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Portugal coloca 1.900 milhões em dívida a curto prazo. Paga menos a 12 meses

A República colocou Bilhetes do Tesouro (BT) a dois, seis e 12 meses, tendo em todas as maturidades pago um juro acima dos 3%. Na linha a dois meses, somada a esta operação há uma semana, o montante angariado foi de 270 milhões.

A agência liderada por Miguel Martín emitiu quatro mil milhões de euros em obrigações do Tesouro através de uma venda sindicada.
D.R.
17 de Janeiro de 2024 às 11:40
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Portugal colocou esta quarta-feira 1.900 milhões de euros na primeira emissão de dívida de Bilhetes do Tesouro (BT) deste ano. O montante indicativo global apresentado pela Agência de Gestão de Tesouraria e Dívida Pública – IGCP, aquando do anúncio desta emissão, estava entre os 1.750 milhões de euros e os dois mil milhões de euros.

O organismo liderado por Miguel Martín colocou 270 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, que vencem a 15 de março, numa linha a dois meses e paga um juro de 3,663%. A procura superou 2,93 vezes a oferta.

O IGCP anunciou na passada sexta-feria que iria somar esta linha a curtíssimo prazo às outras duas já previstas – a seis e 12 meses - na operação realizada esta quarta-feira, tendo invocado razões de liquidez no mercado. 

No que diz respeito aos BT que maturam dentro de um ano, mais concretamente a 17 de janeiro de 2025, Portugal colocou 1.065 milhões de euros.

O juro pago foi de 3,279%, tendo ficado abaixo dos 3,533% do último leilão comparável, em julho do ano passado. A procura superou 1,7 vezes a oferta, tendo assim subido face ao rácio "bid to cover" de 1,54 vezes contemplado na colocação na mesma maturidade em julho.

Além disso, a República emitiu 565 milhões de euros em BT, que vencem  a 19 de julho de 2024 (seis meses) com um juro de 3,660%. O "bid to cover" foi de 2,24 vezes, tendo assim a procura sido menor, face ao último leilão comparável, em que este rácio foi de 2,84 vezes.

Assim, procura foi superior nas emissões a dois e seis  meses, "por terem um prémio de risco superior", defende o diretor de investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, em declarações enviadas ao Negócios.

"Isto acontece por ainda termos a curva de taxas de juro invertida. Os prémios que Portugal está a pagar hoje são dos mais altos dos últimos anos, mas acabam por estar alinhados com as taxas de mercado secundário e restante dívida soberana europeia", acrescenta Filipe Silva.

Por outro lado, "o mercado tem a expectativa de que possam existir cortes de taxas no segundo semestre deste ano, motivo pelo qual assistimos a uma taxa mais baixa no leilão de 12 meses", remata o diretor de investimentos do Banco Carregosa.

O juro fixou-se nos 3,660%, acima dos 3,284% pagos pela República no leilão de dívida de curto prazo de julho.

Notícia atualizada às 12h00 com correção do título.

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