Notícia
Petróleo abaixo dos 100 dólares. EUA reforçam ajuda a Kiev. Europa em mínimo de seis semanas
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
Europa fecha em mínimos de seis semanas
As bolsas europeias viveram um dia negativo esta segunda-feira, pressionadas pelos receios de que uma política mais agressiva da Fed e o alastrar da pandemia na China, com novos confinamentos, possam reduzir o crescimento económico.
O índice pan-europeu Stoxx600 recuou 1,81%, para os 445,11 pontos, mínimo desde 15 de março.
As quedas nas principais praças europeias oscilaram entre os 0,90% de Madrid e os 2,52% de Amesterdão.
O britânico FTSE caiu 1,88%, enquanto o parisiense Cac-40 recuou 2,01%, apesar do alívio dos investidores com a vitória eleitoral de Emmanuel Macron. O alemão Dax 30 perdeu 1,54%.
European stocks tumbled to the lowest in six
weeks as global risk-off sentiment swelled on concerns over a
more aggressive Federal Reserve and the spread of Covid in
China, outweighing optimism over French President Emmanuel
Macron’s election victory.
The Stoxx 600 Europe Index fell 1.8% by the close in
London, the lowest since March 15. Miners and energy led the
declines as iron ore and oil slumped on a deteriorating demand
outlook. Utilities and personal care stocks outperformed.
READ: Europe’s $5 Trillion Earnings Week Kicks Off as
Stocks Stutter
European equities have been under pressure this year on
monetary tightening concerns and as the war in Ukraine led to a
surge in commodities, fueling inflation fears. China locked down
some areas of Beijing and ordered mandatory Covid testing in a
district, further weighing on the sentiment. Separately,
European investors are bracing for this year’s busiest week of
the earnings season.
Now that French elections are out of the way, European
markets are "looking back to the risk-off lead elsewhere," said
Ilya Spivak, head of Greater Asia at DailyFX. "Stocks were not
ready to focus on the larger, Fed-driven move lower until the
election had passed."
Macron’s margin of victory over nationalist leader Marine
Le Pen in Sunday’s runoff was nearly half of what it was the
last time the pair faced off. Still, the win for Macron, who is
viewed as more business-friendly than Le Pen, could provide
stocks with another leg up after French equities outperformed
other European markets during his first term.
READ: Macron’s Win Means One Less Risk to Worry About:
Taking Stock
Juros da dívida portuguesa a 10 anos abaixo dos 1,9%
As "yields" das dívidas soberanas aliviaram esta segunda-feira um pouco por todo o mundo, com os investidores a buscarem refúgio nestes ativos face aos riscos para o crescimento da China devido ao alastrar da pandemia de covid-19.
No caso da dívida portuguesa a 10 anos, os juros recuaram 11,2 pontos base, para 1,868%, aliviando dos máximos desde 2018 registados sexta-feira, já muito perto dos 2%.
Também a "yield" da dívida espanhola na mesma maturidade alivia 11,1 pontos, para 1,819%, enquanto noi caso de Itália a descida cifra-se em 9,4 pontos, até aos 2,573%.
As "bunds" a 10 anos, "benchmark" do mercado da dívida na Europa, também veem a "yield" recuar 13,5 pontos, para os 0,832%.
Ouro e paládio caem com "fantasma" chinês. Dólar avança
Os metais preciosos seguem em queda esta segunda-feira, com destaque para o ouro e o paládio, pressionados pelo agravar da situação da pandemia de covid-19 na China. Já a moeda norte-americana avança, contribuindo ainda mais para a queda dos preços das matérias-primas expressos em dólares.
No caso do ouro, o preço da onça recua 1,81%, para 1.896,66 dólares, mínimos de cerca de um mês.
Já o paládio chegou a afundar 13%, com a perspetiva de que a situação na China reduza a procura deste metal utilizado nas baterias para veículos elétricos. O paládio cede neste momento 11,12%, para os 2.114,29 dólares por onça.
A divisa norte-americana, por seu turno, ganha terreno às principais rivais. O euro, por exemplo, cede 0,68%, para os 1,0717 dólares, enquanto a libra esterlina perde 0,90%, cotando nos 1,2723 dólares.
Receio de novos "lockdowns" na China afundam petróleo
Os preços do petróleo seguem em forte queda no arranque da semana, com os receios de que o alastramento da covid-19 na China leve a novos confinamentos e a uma redução da procura.
Quer o West Texas Intermediate (WTI) quer o Brent, de referência para a Europa, já tocaram valores abaixo dos 100 dólares.
Nesta altura, o WTI recua 6%, para os 95,95 dólares por barril, enquanto o barril de Brent cai 6,18%, até aos 100,06 dólares.
Wall Street no vermelho com receios de travão na economia
As bolsas norte-americanas abriram a negociar em queda, arrastadas pelos receios que as medidas de confinamento para conter a pandemia na China abrandem a economia global.
O índice S&P 500 desce 0,9%, enquanto o Dow Jones perde 0,8% e o tecnológico Nasdaq recua 0,76%, numa semana em que cerca de um terço das empresas do S&P 500 e do Dow Jones reportam as contas do primeiro trimestre de 2022.
A pesar na negociação está a situação na China, onde a pandemia continua a conduzir a novos máximos diários de mortes e novas infeções, com o regime de Pequim a fechar cidades e a intensificar os esforços de testagem.
Numa nota divulgada esta segunda-feira, os analistas do Morgan Stanley adiantaram que o S&P 500 deverá cair rapidamente, à medida que os investidores enfrentam dificuldades para encontrar ativos seguros, entre receios que uma ação mais agressiva da Reserva Federal dos EUA acelere uma recessão.
A contrariar as descidas seguem as ações do Twitter. A rede social acumula uma valorização de 4,23% para 51 dólares, com a empresa a reagir à notícia que poderá ser fechado ainda hoje um acordo para vender a companhia a Elon Musk por 43 mil milhões de dólares.
Borrell diz que não há acordo quanto a embargo ao petróleo russo
O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros Josep Borrell adiantou esta segunda-feira que não há apoio suficiente dos Estados-membros da União Europeia para apoiar um embargo total às importações de petróleo e gás russos.
Citado pelo jornal alemão Die Welt, Borrell referiu que "neste momento, nós na União Europeia não temos uma posição unificada nesta questão".
Vários países europeus estão a pressionar no sentido de um sexto pacote de sanções à Rússia e Bruxelas está a preparar uma avaliação completa sobre o impacto da proibição do petróleo como parte de possíveis medidas adicionais.
A Rússia é o maior fornecedor de petróleo da Europa, fornecendo pouco mais de um quarto das importações de petróleo da UE em 2020, segundo dados do escritório de estatísticas do bloco, Eurostat.
De acordo com Borrell, este assunto será discutido na próxima cimeira europeia, agendada para o final do mês.
Moscovo anuncia cessar-fogo em Mariupol
A Rússia anunciou um cessar-fogo em Mariupol, com o objetivo de permitir a retirada de civis do complexo industrial Azovstal, o último bastião de resistência na cidade portuária ucraniana.
De acordo com a informação divulgada pelo ministro da Defesa russo, será aberto um corredor humanitário pelas 14:00 locais (12:00 em Lisboa) para permitir a saída de civis.
O ministro russo adiantou que as pessoas que abandonem o complexo industrial poderão seguir a direção que entenderem.
Blinken e Austin visitam Kiev de surpresa e prometem mais ajuda
Os secretários de Estado e da Defesa norte-americanos, Antony Blinken e Lloyd Austin estiveram este domingo à noite com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Kiev, numa visita de alto nível, prometendo mais ajuda ao país.
Blinken e Austin garantiram a Zelensky que os Estados Unidos vão fornecer mais 300 milhões de dólares em financiamento militar estrangeiro e aprovaram uma venda de 165 milhões de dólares em munições.
Além disso, os responsáveis adiantaram que o presidente Joe Biden irá anunciar em breve o embaixador dos Estados Unidos para a Ucrânia e que os diplomatas norte-americanos que abandonaram o país antes da guerra irão começar a regressar esta semana.
Os jornalistas que acompanharam Austin e Blinken até à Polónia não puderam noticiar a visita dos dois membros do Pentágono a Kiev antes de ambos deixarem a Ucrânia por razões de segurança.
O encontro aconteceu depois de Zelensky adiantar que estava à espera que a ajuda norte-americana se materializasse, quer no que diz respeito ao armamento, quer nas garantias de segurança.
Dólar ganha força e ouro desce pelo terceiro dia
A nota verde segue a valorizar, com os investidores a procurarem refúgio no dólar face ao agravamento da pandemia na China.
O índice do dólar, que mede o desempenho da divisa contra um cabaz de 10 moedas de referência, segue a avançar 0,33%, naquela que é a terceira sessão consecutiva de ganhos para a nota verde.
Em sentido oposto, o ouro está a recuar para mínimos de um mês, ao perder 0,7% para 1.917,24 dólares por onça, com o metal precioso a ser pressionado pelas expectativas de um movimento de subida de juros mais rápido nos Estados Unidos.
Juros aliviam após vitória de Macron em França
Os juros das dívidas soberanas na Europa estão a aliviar, com os investidores a reagirem aos resultados das eleições presidenciais em França, das quais Emmanuel Macron saiu vencedor este domingo.
A taxa a 10 anos de Portugal recua 6,3 pontos base para 1,917%, enquanto a "yield" italiana e espanhola recuam 5,1 pontos para 2,617% e 6,2% para 1,868%, respetivamente.
Na Alemanha a tendência é idêntica, com o juro a 10 anos das "bunds" alemãs a recuar 8,2 pontos base para 0,885%.
Os resultados das eleições em França estão a contribuir para este desempenho. Emmanuel Macron conseguiu a reeleição, superando a candidata de extrema direita Marine Le Pen.
Petróleo abaixo dos 100 dólares
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar perto de 4% nos mercados internacionais, arrastados pelos receios de que novos confinamentos na China para conter a pandemia da covid-19 no país possam pesar na economia global.
O WTI, negociado em Nova Iorque, perde 3,62% para 98,38 dólares por barril, mas já chegou a tombar mais de 4%. Já em Londres, o Brent, que serve de referência às importações nacionais, está a cair 3,66% para 102,75 dólares por barril.
À semelhança dos mercados acionistas, as cotações do petróleo estão a refletir os receios associados à situação que se vive na China, onde o número de mortes diárias por covid-19 atingiu máximos diários durante o fim de semana, levando o país a intensificar as medidas para conter os avanços da pandemia.
Apesar deste arranque negativo, a guerra na Ucrânia poderá dar algum alento às cotações do petróleo, na medida em que a União Europeia continua a discutir maiores restrições às importações de crude russo, o que irá retirar petróleo do mercado, aumentando o desequilíbrio entre a oferta e a procura.
Bolsas com quedas de 2% de olho na China
A pandemia da covid-19 volta a centrar atenções, com os investidores a temerem que o surto na China provoque um abrandamento mais expressivo na segunda maior economia do mundo, num momento em que a Reserva Federal dos Estados Unidos se prepara para acelerar o ritmo de subida de juros.
O índice europeu Stoxx 600 abriu a sessão a perder cerca de 2%, a recuar para mínimos de mais de um mês, com as empresas ligadas ao setor da energia a liderarem as descidas, arrastadas pela queda dos preços das matérias-primas.
O setor do petróleo perde mais de 2%, enquanto as mineiras estão a tombar mais de 4%, numa manhã em que apenas o setor das "utilities" escapa à razia.
A determinar as descidas nas bolsas estão os receios de novos confinamentos na China, para conter a pandemia, preocupações que atiraram as bolsas chinesas para mínimos de quase dois anos.
O país continua a assistir a um aumento do número de novos casos, com as autoridades a ordenarem testes massivos e a colocar várias regiões em confinamento.