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Notícia

Lidl Portugal deixa de ter sacos de plástico até ao fim do ano

Empresa abdica de vender anualmente 25 milhões de sacos deste material no nosso país. As lojas na região Norte já têm esta medida implementada.

05 de Junho de 2019 às 12:39
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Até ao final deste ano, o Lidl Portugal vai deixar de vender sacos de plástico em todas as suas lojas. Deste modo deixará de vender anualmente cerca de 25 milhões de sacos de plástico no nosso país, sendo que a eliminação será faseada e já começou em maio, no Norte. O Lidl torna-se na primeira empresa do setor de retalho alimentar, em Portugal, a tomar esta medida.

 

"Este é um compromisso que reforça a relevância da sustentabilidade na estratégia do Lidl Portugal. É nosso objetivo melhorar a conduta ambiental e contribuir também para a adoção de comportamentos mais responsáveis, seja do nosso negócio, seja junto das comunidades", explica Bruno Pereira, administrador de Compras do Lidl Portugal.

 

A decisão de deixar de vender 25 milhões de sacos de plástico por ano – compostos por 80% de material reciclado e 100% recicláveis desde 2015 –, comercializados a 10 cêntimos cada. Estes representavam uma facturação de cerca de 2,5 milhões de euros por ano.

 

Como alternativa aos sacos de plástico, a empresa disponibilizará aos clientes sacos de papel em dois tamanhos – médio e grande – vendidos a 10 e 14 cêntimos, respetivamente, com 60% a 70% de pasta de papel reciclada na sua composição e certificação FSC Misto – embalagens provenientes de fontes responsáveis. Continuará também a oferecer os sacos de ráfia, com 60% de material reciclado e vendidos a 50 cêntimos.

Note-se que, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), cada português utiliza, em média, 466 sacos de plástico anualmente e esta medida corresponderá a menos 675 toneladas de plástico no ambiente, por ano.

 

Ângela Morgado, diretora executiva da ANP/WWF, congratula o Lidl pela "atitude pioneira" na eliminação do uso de sacos de plástico nas suas lojas. "Ver empresas como o Lidl trabalharem para travar este tipo de poluição é um exemplo e uma boa prática para conservar a natureza e a biodiversidade e, por isso, desafiamos outras empresas a reduzirem o plástico que produzem e consomem nas suas operações", afirma.

 

Copos e pratos descontinuados

 

Recorde-se que no âmbito da sua estratégia global de redução de plástico, o Lidl Portugal assumiu em 2018 o duplo compromisso de redução do consumo do mesmo em pelo menos 20% e de incorporação de materiais recicláveis em todas as embalagens de marca própria até 2025. Para tal, a empresa descontinuou o seu sortido dos artigos de plástico descartável, tais como copos e pratos, sendo substituídos por produtos em material alternativo e reciclável.

 

Em Portugal, o Lidl tem adotado diversas iniciativas para reduzir o plástico. Tem havido reduções nas embalagens das cápsulas de café, que deixaram de ter um invólucro de plástico por cápsula, passando a ter embalagens mais pequenas para o mesmo número de cápsulas – prevê-se uma poupança de 74 toneladas de plástico só neste produto num ano.

 

Foi reduzida também a quantidade de plástico usada por embalagem nos frutos secos do Lidl, sem impacto no conteúdo em qualidade e quantidade. Têm vindo ainda a ser disponibilizados artigos não embalados ou a granel na secção de fruta e legumes, padaria e frutos secos. No caso dos têxteis, tem ocorrido uma substituição das embalagens de plástico por embalagens de cartão.

 

Este compromisso e ações sob o mote "menos plástico, mais ambiente", enquadram-se na estratégia de sustentabilidade e de redução de plástico a 360º graus do Lidl Portugal , integradas na estratégia REset Plastic do Grupo Schwarz, que assinou em outubro do ano passado o pacto ambiental com as Nações Unidas e com a Fundação Ellen MacArthur.  Este prevê a adoção de  várias medidas com o objetivo de eliminar, reduzir, substituir e transformar o plástico.

TransforMAR: um projeto a repetir

Sempre preocupado e atento no que diz respeito à proteção e preservação do nosso planeta e com uma estratégia bem definida nesse sentido, o Lidl Portugal promove e participa em vários projetos ambientais. No verão passado, Lidl Portugal, Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), Electrão, Quercus e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) criaram o projeto TransforMAR, para sensibilizar os veraneantes da importância de uma boa conduta ambiental em praia e para os princípios da economia circular, através da recuperação, reutilização, reciclagem e redução do desperdício de materiais plásticos.

 

O balanço deste projeto foi bastante positivo. É que em 14 praias portuguesas recolheram-se 88 mil unidades de plástico, o que corresponde a cerca de 1,5 toneladas deste material e a quase 6.300 unidades recolhidas em cada praia.

 

Explique-se que o plástico, recolhido com o apoio do Electrão, foi transformado em aparelhos de atividade física, que serão entregues a cada uma das 14 praias onde decorreu esta iniciativa. A escolha do novo destino atribuído ao plástico tem como principal objetivo aliar estilos de vida saudáveis a escolhas responsáveis. Face ao sucesso desta iniciativa, o TransforMAR vai voltar este verão.

 

Paralelamente à ação em praia, no âmbito do TransforMAR, a ABAE levou a cabo uma campanha de monitorização do lixo marinho em sete praias nas quais o projeto esteve instalado, com base nos objetivos da Convenção OSPAR – Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste. Esta recolha teve como resultado a identificação de cinco principais resíduos: cotonetes; fragmentos de esferovite; cabos, cordas e cordel; fragmentos de plástico e beatas de cigarros. Estas últimas, pela sua decomposição, são consideradas plástico.


Política de sustentabilidade vê-se nos produtos

A aposta numa política de sustentabilidade 360° é visível também nos seus produtos. A totalidade da oferta de bacalhau do Lidl tem a certificação MSC, que permite o rastreio do produto durante todo o processo de produção e assegura a sustentabilidade da espécie. A empresa foi também pioneira ao abolir a venda de ovos de galinhas de gaiola, promovendo o bem-estar animal e a qualidade do seu produto final. No que toca à gama Favorina, oferece chocolates com cacau produzido de forma sustentável, garantindo a qualidade da produção e o respeito pelos direitos dos trabalhadores envolvidos.

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