O actual rating é agora de Caa3, nono nível de lixo, devido à queda dos preços do petróleo, que é a principal fonte de receitas do país.

O nível abaixo do actual já é considerado "default" e tem duas categorias: Ca e C. Na primeira existe um elevado risco de incumprimento e na segunda já não há perspectivas de capacidade integral de pagamento dos títulos da dívida no vencimento dos prazos, havendo também poucas probabilidades de reembolso dos juros.

A Moody’s cortou assim em dois níveis a classificação da dívida soberana da Venezuela, que estava em Caa1.

A justificar esta decisão está a actual crise que o país vive muito à conta da forte queda dos preços do crude, uma vez que se esta espiral baixista do ‘ouro negro’ se mantiver, a Venezuela poderá mesmo entrar em ‘default’. Resta aguardar pelo plano económico anunciado pelo presidente Nicolás Maduro para ver se surtirá efeito.

Com esta decisão, a Moody’s atribui agora à Venezuela o mesmo rating que à Ucrânia (arrasada pelo conflito com os rebeldes alinhados com a Rússia) e que à Jamaica (que já entrou em incumprimento duas vezes desde 2010).