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S&P corta “rating” do Chipre em um nível (act.)
A S&P cortou o “rating” do Chipre em um nível. A notação financeira do país já se encontrava num patamar considerado de “lixo”. Os problemas da banca justificam esta descida. A agência admite voltar a cortar o "rating" caso não se encontre um programa de ajuda viável, ou o Governo não o consiga implementar.
A S&P colocou o “rating” do Chipre em “CCC”, descendo-o de “CCC+”, o que significa que apenas desceu um nível.
As perspectivas continuam a ser “negativas”, o que aponta para a possibilidade de a agência de notação financeira voltar a reduzir o “rating” do país.
“A redução reflecte principalmente a nossa visão dos problemas no sector bancário do Chipre”, diz a agência de notação financeira numa nota de análise publicada esta quinta-feira, dia 21 de Março.
“Apesar do voto parlamentar, acreditamos que o Eurogrupo vai alcançar um acordo com as autoridades cipriotas para um pacote financeiro credível. Ao mesmo tempo, à luz das pressões sobre a estabilidade económica e financeira, é provável que os termos de qualquer pacote de ajuda sejam impopulares e desafiantes para implementar num contexto de queda severa e prolongada da economia ”, acrescenta a mesma fonte.
“Como consequência, acreditamos que os riscos de um incumprimento soberano estão a aumentar. Estimamos que as necessidades de financiamento em 2013 serão de 18% do PIB.”
A agência de notação financeira diz que o Chipre e os parceiros europeus vão encontrar soluções e, por isso, “a nossa expectativa base é que o Chipre permaneça como membro da União Europeia.”
A S&P alerta para o risco de haver uma corrida aos depósitos, o que pode “exacerbar a queda da economia, criar a necessidade de um controlo de capital e aumentar as necessidades de financiamento da banca.”
A agência de notação financeira estima que o PIB cipriota contraia 6% este ano, uma previsão que a S&P salienta estar envolta numa grande incerteza.
A S&P diz também que “provavelmente baixará o rating do Chipre se o Governo não conseguir com rapidez um programa de financiamento.” E mesmo que o programa seja aprovado, a agência admite, “no final do ano” voltar “a descer a notação”, caso acredite que “o governo não é capaz de cumprir as condições do programa.”
(Notícia actualizada às 21h com mais informação do relatório)