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Portugal emite 749 milhões de euros em duas linhas de obrigações. Juros ficam acima de 3%

Portugal foi ao mercado de dívida de longo prazo para colocar 749 milhões de euros em duas linhas de obrigações a seis e 12 anos. A "yield" de ambas ficou acima de 3%, apesar de na linha mais longa ter recuado.

12 de Julho de 2023 às 10:54
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Portugal financiou-se em 749 milhões de euros no mercado de dívida a longo prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP realizou esta quarta-feira um leilão de duas linhas de obrigações do Tesouro (OT) a seis e 12 anos. O leilão fica marcado pela descida dos juros da maturidade mais longa. 

No caso da maturidade mais longa, ou seja, até outubro de 2035, o IGCP emitiu 282 milhões com uma "yield" de 3,587%. Este juro fica abaixo dos 3,744% pagos em março de este ano.

O leilão também fica marcado pela emissão da primeira linha de obrigações a seis anos. Nos títulos com prazo a junho de 2029, foram colocados 467 milhões com um juro de 3,181%. O último leilão com esta maturidade foi realizado em fevereiro de 2022, quando o Tesouro colocou 544 milhões de euros, tendo pago um juro de 0,603%.

"O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que iria fazer mais duas subidas nas taxas, movimento que tem penalizado as yields de curto prazo. No entanto a expetativa do mercado é que taxas mais elevadas e por um período mais longo acabem por conduzir a um arrefecimento económico, motivo pelo qual assistimos a uma descida nas taxas de juro de mais longo prazo", explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.

Quanto à procura, a linha mais longa foi a mais atrativa do que as obrigações com maturidade mais curta. Na primeira, a procura foi 6,58 vezes superior à oferta, enquanto na segunda ficou 1,49 vezes acima da oferta.

"O prémio de risco de Portugal tem sido o mais reduzido dos países da periferia, fruto do bom desempenho económico e da redução que se tem vindo a fazer do nível de endividamento. Estes fatores estão a ser fundamentais para que no 'rollover' da dívida com taxas mais elevadas, como é a situação atual, Portugal não esteja a pagar prémios de risco mais elevados", refere. 

(Notícia atualizada às 11:02)
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