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Fecho dos mercados: Tensão EUA-Irão sufoca bolsas europeias e dá fôlego ao ouro e petróleo

As tensões entre o Irão e os Estados Unidos continuam a dominar o sentimento dos mercados de capitais, deixando as bolsas no vermelho. O ouro e o petróleo beneficiam e atingem máximos, no caso do ouro, de mais de seis anos.

Reuters
06 de Janeiro de 2020 às 17:30
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Os mercados em números
PSI-20 cedeu 0,12% para os 5.235,90 pontos

Stoxx 600 desceu 0,41% para os 416 pontos 
S&P desvaloriza 0,02% para os 3.234,10 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos agravaram 1,2 pontos base para os 0,366%
Euro valoriza 0,22% para os 1,1185 dólares

Petróleo em Londres avança 0,51% para os 68,96 dólares por barril

Europa "encolhida" entre EUA e Irão

A maioria das praças europeias de referências segue a perder em torno de 0,5%. Uma tendência ilustrada pelo índice que reúne as 600 maiores cotadas do Velho Continete, o Stoxx600, que desceu 0,41% para os 416 pontos na sessão.

A Europa ressente-se perante o escalar das tensões entre os Estados Unidos e o Irão, que têm acumulado ameaças de parte a parte desde que Washington ordenou a morte da figura número dois do Estado iranaiano, o general Qassem Soleimani. Até agora, a consequência mais palpável do assassinato foi o anúncio da parte do Irão de que passaria a não cumprir o acordo nuclear fechado em 2015 com várias potências do ocidente e que limitava a atividade nuclear deste país – um acordo de que os Estados Unidos se haviam retirado em 2018.

Em Lisboa, o PSI-20 caiu em linha com a Europa, e perdeu 0,12% para os 5.235,90 pontos pressionado por uma queda de mais de 1,5% do BCP.

Juros invertem alívio
Os juros da dívida portuguesa a dez anos agravaram 1,2 pontos base para os 0,366%, depois de três sessões consecutivas de alívio. Na alemanha, a referência europeia, registou-se uma quebra de 0,3 pontos base para os -0,287%, contabilizando-se a quarta sessão de alívio.

Euro dá a volta e impõe-se ao dólar

A moeda única europeia sobe 0,22% para os 1,1185 dólares depois de ter caído nas últimas três sessões. A puxar pela divisa europeia estão os números divulgados esta segunda-feira que mostram uma melhoria ao nível do setor dos serviços no Velho Continente e no Reino Unidos. Por outro lado, a nota verde é mais uma vítima do conflito entre Estados Unidos e Irão.

Petróleo em pico de quase quatro meses

O ouro negro tem-se pintado de verde, uma tendência que se verifica há três sessões consecutivas. Esta segunda-feira os ganhos do barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, seguem nos 0,51% para os 68,96 dólares, mas já chegaram a atingir os 3,12%, correspondentes a 70,74 dólares. O valor máximo da sessão coloca as cotações do ouro negro em níveis de 16 de setembro do ano passado, um máximo de quase quatro meses.

A sustentar o bom momento para os preços do petróleo estão as tensões entre os Estados Unidos e o Irão que, ao agitar os ânimos no Médio Oriente, podem resultar em cortes na produção e nas quantidades em reserva.

Ouro vai a máximos de 2013 e ofusca petróleo

O metal amarelo segue a valorizar 0,75% para os 1.563,86 dólares por onça, nesta que é a sexta sessão consecutiva de ganhos para o ouro. O metal já chegou mesmo a disparar 2,31% para os 1.588,13 dólares durante a sessão, marcando um máximo de 2 de abril de 2013.

O ouro está a servir de refúgio para os investidores dadas as tensões crescentes entre os Estados Unidos e o Irão. Ainda a ajudar ao otimismo, o Goldman Sachs emitiu uma nota de investimento na qual defende que o ouro é, nesta altura de tensões, um ativo mais forte do que o petróleo para os investidores que procuram retornos.

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