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Fecho dos mercados: Bolsas sem grandes oscilações em dia de correcção dos juros

O índice accionista europeu esteve a recuar pela quinta sessão, num dia de fracas oscilações entre as bolsas europeias. Já os juros da República seguem em mínimos de sete meses.

31 de Maio de 2017 às 17:19
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Os mercados em números

PSI-20 avançou 0,19% para 5.289,98 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,13% para 389,99 pontos

S&P 500 desce 0,23% para 2.407,46 pontos

Juros da dívida a dez anos descem 4,9 pontos base para 3,060%

Euro sobe 0,43% para 1,1234 dólares

Brent desce 3,8% para 49,87 dólares por barril

Bolsas sem tendência definida

As principais praças europeias encerraram a sessão desta quarta-feira, 31 de Maio, sem tendência definida, numa sessão marcada pela divulgação de indicadores económicos na região. O índice europeu Stoxx 600 cedeu 0,19%, completando assim a quinta sessão consecutiva de descidas, no dia em que foi divulgado que a inflação na Zona Euro abrandou em Maio.

De acordo com a estimativa flash do Eurostat, divulgada esta quarta-feira, 31 Maio, a taxa de inflação na região da moeda única desceu de 1,9%, em Abril, para 1,4%, em Maio, o que representa a leitura mais baixa deste ano. Este indicador vem dar argumentos ao Banco Central Europeu (BCE) para manter na próxima semana a sua estratégia de política monetária inalterada, uma vez que o índice de preços no consumidor continua longe da sua meta de 2%.

A bolsa portuguesa, por seu turno, contrariou a tendência negativa do índice europeu. O PSI-20 avançou 0,19%, para negociar em máximos de Dezembro de 2015. Em destaque na praça lisboeta esteve mais uma vez o Montepio. As unidades de participação do banco escalaram 21,29% para 0,752 euros, sendo que esta manhã já tocaram nos 95 cêntimos, um máximo de sempre. Uma nota positiva ainda para a Corticeira Amorim e a Novabase, que subiram mais de 3%.

Juros em mínimos de sete meses

Os juros da dívida portuguesa estiveram em queda esta quarta-feira, próximos de quebrar a fasquia dos 3% no prazo a dez anos. Apesar de a tendência ser de alívio na generalidade dos países do euro, Portugal destaca-se nas descidas. A ‘yield’ associada às obrigações a dez anos desceram 4,9 pontos base para 3,060%, o valor mais baixo desde 24 de Outubro, dia em que os juros atingiram os 3,024%. A ‘yield’ está, assim, próxima de baixar a barreira dos 3%, algo que não acontece desde 8 de Setembro de 2016.

Esta queda ocorre num momento em que vários especialistas têm vindo a aplaudir a evolução registada pelo país, ainda que as agências de "rating" tenham dado indicações que as melhorias não justificam, para já, uma subida da avaliação para um nível considerado de  grau de investimento. Mesmo reconhecendo que "a recuperação da economia portuguesa é impressionante", Jean-Michel Six, economista-chefe da agência de notação financeira americana Standard & Poor’s, considerou, em entrevista ao Diário de Notícias, que "ainda é preciso perceber se esta recuperação [económica] é sustentável".

Euribor inalteradas a três, seis e 12 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis e 12 meses e subiram a nove meses em relação a terça-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se hoje em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%, registado pela primeira vez em 10 de Abril. A Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, também se manteve estável, ao ser fixada em -0,254%, actual mínimo de sempre registado pela primeira vez em 26 de maio. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também permaneceu em mínimos, em -0,131%.

Sondagens pressionam libra

A libra está a perder valor esta sessão, a reagir à divulgação de sondagens que antecipam que a primeira-ministra Theresa May irá perder a maioria nas eleições de Junho. A sondagem do YouGov publicada esta quarta-feira pelo Times confirma a tendência de queda do Partido Conservador nos estudos de opinião, ao projectar que os "tories" não irão além de 310 assentos parlamentares nas eleições antecipadas para o próximo dia 8 de Junho. A moeda britânica desce 0,4% para 1,2905 dólares, tendo já tocado em mínimos de 21 de Abril durante a sessão.

Produção nos EUA afunda petróleo

Os preços do petróleo seguem a desvalorizar perto de 4% nos mercados internacionais, arrastados pelo aumento da produção nos EUA. O Brent, negociado em Londres, cai 3,8% para 49,87 dólares por barril, enquanto o WTI, em Nova Iorque, desce 3,83% para 47,76 dólares por barril. A pressionar as cotações está a dúvida em relação à eficiência dos cortes da OPEP na redução da oferta de crude, num momento em que a exploração de petróleo de xisto nos EUA permanece robusta.

Ouro ganha brilho com queda do dólar

O metal precioso segue a recuperar, impulsionado pela desvalorização do dólar, um movimento que favorece o investimento na matéria-prima. O ouro sobe 0,3% para 1.269,80 dólares por onça, depois de Lael Brainard, membro do conselho de governadores da Reserva Federal, ter afirmado ontem que uma "inflação suave" poderá levá-la a reavaliar a trajectória da política monetária no sentido de atrasar um pouco mais as subidas dos juros. A meta da Fed para a inflação, recorde-se, é de 2%.

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