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A premência da transformação digital

Mais do que digitalização, a transição digital é uma mudança da cultura e do mindset empresarial que deve ser feita, sob pena das pequenas e médias empresas não sobreviverem aos desafios atuais.

30 de Janeiro de 2023 às 14:25
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Para as pequenas e médias empresas, espinha dorsal do tecido empresarial português, os desafios atuais são complexos. Face aos quesitos do negócio, às demandas de um cliente cada vez mais digitalizado e ao risco real de ciberataques, o processo de transformação digital e a cibersegurança tornaram-se imperativos para a sua sustentabilidade, salvaguarda e o seu sucesso.

 

Se num passado não tão longínquo as empresas olhavam para a transformação digital como uma opção, hoje reconhecem-na como uma questão de sobrevivência. É o que possibilita "agilizar os negócios e otimizar os processos, tornando a organização mais eficiente e, consequentemente, reduzindo custos. Permite, ainda, dar uma resposta mais rápida às mudanças verificadas no mercado, possibilitando uma maior aproximação ao cliente. Em termos resumidos, a transformação digital potencia um aumento na criação de valor das empresas, para todos os seus stakeholders", afirma Shital Jayantilal, diretora do Departamento de Economia e Gestão da Universidade Portucalense.

 

Neste sentido, implementá-la não implica apenas utilizar novas funcionalidades tecnológicas. Trata-se antes de uma autêntica mudança cultural que envolve outras variáveis, como pessoas, constituindo um notável desafio.

 

Bruno Castro, CEO da VisionWare – Sistemas de Informação, reitera esta realidade, afirmando que as PME mais digitais serão as melhor preparadas para superar as adversidades: "Desde a automatização à agilização dos processos, passando pelo teletrabalho, as soluções tecnológicas permitem às empresas responder aos desafios da melhor forma", sendo um "valioso aliado para qualquer empresa, em qualquer setor, ao permitir que os decisores tenham uma visão completa dos negócios" e possam, inclusive, antecipar possíveis cenários de risco.

 

PME portuguesas: em que fase se encontram?

"De acordo com os dados Eurostat, em 2020 apenas três em cinco PME tinham atingido o nível básico de intensidade digital (fase aos 89% das grandes empresas), estando os valores registados pelas PME nacionais abaixo dessa média", evidencia Shital Jayantilal, da UPT.

 

É certo que várias instâncias nacionais e europeias têm reforçado o papel vital que a transformação digital tem (e terá) no futuro do nosso tecido empresarial (como o 2030 – Digital Compass da União Europeia), o que "justifica os apoios e iniciativas que diversas entidades têm vindo a desenvolver". "Por exemplo, em Portugal, no âmbito do COMPETE 2020, o Projeto PME e o Programa Comércio Digital da ACEPI, ambos direcionados para apoiar as PME."

 

A inevitabilidade da cibersegurança

Apesar das PME estarem mais sensíveis à urgência da digitalização, "há ainda muito caminho a trilhar na vertente da Segurança da Informação, em particular quando nos referimos a um grau de maturidade digital ainda algo frágil nas empresas", assegura Bruno Castro, da VisionWare.

 

Joana Belo Costa, head of executive education programs da Nova SBE, frisa que "ao nível da cibersegurança, a ENISA – Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação – refere que os ataques às PME representaram 17% de todos os ciberataques em 2022, quando em 2021 o valor se situava em 1%". Relativamente ao impacto no seu negócio, "o relatório da EIT Digital, Global Digital Foundation e Huawei cita que 57% das PME europeias encerraram devido a ataques cibernáuticos".

 

Também Portugal foi palco de inúmeros ataques informáticos mediáticos em 2022 e de forma transversal aos grandes setores de atividade, o que trouxe à luz do dia uma lacuna grave nas organizações. Há, por isso, que aumentar o nível de capacitação, literacia digital e mesmo conhecimento de diretivas e obrigações legais (como o Regime Jurídico da Segurança do Ciberespaço) por parte destes agentes económicos, pois está em causa a própria continuidade da sua atividade.

 

Bruno Castro confirma que "a digitalização aliada a estratégias que envolvem a componente da cibersegurança são uma necessidade real e diária para manter a atividade regular das empresas, sem riscos indesejados de falhas ou quebras na continuidade dos negócios". Apesar de haver muita "estrada" a percorrer, já é notório que "as PME ganharam uma maior sensibilidade e recetividade para ouvir as abordagens sobre a importância de implementar um modelo de governance completo que implica a gestão da área da cibersegurança". Isto reflete-se num aumento da procura de apoio na mitigação de ciberataques.

 

Em todas as suas vertentes, a transformação digital está a alterar a natureza da gestão das empresas, sendo determinante que os gestores a percebam como fator categórico para a competitividade dos seus negócios. Ignorá-la significará ficar para trás.

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