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Portugal emite 749 milhões de euros em duas linhas de obrigações. Juros ficam acima de 3%
Portugal foi ao mercado de dívida de longo prazo para colocar 749 milhões de euros em duas linhas de obrigações a seis e 12 anos. A "yield" de ambas ficou acima de 3%, apesar de na linha mais longa ter recuado.
Portugal financiou-se em 749 milhões de euros no mercado de dívida a longo prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP realizou esta quarta-feira um leilão de duas linhas de obrigações do Tesouro (OT) a seis e 12 anos. O leilão fica marcado pela descida dos juros da maturidade mais longa.
No caso da maturidade mais longa, ou seja, até outubro de 2035, o IGCP emitiu 282 milhões com uma "yield" de 3,587%. Este juro fica abaixo dos 3,744% pagos em março de este ano.
O leilão também fica marcado pela emissão da primeira linha de obrigações a seis anos. Nos títulos com prazo a junho de 2029, foram colocados 467 milhões com um juro de 3,181%. O último leilão com esta maturidade foi realizado em fevereiro de 2022, quando o Tesouro colocou 544 milhões de euros, tendo pago um juro de 0,603%.
"O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que iria fazer mais duas subidas nas taxas, movimento que tem penalizado as yields de curto prazo. No entanto a expetativa do mercado é que taxas mais elevadas e por um período mais longo acabem por conduzir a um arrefecimento económico, motivo pelo qual assistimos a uma descida nas taxas de juro de mais longo prazo", explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.
Quanto à procura, a linha mais longa foi a mais atrativa do que as obrigações com maturidade mais curta. Na primeira, a procura foi 6,58 vezes superior à oferta, enquanto na segunda ficou 1,49 vezes acima da oferta.
"O prémio de risco de Portugal tem sido o mais reduzido dos países da periferia, fruto do bom desempenho económico e da redução que se tem vindo a fazer do nível de endividamento. Estes fatores estão a ser fundamentais para que no 'rollover' da dívida com taxas mais elevadas, como é a situação atual, Portugal não esteja a pagar prémios de risco mais elevados", refere.
(Notícia atualizada às 11:02)
No caso da maturidade mais longa, ou seja, até outubro de 2035, o IGCP emitiu 282 milhões com uma "yield" de 3,587%. Este juro fica abaixo dos 3,744% pagos em março de este ano.
"O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que iria fazer mais duas subidas nas taxas, movimento que tem penalizado as yields de curto prazo. No entanto a expetativa do mercado é que taxas mais elevadas e por um período mais longo acabem por conduzir a um arrefecimento económico, motivo pelo qual assistimos a uma descida nas taxas de juro de mais longo prazo", explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.
Quanto à procura, a linha mais longa foi a mais atrativa do que as obrigações com maturidade mais curta. Na primeira, a procura foi 6,58 vezes superior à oferta, enquanto na segunda ficou 1,49 vezes acima da oferta.
"O prémio de risco de Portugal tem sido o mais reduzido dos países da periferia, fruto do bom desempenho económico e da redução que se tem vindo a fazer do nível de endividamento. Estes fatores estão a ser fundamentais para que no 'rollover' da dívida com taxas mais elevadas, como é a situação atual, Portugal não esteja a pagar prémios de risco mais elevados", refere.
(Notícia atualizada às 11:02)