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China corta taxas de juro para puxar pela economia
China desceu as suas taxas de referência no país, num momento em que se antecipa um abrandamento no crescimento da segunda maior economia do mundo.
Num momento em que o debate nos principais bancos centrais mundiais é sobre quando subir juros, esperando-se que a Reserva Federal dos Estados Unidos aumente a sua taxa diretora já em março, o Banco da China reduziu as suas taxas de referência. A medida é uma tentativa de estimular a segunda maior economia do mundo.
O Banco da China reduziu a taxa de referência a 1 ano em 10 pontos base de 3,8% para 3,7%. A taxa a 5 anos baixou apenas 5 pontos, de 4,65% para 4,6%, naquele que é o primeiro corte desde abril de 2020.
A decisão de descer juros surge num momento em que aumentam os receios de um abrandamento no crescimento daquela que é a segunda maior economia do mundo e que vai permitir aliviar os custos para quem tem crédito, aliviando os custos suportados pelas famílias e empresas.
A expectativa é que a China mantenha a política de apoios, promovendo novos cortes de juros ao longo do ano. "Os empréstimos vão ser agora ligeiramente mais baratos o que deve ajudar a impulsionar o consumo das famílias. O PBOC (Banco Popular da China) já pressionou os bancos a aumentar o volume de empréstimos hipotecários", refere Sheana Yue, economista do Capital Economics, num comentário citado pela CNBC.
Já o Nomura realça que o impacto destes cortes vai ser limitado, mas antecipa novas descidas nos próximos meses, para dar liquidez ao sistema e limitar a apreciação da moeda no país.
A China tem feito um esforço para tornar o crescimento do país mais dependente do consumo interno, mas isto tem-se traduzido num abrandamento das taxas de crescimento do país.
Na semana passada, o Goldman Sachs reviu em baixa as suas previsões para a economia chinesa em 2022, antecipando um crescimento de 4,3%, inferior aos 4,8% anteriormente esperados. A expectativa é que as autoridades de Pequim fixem como meta crescer perto de 5%, este ano.