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Ao minuto18.03.2025

Europa fecha em alta à boleia de alívio da restrição orçamental na Alemanha

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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18.03.2025

Europa fecha em alta à boleia de alívio da restrição orçamental na Alemanha

Os principais índices europeus fecharam em terreno positivo pela terceira sessão consecutiva. Esta terça-feira, os índices do Velho Continente foram impulsionados, sobretudo, pelo anúncio de que o parlamento alemão chegou a acordo para aliviar as regras do "travão da dívida" - um mecanismo constitucional que estabelece limites rigorosos à subida anual da despesa pública. O projeto-lei deverá agora ser submetido à aprovação final da câmara alta, ou Bundesrat, na sexta-feira.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – subiu 0,61%, para os 554,30 pontos.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX avançou 0,98%, o francês CAC-40 subiu 0,50%, o espanhol IBEX 35 valorizou 1,58%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,31%, o holandês AEX manteve-se inalterado e o britânico FTSE 100 pulou 0,29%.

Os investidores parecem saudar a decisão da Alemanha, que poderá significar, igualmente, políticas orçamentais mais flexíveis em toda a Europa, à medida que Bruxelas aumenta os gastos com a defesa.

Num discurso feito pela presidente da Comissão Europeia esta terça-feira, em Copenhaga, Ursula von der Leyen sublinhou que "a era do ‘dividendo da paz’ acabou", acrescentando que "a arquitetura de segurança em que confiávamos já não pode ser dada como garantida." Para Von der Leyen, "a era das esferas de influência e da competição pelo poder está de volta".

"É claro que estamos perante programas de estímulo em toda a Europa, impulsionados pelos planos de infraestruturas na Alemanha e pelos projetos de armamento em toda a Europa, o que terá um impacto no crescimento", disse à Bloomberg Stephane Boujnah, CEO da Euronext.

Entre os setores, a banca teve a maior valorização, com ganhos de 2,19%, que impulsionaram o setor para máximos de 2008, com analistas a sinalizar que os planos de aumento da despesa por parte da Alemanha podem desencadear um aumento nos lucros. O Santander, que somou 4%, o HSBC, que ganhou quase 2%, e o BNP Paribas, que pulou cerca de 3%, foram os principais a contribuir para o avanço setorial. 

Quanto aos movimentos de mercado, o destaque vai para empresas da área da defesa. A alemã Rheinmetall ganhou 5,67%, a francesa Thales avançou 1,61% e a italiana Leonardo pulou 2,23%.

Entretanto, os investidores parecem ter reduzido a exposição a empresas norte-americanas, de acordo com dados do Bank of America citados pela Bloomberg. O principal índice norte-americano, o S&P 500, caiu 4,7% desde o início do ano, contra um avanço de 9,2% do principal índice de referência europeu, o Stoxx 600.   

18.03.2025

Juros registam alívios na Zona Euro à exceção de Espanha

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram alívios em praticamente toda a linha esta terça-feira, com exceção da "yield" em Espanha.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 0,1 pontos base, para 3,298%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 0,1 pontos, para 3,434%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu 0,1 pontos base para 3,486%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram 0,7 pontos, para 2,808 pontos. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a tendência inversa e subiram 0,1 pontos base para 4,641%. 

18.03.2025

Dólar ganha terreno em dia de início de reunião da Fed

O euro regista ligeiros ganhos esta terça-feira, depois de o parlamento da Alemanha ter aprovado planos para avançar com um alívio do "travão da dívida" - um mecanismo constitucional que estabelece limites rigorosos à subida anual da despesa pública.

Para além disso, os "traders" seguem atentos ao início da reunião da Reserva Federal norte-americana, que se irá estender até ao dia de amanhã, e que deverá oferecer pistas sobre o rumo que o decisor de política monetária dos EUA pretende seguir.

Face à divisa nipónica, a "nota verde" valoriza 0,18% para os 149,460 ienes.

O índice de dólar – que mede a força do dólar face às principais rivais – mantém-se inalterado nos 103,369 pontos.

No Velho Continente, a aprovação pelo parlamento alemão de planos para um aumento da despesa põe fim a décadas de conservadorismo fiscal no país. O objetivo é relançar o crescimento económico da maior economia europeia, nomeadamente no que toca a gastos com defesa.

Por cá, a moeda única segue a ganhar 0,06% para os 1,093 dólares. Em sentido contrário, a libra desvaloriza 0,06% para os 1,298 dólares. 

18.03.2025

Ouro continua em máximos históricos com aumento das incertezas geopolíticas

O ouro segue a valorizar esta terça-feira, dia em que chegou a atingir novos máximos históricos, acima dos 3.038 dólares por onça. O metal amarelo continua a beneficiar de uma maior procura enquanto ativo refúgio, impulsionada pelo aumento das tensões no Médio Oriente e incertezas quanto ao comércio mundial.

O ouro sobe a esta hora 1,13%, para os 3.034,480 dólares por onça.

Dois meses depois de entrar em vigor a primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, assiste-se a uma nova escalada de tensões no Médio Oriente. Ataques aéreos israelitas atingiram a Faixa de Gaza e mataram mais de 400 pessoas, de acordo com autoridades palestinianas. Israel e o Hamas acusaram-se mutuamente de violar o acordo, que se mantinha desde janeiro.

No que toca ao comércio internacional, a imposição de tarifas pelos Estados Unidos (EUA) aos seus parceiros comerciais e as contramedidas tomadas por alguns dos países visados pelas taxas alfandegárias da Administração dos EUA, continuam a alimentar a incerteza quanto ao crescimento económico global. O cenário benificia o ouro, que é visto como um investimento seguro em tempos de instabilidade económica ou geopolítica.

"Estamos a assistir a fortes ganhos no mercado do ouro, hoje, devido à contínua procura enquanto ativo refúgio", impulsionada por um novo conflito no Médio Oriente, pelo aumento das tensões comerciais e pelas fortes compras de ouro pelos bancos centrais, disse à Reuters Jim Wyckoff, analista sénior da Kitco Metals.

Os "traders" viram-se agora para as conversações entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que irão incidir sobre um possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia.

Também a reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que decorre entre hoje e quarta-feira, centra atenções.

É esperado que a Fed mantenha as taxas de juros inalteradas, sendo que os investidores apontam para uma probabilidade de 66% de um novo corte nas taxas diretoras em junho – o que beneficiaria o ouro, já que o metal amarelo não rende juros -, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. 

18.03.2025

Petróleo cede em altura de renovadas instabilidades no Médio Oriente

O petróleo regista desvalorizações esta terça-feira, numa altura de renovada instabilidade no Médio Oriente - que ameaça trazer novas interrupções no que toca ao fornecimento de crude -, enquanto os planos da China para mais estímulos económicos podem vir a impulsionar a procura por combustível na segunda maior economia do mundo.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – cede 0,46% para os 67,27 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,28% para os 70,87 dólares por barril.

Esta terça-feira, as negociações entre o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, sobre um possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia, centram atenções, já que um potencial acordo pode vir a aliviar as sanções sobre as exportações de "ouro negro" da Rússia.

A promessa de Trump de continuar a pressionar militarmente os houthis do Iémen, a menos que acabem com ataques a navios no Mar Vermelho, parece estar a reduzir maiores perdas para os preços do crude. O Presidente dos EUA disse que responsabilizaria o Irão por quaisquer ataques levados a cabo pelos houthis. O Irão, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), produziu cerca de 3,3 milhões de barris por dia de petróleo bruto em 2024, de acordo com a Administração de Informação de Energia norte-americana.

"O aumento da instabilidade no Médio Oriente, após os ataques dos EUA aos Houthis que ameaçam interromper o fornecimento iraniano, adicionou um elemento de apoio [aos preços do petróleo]", disseram à Reuters analistas da Ritterbusch & Associates.

Já na China, o crescimento das vendas a retalho acelerou 4% em janeiro e fevereiro, face ao mesmo período do ano anterior. Os dados são um sinal positivo para os decisores políticos do país, que procuram impulsionar o consumo interno, mesmo com a subida do desemprego e a diminuição da produção industrial a pressionar o crescimento económico de Beijing, que enfrenta uma nova onde de tarifas norte-americanas. 

18.03.2025

Wall Street de volta ao vermelho à espera da Fed para iluminar caminho

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta terça-feira no vermelho, numa altura em que os investidores estão bastante apreensivos em relação à trajetória económica dos EUA e preferem reforçar a sua carteira com ações de outros mercados.

O S&P 500 perde 0,98% para 5.619,63 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 1,67% para 17.515,51 pontos e o industrial Dow Jones cai 0,53% para 41.618,84 pontos. Na semana passada, o S&P 500 chegou a entrar em território de correção (perdeu mais de 10% desde máximos históricos atingidos em fevereiro), embora tenha conseguido recuperar nas duas últimas sessões com os investidores a aproveitarem as ações mais barata para "buy the dip".

O foco vira-se agora para a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana que arranca esta terça-feira e dura até quarta. O mercado já dá como certo que não vão existir alterações nas taxas de juro, preferindo virar as atenções para as novas projeções económicas da autoridade monetária, num contexto de grande incerteza provocada pelas tarifas introduzidas pela administração Trump.

"A Fed não quer antecipar demasiado os potenciais impactos da política [comercial], especialmente porque está sempre com grandes avanços e recuos. É uma tarefa difícil andar nesta corda bamba", explica Art Hogan, estratega de mercados da B. Riley, à Reuters.

Para além da Fed, a conversa telefónica entre o Presidente dos EUA e o seu homólogo russo pode vir a ditar o sentimento do mercado. Embora a Rússia tenha rejeitado inicialmente o acordo de cessar-fogo proposto pelos norte-americanos (a que a Ucrânia deu "luz verde"), Vladimir Putin não pôs a proposta completamente de lado, afirmando que era necessário discutir detalhes com Washington.

Entre as principais movimentações de mercado, a Tesla continua afundar em bolsa, desta vez com quedas superiores a 5%, depois de a RBC ter revisto em baixa o preço-alvo da tecnológica, citando a perda de quota de mercado na China e na Europa. Desde o início do ano, a empresa liderada por Elon Musk já perdeu mais de 40% do valor em bolsa, estando muito perto de anular completamente os ganhos conseguidos com a reeleição de Trump.

Por sua vez, a Nvidia perde 2,98% para 115,97 dólares, numa altura em que se espera que a gigante tecnológica revele novos detalhes do seu mais recente "chip" de inteligência artificial na sua conferência anual de programadores de software.

18.03.2025

Euribor a três meses cai para novo mínimo desde janeiro de 2023

A Euribor desceu hoje a três e a 12 meses em relação a segunda-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde janeiro de 2023, e manteve-se a seis meses.

Com as alterações de hoje, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 25 pontos base em 06 de março, a taxa a três meses, que baixou para 2,426%, continuou acima da taxa a seis meses (2,422%) e da taxa a 12 meses (2,416%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, manteve-se hoje, ao ser fixada de novo em 2,422%.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,416%, menos 0,023 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje, ao ser fixada em 2,426%, menos 0,030 pontos e um novo mínimo desde 20 de janeiro de 2023.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses.

A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro.

Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em 05 de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril, numa altura em que os juros das dívidas soberanas estão a subir.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

18.03.2025

Europa no verde em antecipação de acordo histórico na Alemanha

As bolsas europeias arrancaram a terceira sessão consecutiva no verde, num dia em que todas as atenções se viram para o Parlamento alemão e para a votação de um plano que pode desbloquear centenas de milhares de milhões de euros para financiar o setor da Defesa europeu.

O "benchmark" para a negociação da região, o Stoxx 600, avança 0,74% para 554,99 pontos, muito próximo dos máximos históricos atingidos em meados de fevereiro. O índice encaminha-se para fechar o primeiro trimestre do ano com o melhor saldo desde 2019, impulsionado ainda por bons resultados trimestrais e um desvanecer do chamado "excecionalismo americano", que está a fazer com que os investidores procurem outros mercados para apostar.

Em antecipação ao voto do plano alemão no Bundestag, as empresas do setor da defesa  estão a registar ganhos esta manhã. A Thyssenkrupp dispara 7,01% para 9,80 euros, enquanto a Rheinmetall regista uma valorização mais moderada de 0,84% para 1.379,50 euros. Já o índice alemão DAX lidera os ganhos entre os seus congéneres europeus, ao avançar 1,08%.

"É evidente que estamos perante programas de estímulo concretos em toda a Europa, com destaque para os planos alemães e pelos projetos de rearmamento da União Europeia. Isto tudo deverá ter um impacto no crescimento económico", explica Stephane Boujnah, CEO da Euronext, numa entrevista à Bloomberg TV.

O otimismo que se vive nas praças europeias esta manhã pode ainda ser impulsionado pela conversa agendada para hoje entre o Presidente norte-americano e o seu homólogo russo. Os dois líderes vão discutir os detalhes de um acordo de cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia, de forma a pôr em pausa ou mesmo acabar o conflito que assola o continente europeu há mais de três anos.

Entre as restantes principais praças europeias, o italiano FTSEMIB avança 1%, o francês CAC-40 soma 0,60%, o britânico FTSE100 salta 0,49%, enquanto o holandês AEX ganha 0,56% e o espanhol IBEX 35 cresce 0,89%.

18.03.2025

Juros agravam-se na Zona Euro à espera do Parlamento alemão

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta terça-feira, num dia marcado pela votação no Parlamento alemão do fundo de 500 mil milhões destinado a reforçar verbas na Defesa e desenvolver infraestruturas.

Para financiar este projeto, a Alemanha vai ter de emitir mais dívida e os conservadores da CDU, em conjunto com os Verdes e os sociais-democratas do SPD, querem mexer no chamado "travão da dívida" - um mecanismo previsto na Constituição alemã que estabelece limites rigorosos à subida anual da despesa pública.

Em antecipação, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, de referência para a região, avançam 2,5 pontos base para 2,841% e registam o maior agravamento entre os seus pares da Zona Euro. Já em França, as "yields" sobem 1,6 pontos base para 3,503% - isto depois de a agência de notação financeira Fitch ter decidido manter o "rating" da dívida francesa com um "outlook" negativo. 

Nos países do sul da Europa, as obrigações portuguesas, também a dez anos, crescem 1,9 pontos para 3,318%, enquanto os juros da dívida espanhola aceleram 2 pontos para 3,452%. Em Itália, as "yields" sobem 1,6 pontos para 3,932%. 

Fora da Zona Euro, mas seguindo a mesma tendência, as obrigações britânicas agravam-se em 3,5 pontos base para 4,675%, num semana marcada pela reunião do Banco de Inglaterra. A autoridade monetária deverá manter as taxas de juro inalteradas nos 4,5%. 

18.03.2025

Euro estabiliza em máximos de cinco meses. Iene perde terreno

O euro continua a negociar perto dos máximos de cinco meses que atingiu na semana passada, num dia em que o Parlamento alemão se prepara para votar no acordo tripartido dos conservadores, ecologistas e sociais-democratas alemães para criar um fundo de 500 mil milhões de euros destinados à Defesa e desenvolvimento de infraestruturas.

A esta hora, a moeda única europeia avança 0,28% para 1,0953 dólares, o valor mais elevado desde 10 de outubro. O euro está ainda a beneficiar da fragilidade do dólar no mercado cambial, numa altura em que se acumulam as dúvidas sobre o futuro económico nos EUA.

O fantasma da recessão ameaça a maior economia do mundo, com as tarifas de Donald Trump a pesarem sobre as projeções para a inflação norte-americana. Esta semana, a Reserva Federal (Fed) norte-americana deve optar por deixar as taxas de juro inalteradas e os investidores aguardam com alguma expectativa as novas projeções económicas do banco central para o resto do ano.

"As previsões para a inflação estão em alta, mas o sentimento [em torno do dólar] está em queda… Estamos a viver um momento muito confuso e creio que a própria Fed não tem dados suficientes para apoiar qualquer um dos lados", afirma Bart Wakabayashi, diretor da sucursal de Tóquio da State Street, à Reuters.

Neste contexto, o índice do dólar – que mede a força da moeda norte-americana face às suas principais concorrentes – recua 0,10% para 102,910 pontos. Desde que atingiu máximos de dois anos em meados de janeiro, este índice já desvalorizou mais de 6%. 

Apesar da queda generalizada, o dólar está a conseguir recuperar terreno face à divisa nipónica, avançando 0,36% para 149,74 ienes. Esta terça-feira, o Banco do Japão (BOJ) dá início à sua reunião mensal de dois dias e, apesar de não se esperar que a autoridade monetária volte a subir as taxas de juro este mês, espera-se um aperto da política monetária já este ano.

No entanto, caso o BOJ adote uma posição mais "dovish" nas suas projeções e na mensagem que passa em torno do impacto das tarifas de Trump na economia, o iene pode vir a perder ainda mais terreno. "Esse poderá ser o maior risco: nenhuma alteração e uma posição mais ‘dovish’", explica ainda Wakabayashi.

18.03.2025

Ouro volta a bater máximos com desenho geopolítico mais complexo

É mais um recorde para o ouro. Depois de no final da semana passada o metal precioso ter atingido os 3 mil dólares, esta terça-feira o ouro soma e segue, ao atingir um novo máximo histórico, numa altura em que um desenho geopolítico mundial cada vez mais complexo aumenta o prémio de risco sobre a matéria-prima.

O ouro, visto como o ativo-refúgio de eleição, acelera 0,55% para 3.016,96 dólares por onça, depois de ter chegado a tocar, pela primeira vez, nos 3.018,66 dólares. Só este ano, o metal precioso já avançou mais de 14% e este "rally" tem um catalisador principal: Donald Trump.

A política comercial protecionista do republicano, que passa por impor tarifas aduaneiras à importações de vários países, está a conhecer vários avanços e recuos, mas a incerteza criada é suficiente para fazer com que o ouro ganhe terreno no mercado internacional.

"A combinação entre incerteza geopolítica e geoeconómica, inflação, taxas de juro em queda e um dólar mais frágil continuam a ser um grande impulsionador para a procura do ouro", explicam analistas do World Gold Council, numa nota acedida pela Reuters.

Neste contexto, já várias casas de investimento decidiram rever as suas projeções em torno do potencial de valorização do metal precioso. Esta segunda-feira foi a vez do UBS, que decidiu aumentar o "target" do ouro de 3.000 para 3.200 dólares por onça. "No curto prazo, reconhecemos que o mercado entrou em território de sobrecompra, mas consideramos que o espírito dominante junto dos investidores continua a ser de cautela face às ações norte-americanas e de confiança no ouro", refere a análise do banco suíço a que o Negócios teve acesso.

Também o ANZ, de acordo com a Reuters, decidiu rever em alta as suas projeções para os próximos meses. O banco australiano vê o ouro atingir os 3.100 dólares num espaço de três meses, enquanto prevê que os preços do metal precioso atinjam os 3.200 dólares em apenas meio ano.

18.03.2025

Médio Oriente mais "quente" dá gás aos preços do petróleo

O barril de petróleo está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que o aumento de tensões no Médio Oriente está a eclipsar as habituais preocupações com a queda da procura mundial por esta matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para o mercado norte-americano – avança 0,62% para 68 dólares por barril, enquanto o Brent, usado na Europa, soma 0,65% para 71,53 dólares. Nas duas últimas sessões, os dois crudes de referência avançaram cerca de 1,7%, à medida que o desenho geopolítico mundial se torna cada vez mais complexo.

No Médio Oriente, Israel voltou a intensificar a ofensiva em Gaza e lançou uma série de ataques aéreos contra o território – mais um sinal de que o acordo de cessar-fogo, implementado há quase dois meses, entre Tel Aviv e o Hamas parece estar cada vez mais de posto de lado.

Estes ataques acontecem numa altura em que se desenha outro conflito na região. Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou esta segunda-feira que iria ver qualquer ataque a navios por parte dos rebeldes houthis do Iémen como uma afronta direta por parte do Irão, que financia o grupo.

No sábado, ataques aéreos dos EUA a infrastruturas houthis vitimaram, pelo menos, 31 pessoas. No dia seguinte, o secretário da Defesa norte-americano sinalizou e a pressão do país sobre o grupo rebelde se vai manter enquanto durarem os ataques dos houthis aos navios que atravessam o Mar Vermelho.

18.03.2025

"Rally" das tecnológicas chinesas não conhece travões. Ásia e Europa em alta

As bolsas europeias preparam-se para acompanhar as principais praças asiáticas e arrancarem a sessão desta terça-feira em território positivo, numa altura em que as incertezas em torno do futuro da economia norte-americana está a fazer com que os investidores apostem noutros mercados.

Pela China, o "rally" das tecnológicas não parece conhecer travões e pode vir a encontrar ainda mais catalisadores esta semana, quando empresas como a Xiaomi e  a Tencent apresentarem contas ao mercado.

O Hang Seng, de Hong Kong, liderou os ganhos entre os principais índices asiáticos e acelerou 2,09%, impulsionado ainda pelo plano das autoridades chinesas para estimular a economia. A gigante tecnológica Baidu disparou mais de 12% esta terça-feira, depois de ter lançado dois novos modelos gratuitos de inteligência artificial, que, diz a empresa, consegue competir com o DeepSeek.

No Japão, os mercados beneficiaram do aumento de participações da Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffet, em cinco corretoras japonesas. Estas "trading houses" ganharam todas entre 2,45% e 3,61% e deram gás ao Nikkei 225 e ao Topix, que encerraram com valorizações de 1,20% e 1,29%, respetivamente.

"A retórica favorável de Pequim está a proporcionar um cenário mais otimista para as ações asiáticas e as notícias de um aumento do investimento de empresas como a Warren Buffett estão certamente a ajudar", explica Homin Lee, estratega da Lombard Odier, à Bloomberg. Isto tudo, acrescenta o analista, num cenário de grande incerterza, provocado pelas políticas comerciais protecionistas dos EUA.

Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi e o australiano S&P/ASX 200 fecharam praticamente inalterados, avançando 0,06% e 0,08%, respetivamente, enquanto o indiano Nifty 50 saltou 1,01%.

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