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Juros das obrigações portuguesas recuam na generalidade dos prazos

As taxas de juro implícitas nas obrigações soberanas portuguesas estão em baixa na generalidade dos prazos. A emissão de dois anos é a única excepção com a “yield” a subir, apesar de especulação de que o BCE poderá reforçar intervenção.

Bloomberg
27 de Novembro de 2013 às 09:24
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As obrigações portuguesas estão a negociar com taxas de juro implícitas mais baixas, numa sessão em que os investidores estão a demonstram maior apetite pelo risco. Os juros de Itália e Espanha também recuam, com especulação de mais medidas expansionistas pelo banco central. Já as taxas da Alemanha estão a subir.

 

A taxa de juro implícita nas obrigações portuguesas a dois anos avança 1,4 pontos base para 3,408% e contraria a tendência que se verifica nas restantes maturidades em que se verificam descidas entre 0,3 e os três pontos base. A yield das obrigações a cinco anos recua 0,6 pontos para 4,835% e na maturidade de 10 anos a descida é de um ponto base para 5,867%.

 

A evolução das obrigações portuguesas a dois anos da maturidade também contrasta com as de Espanha e Itália, que negoceiam a taxas que correspondem a mínimos de quatro anos e seis meses, respectivamente. Descidas que são justificadas por especulação de que o Banco Central Europeu (BCE) irá aumentar o programa de compra de activos na Zona Euro.

 

“A inflação continua a surpreender em baixa, em termos de previsões económicas, portanto existe a óbvia possibilidade de que o BCE se veja obrigado a fazer alguma coisa” para manter a taxa de inflação de médio prazo "abaixo, mas próxima, de 2%", segundo o site da instituição. “Uma nova operação de refinanciamento de longo prazo, a ter lugar quando a actual atingir uma maturidade inferior a um ano, é bastante provável”, acrescentou.

 

A inflação recuou para 0,7%, em Outubro, atingindo o valor mais baixo desde 2009 e contriuindo para que o BCE decidisse cortar o preço do dinheiro na Zona Euro para 0,25%.

 

Os juros implícitos nas obrigações de Espanha a dois anos recuam 3,6 pontos base para 1,287%, enquanto a taxa a 10 anos desce 0,7 pontos base. Em Itália, a descida é de 2,1 pontos para 1,106% no prazo de dois anos e de 0,6 pontos base para 4,056% na emissão a 10 anos.

 

Já os juros da Alemanha estão em alta com os investidores a reduzirem a exposição à baixa remuneração da dívida da maior economia da Europa. A “yield” do país a 10 anos avança 0,8 pontos base para 1,695%. A expectativa de intervenção do BCE justifica uma previsão de inflação mais alta, reforçando o risco de perda de poder de compra pelos detentores de dívida alemã.

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