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Imobiliário com sustentabilidade no ADN

A Savills tem uma agenda holística desde 2017. Empenhada em ser um exemplo nesta área, a empresa também procura ajudar os clientes a aumentar a sustentabilidade dos seus ativos, atingindo objetivos de negócio. Edifícios MB4 Office Building, Arquiparque e Green Park são já bons exemplos.

17 de Agosto de 2023 às 08:34
Nuno Fideles, Head of Sustainability, Savills Portugal
Nuno Fideles, Head of Sustainability, Savills Portugal
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O setor imobiliário é responsável por 40% das emissões de gases com efeito de estufa. Este é um número que coloca o setor da construção e do imobiliário no centro das atenções e no topo das prioridades em qualquer esforço para aumentar a sustentabilidade das cidades e dos países. Desde 2021 que o mercado imobiliário tem assistido à intensificação dos requisitos de sustentabilidade, em especial em termos de consumo de energia. Na União Europeia, esta evolução significa que todos os edifícios a renovar e a construir deverão ser edifícios NZEB (Near Zero Emission Buildings) e, tendencialmente, no futuro, os edifícios não deverão ser responsáveis por qualquer emissão de gases com efeito de estufa.



Com o setor confrontado com um desafio desta envergadura, a Savills, um dos principais agentes imobiliários em Portugal e no mercado global, com 700 escritórios e mais de 40 mil colaboradores em 70 países adotou, já em 2017, uma agenda de responsabilidade social corporativa - uma perspetiva holística adotada pela empresa. “No imobiliário construímos estruturas para nos protegermos da natureza e de outras forças, passando mais de 90% das nossas vidas dentro de edifícios. Claramente, a qualidade destes ativos tem um impacto social e ambiental crítico nas nossas vidas”. Neste contexto, a Savills assume um compromisso “de reduzir os impactos no meio ambiente, e em consciencializar os nossos colaboradores sobre estas questões”.



Vertente ambiental prioritária

Na vertente ambiental, a Savills reconhece a necessidade de uma ação urgente para enfrentar a crise climática e efetuar uma transição rápida para uma economia mais verde, mais segura e mais resiliente. Desta forma a empresa assume explicitamente o seu empenho “em reduzir os impactos que as nossas operações têm no ambiente, em gerir os riscos relacionados com o clima, e em trabalhar em conjunto com os nossos clientes, fornecedores e comunidades locais”. O objetivo é “atingirmos uma emissão líquida zero de carbono até 2030 e influenciar a indústria em geral a trabalhar no sentido da neutralidade carbónica”. Em Portugal, a Savills assume querer antecipar as metas de descarbonização. “Procurámos ir um pouco mais longe em todas as medidas ligadas à boa governação, à responsabilidade social e também no que respeita ao impacto ambiental, com um objetivo traçado já para 2025”, refere Nuno Fideles, Head of Sustainability na Savills Portugal.



Descarbonizar até 2025

“A importância da sustentabilidade na nossa atividade é total. A Savills Global tem como objetivo a descarbonização até 2030, mas em Portugal o nosso objetivo é atingir essa meta, nos scopes 1 e 2, até 2025”, afirma Nuno Fideles. Para atingir esta meta exigente, “temos uma constante preocupação com os nossos colaboradores, e clientes, no sentido de educar e de agir em prol da sustentabilidade para que o bem-estar de todos e do planeta seja um compromisso real”.


A Savills já há muito que passou das palavras à ação. “Nós fazemos a monitorização de todo o CO2 que produzimos, desde a operação dos nossos espaços até à nossa frota automóvel. Esta última é atualmente 85% elétrica e hibrida mas o nosso objetivo passa por, em 2027, ter a totalidade da frota composta só por carros elétricos”. Paralelamente, a empresa disponibiliza aos colaboradores sistemas alternativos de mobilidade, como bicicletas elétricas, para as suas deslocações. Nos seus escritórios, a Savills já garantiu energia 100% verde e certificada, e tem em curso ações que visam reduzir os consumos de energia e água, com a utilização de equipamentos eficientes, geridos por uma GTC (gestão técnica centralizada) que permite monitorizar ao máximo a performance.


"Faz todo o sentido trabalhar a sustentabilidade no imobiliário e acho que isso foi um dos principais sinais que nós demos no mercado" Nuno Fideles, Head of Sustainability, Savills Portugal

Reduzir o desperdício

Noutra vertente, explica Nuno Fideles, “passámos também a fazer um planeamento cuidado na gestão de resíduos, não disponibilizando material descartável, reduzindo a utilização de papel, e colocando à disposição os dispositivos necessários para reciclagem, incluindo uma parceria com a Associação de gestão de resíduos Eletrão”. As preocupações de sustentabilidade da Savills refletem-se também “na maneira como nós pensamos as nossas instalações, os nossos escritórios, espaços para onde procurámos trazer a natureza para o seu interior e, no fundo, trabalhar a própria forma como as pessoas estão no espaço de trabalho” explica Nuno Fideles. “A nossa ideia de responsabilidade, de sustentabilidade, passa também por responder ao lado social das pessoas, criando as condições para que as mesmas se sintam bem no local de trabalho”, conclui.




A Savills Global tem como objetivo a descarbonização até 2030, mas em Portugal o nosso objetivo é atingir essa meta, nos scopes 1 e 2, até 2025.



Sustentabilidade em todas as vertentes

Desta forma, e segundo o Head of Sustainability da Savills, “desde a questão ambiental ao social, passando pela governança, nós procuramos ter uma ação global e completa”. Este é um trabalho conjunto com a Savills Global, em que Portugal é já um case study dentro do grupo, quer no compromisso, quer nos objetivos atingidos na área da sustentabilidade. Essa preocupação social não se limita aos colaboradores, mas estende-se, por exemplo, aos fornecedores. “Um dos nossos primeiros compromissos, faz dois anos, foi aderir ao pagamento pontual, que é um compromisso social que tem uma importância muito grande para ganhar a confiança dos nossos fornecedores e, no fundo, incentivar comportamentos socialmente responsáveis para com a sociedade como um todo”, exemplifica Nuno Fideles.


Na vertente social, a Savills afirma o seu empenho em promover uma cultura de trabalho responsável e em ajudar os colaboradores alcançar o seu potencial. Uma atenção especial tem sido dada ao tema da diversidade e inclusão em todas as suas dimensões: étnica, de género, LGBTQ+, idade, incapacidade e dimensão socioeconómica. Do ponto de vista da governança a Savills afirma aplicar uma politica de tolerância zero para com crimes financeiros e outras formas de corrupção, o assédio, bullying, racismo, sexismo e outras discriminações. Todos os anos existe formação obrigatória para todos os quadros do grupo sobre branqueamento de capitais, código de conduta, segurança de dados, entre outros temas.


"As estratégias de sustentabilidade não se referem apenas à eficiência energética ou impacto ambiental, mas também ao bem-estar dos ocupantes dentro e em redor do edifício e ao impacto económico e social destas ações." Nuno Fideles, Head of Sustainability, Savills Portugal

Benchmarking interno e externo

Num âmbito mais geral, o responsável da Savills salienta o esforço que está a ser feito para ganhar a certificação de qualidade ISO 45001 e para respeitar futuramente todos os compromissos no âmbito da “EU Taxonomy”, e que serão refletidos nos relatórios corporativos financeiros e de sustentabilidade e responsabilidade social. No seu trabalho em prol da sustentabilidade, a Savills Portugal apoia-se em dois benchmarkings. Um que é interno à Savills Global e que promove a comparação entre os escritórios. O outro está relacionado com o facto de, desde 2021, a Savills Portugal ter aderido e utilizar as ferramentas promovidas pela BCSD Portugal, uma associação de empresas pela promoção da sustentabilidade.


Numa perspetiva de posicionamento no mercado e de estratégia de negócio, “faz parte do nosso ADN trabalhar a sustentabilidade”, afirma Nuno Fideles. Segundo o Head of Sustainability da Savills, “temos vindo a desenvolver uma área de consultoria em sustentabilidade muito forte e que nos tem ajudado a ter perspetivas de negócio muito boas para 2023 e 2024”. E acrescenta: “Desde há três anos que temos investido na formação interna e na criação de uma equipa que dê aos clientes as respostas de que necessitam em termos de sustentabilidade”. Neste momento a sustentabilidade divide-se em mais de 36 trabalhos, em áreas tão diversas como consultoria em sustentabilidade, certificações BREEAM NC, BREEAM-In-Use ou BREEAM RFO e LEED O+M. Segundo a Savills, “é também prestado o apoio à equipa de arquitetura nos seus projetos e ainda a execução de ESG Due Diligence e de Certificações e consultoria Aqua+”.



Educar o mercado imobiliário

Para o Head of Sustainability da Savills Portugal também é importante referir o papel que a empresa tem desempenhado na educação do mercado, quer participando em iniciativas como o “Planetiers World Gathering”, ou desenvolvendo publicações como a “Beyond Green”. “São iniciativas onde falamos de sustentabilidade, e em que informamos os nossos clientes das tendências, do que está a acontecer no mercado, e da legislação, entre outros temas”, explica Nuno Fideles. Na experiência do Head of Sustainability da Savills Portugal, “faz todo o sentido trabalhar a sustentabilidade no imobiliário e acho que isso foi um dos principais sinais que nós demos ao mercado. Temos de encarar a sustentabilidade como um todo e oferecer aos clientes uma panóplia de soluções que reflitam um compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.


Segundo Nuno Fideles, “as estratégias de sustentabilidade não se referem apenas à eficiência energética ou impacto ambiental, mas também ao bem-estar dos ocupantes dentro e em redor do edifício e ao impacto económico e social destas ações”. Na Savills os clientes encontram “uma equipa de sustentabilidade que apoiará os seus objetivos para melhorar as credenciais de sustentabilidade dos seus bens, concentrada nos resultados, focando-se em melhorias de sustentabilidade visíveis e tangíveis, garantindo uma diversidade de serviços de consultoria em sustentabilidade de excelência”, garante Nuno Fideles.

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