroportos VINCI, uma nova estratégia ambiental que tem enfoque em três grandes áreas: energia e alterações climáticas; economia circular e gestão de resíduos; água e ambiente natural.
Nestas áreas, estão em desenvolvimento planos de ação, para que cada uma das infraestruturas da ANA contribua para os objetivos e metas estabelecidos. Esta tática apresenta uma trajetória compatível com a nova estratégia da ACI Europa para a neutralidade carbónica em 2030 e net zero emissions até 2050, compromisso formalmente assumido pela ANA em 2019.
Empresa aderiu à iniciativa Act4Nature…
De igual modo, a empresa aderiu, em maio de 2020, à iniciativa Act4Nature, quando se enfrentavam os desafios de uma pandemia mundial, desafios que hoje se mantêm, a que se aliam os efeitos da guerra na Ucrânia. De facto, a proteção dos valores naturais e a promoção da biodiversidade, que sustenta esta iniciativa internacional, são objetivos estratégicos definidos pela empresa na sua política de ambiente, cuja primeira redação data de 1995.
Assim, com uma estratégia corporativa imbuída da valorização e proteção do ambiente natural e humano, são parte integrante do plano de atividades da empresa as questões da proteção e conservação das espécies e ecossistemas, indispensáveis ao equilíbrio da qualidade ambiental. Tal tem-se materializado em ações que compreendem desde a realização de estudos específicos de fauna e flora nos aeroportos e sua envolvente até ao apoio a entidades externas, como sejam o CERVAS e o RIAS – centros de recuperação da vida selvagem em Portugal ou a parceria com a Universidade do Algarve, que hoje trazem resultados dessas parcerias. Neste domínio, destacam-se os estudos direcionados para a gestão de aves nos aeroportos e sua proximidade, aspeto determinante da segurança operacional.
… e ao Manifesto pela Sustentabilidade, do BCSD
A ANA aderiu igualmente ao Manifesto pela Sustentabilidade, do BCSD Portugal. Nesta iniciativa, que congrega as grandes empresas de Portugal, a organização declara publicamente ter a ambição de contribuir para que Portugal construa um modelo de desenvolvimento baseado na promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo, na promoção do crescimento que garanta o bem-estar e a segurança de todos os portugueses, na busca da eficiência, na gestão dos recursos naturais e financeiros, no reforço da resiliência, através da integração em processos colaborativos e objetivos de longo prazo e no reforço da cidadania corporativa, através do fortalecimento da responsabilidade social como fator de equilíbrio.
Do Pacto de Mobilidade ao envolvimento dos colaboradores
Com o objetivo de se tornar num agente de mudança social, promovendo e cimentando valores ecológicos permanentes, a ANA está empenhada em projetos que promovam o combate às alterações climáticas, através do apoio a iniciativas inovadoras associadas a temas como a mobilidade urbana sustentável. Exemplos: o Pacto de Mobilidade assinado pelo Aeroporto Humberto Delgado ou a criação do fórum de stakeholders para definição de medidas conjuntas de redução das emissões, entre outras ações em curso.
A 4 de fevereiro, a ANA subscreveu a Declaração de Toulouse, a primeira iniciativa público-privada de apoio às metas de descarbonização da aviação, estabelecendo uma visão conjunta que apoia o objetivo da aviação europeia de atingir zero emissões líquidas de CO2 até 2050. Foi assim definido em 2021 um roadmap para a neutralidade carbónica que integra ações variadas para reduzir/anular emissões e compensar as remanescentes, além do projeto de adaptação às alterações climáticas para as infraestruturas da empresa, em articulação com os planos de ação de energia definidos para cada um dos aeroportos ANA.
Já na área dos resíduos, concluiu-se a elaboração de diagnósticos que definem medidas que visem o incremento da gestão instalada com vista à obtenção de zero resíduos para aterro. Nota para a mais recente conclusão de auditorias hídricas aos aeroportos da empresa, das quais resultaram ações concretas para redução dos consumos hídricos.
A empresa pediu ainda aos seus colaboradores para apresentarem iniciativas que visem melhorar o desempenho ambiental dos aeroportos, os designados Prémios de Ambiente VINCI.
Metas a atingir pela ANA até 2030
Foi lançado em 2019, para todos os aeroportos da VINCI, onde se integra a ANA, uma nova estratégia ambiental com enfoque nas áreas energia e alterações climáticas; economia circular e gestão de resíduos; água e ambiente natural. Associadas a cada uma destas áreas, encontram-se definidos objetivos e metas ambientais ambiciosas para 2030. A saber: reduzir a pegada de carbono em 50% (âmbitos 1 e 2) face a valores de 2018; melhorar os níveis de acreditação no Airport Carbon Accreditation: nível 4/4+; zero resíduos enviados para aterro; reduzir para metade os consumos de água, atingindo a média global de 10,7 l/pax; manutenção da certificação ISO 14001 de todos os aeroportos do grupo.