Notícia
Europa cai pela quarta sessão com tecnologia a perder mais de 1%
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Estímulos tiram ouro da ribalta
O metal amarelo cai 1,08% para os 1903,53 dólares por onça, depois de três sessões consecutivas em alta. O ouro segue pressionado numa altura em que as negociações para um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos parecem estar perto de um final, sendo que este deverá ser um final feliz.
A democrata Nancy Pelosi anunciou que o acordo para os estímulos está "quase aí", pelo que os mercados acionistas seguem animados pelas renovadas perspetivas de melhoria na economia, deixando o metal precioso para trás, juntamente com o seu estatuto de ativo refúgio.
Petróleo soma mais de 2% com estímulos na mira
O petróleo segue a ganhar em força. A dar músculo à matéria-prima estão declarações de Nancy Pelosi, a representante dos democratas nas negociações para um novo pacote de estímulos económicos nos Estados Unidos, que afirmou estar perto de um acordo com os republicanos.
Ao mesmo tempo que um acordo parece estar "quase aí", nas palavras de Pelosi, o número de americanos a pedirem subsídios de desemprego caiu mais do que o esperado, dando bons sinais do lado do mercado de trabalho.
Além disto, população está a lidar com a pandemia "sem fechar os negócios, o que pode significar mais procura por petróleo no médio prazo", afirma um analista da Strategic Energy & Economic Research, citado pela Bloomberg.
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a somar 1,99% para os 42,55 dólares, depois de já ter disparado 2,54% para os 42,79 dólares. Paralelamente, o norte-americano West Texas Intermediate avança 1,70% para os 40,71 dólares.
Europa cai pela quarta sessão com tecnologia a perder mais de 1%
Os principais índices da Europa terminaram o dia de hoje em queda, com os investidores desanimados com os contínuos desacordos entre os Democratas e os Republicanos para um novo envelope de apoio à economia.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região - perdeu 0,1%, com o setor da tecnologia a liderar as más prestações (-1,2%).
O setor foi penalizado principalmente pela britânica de comparação de preços Moneysupermarket, que hoje divulgou resultados desapontadores, e pela Sopra Steria, que foi alvo de um ataque cibernético.
Já o setor do turismo reforçou-se, em linha com as congéneres norte-americanas, depois de companhias aéreas como a American Airlines e a Southwest Airlines terem revelado resultados animadores.
Juros de Itália em máximos de duas semanas em dia de leilão
Os juros da Zona Euro assumiram uma postura ascendente nesta quinta-feira, com destaque para a "yield" italiana a dez anos que hoje foi a máximos de duas semanas.
Os juros transalpinos subiram 2,2 pontos base para 0,802%, num dia em que o Tesouro italiano levantou 8 mil milhões de euros de dívida com prazo a trinta anos.
Noutras geografias, a "yield" alemã subiu 2,1 pontos base para os -0,570% e na Península Ibérica, Portugal registou um ganho de 1,7 pontos base para os 0,195% e Espanha uma subida de 2 pontos base para os 0,221%.
BCP, EDP e Jerónimo Martins levam PSI-20 à quarta queda consecutiva
O índice PSI-20 terminou a sessão desta quinta-feira a cair 0,52% para os 4.118,13 pontos, naquele que foi o quarto dia consecutivo a desvalorizar, em linha com o sentimento vivido no resto das bolsas europeias.
Na Europa, o contínuo atraso num acordo entre os Democratas e os Republicanos para um novo pacote de estímulos orçamentais a ser injetado na economia local, continua a pesar no sentimento dos investidores.
Com nove cotadas em queda, oito em alta e uma a fechar na linha de água, o destaque vai para a queda do grupo EDP, com a empresa liderada por Miguel Stiwell d'Andrade a desvalorizar 0,48% para os 4,393 euros por ação, enquanto que a EDP Renováveis caiu 3,01% para os 16,10 euros.
Em queda estiveram também o BCP (-1,16%), que se aproximou novamente de mínimos históricos abaixo dos 8 cêntimos por ação. no retalho, a Jerónimo Martins perdeu 1,34% para os 14,375 euros.
Em contraciclo esteve a Sonae Capital, que hoje terminou a sessão com um ganho de 10% para os 77 cêntimos por ação, o que representa um máximo desde fevereiro. Este novo valor alcançado iguala a revisão da contrapartida da oferta pública de aquisição (OPA) anunciada ontem pela Efanor.
A subir estiveram também a Galp, com um ganho de 1,88% para os 8,919 euros por ação, e a Mota-Engil, que valorizou 2,45% para os 1,170 euros, num dia em que o preço do petróleo subiu.
Resultados das empresas retiram Wall Street do marasmo dos estímulos
As bolsas dos Estados Unidos abriram em alta, numa altura em que os mercados continuam marcados pelo atraso num acordo para o pacote de estímulos orçamentais e pelo aumento de casos de coronavírus, mas os resultados das empresas dão algum conforto aos investidores.
O industrial Dow Jones avança 0,24% para os 28.279,05 pontos, o S&P500 sobe 0,27% para os 3.445,51 pontos e o tecnológico Nasdaq aprecia 0,46% para os 11.537,48 pontos.
Os índices recuperam forças num dia positivo no que toca aos resultados das empresas. A Tesla está a valorizar 3,81% para os 438,74 dólares, depois de ter divulgado que conseguiu atingir lucros pelo quinto trimestre consecutivo. A AT&T também surpreendeu ao conquistar mais subscritores de rede wireless do que o estimado, pelo que segue a somar 4,88% para os 28,02 dólares.
Wall Street deixa assim de lado as preocupações quanto ao lançamento de um novo pacote de estímulos que, depois de falhada a meta de ser entregue esta terça-feira, ficou prometido ainda para esta semana. Representantes de ambos os partidos, Nancy Pelosi e Steven Mnuchin, vão fazer nova comunicação na quinta-feira.
"Há cada vez mais o entendimento de que não vai ser possível um acordo para o pacote de estímulos antes das eleições" norte-americanas, afirma um analista da NatWest Markets, em declarações à Bloomberg. "O ressurgimento de covid-19 é com certeza um assunto que molda os ativos de risco, mas o debate orçamental nos Estados Unidos tem sido a principal questão no curto-prazo".
Bolsas em mínimos de um mês com aumento de contágios e possível ingerência nas eleições dos EUA
As principais bolsas europeias abriram a sessão desta quinta-feira, 22 de outubro, em terreno negativo e entretanto acentuaram as quedas nesta primeira hora de negociação.
O índice de referência europeu Stoxx600 perde 0,92% para 357,46 pontos, a quarta desvalorização consecutiva que coloca o índice que agrega as 600 maiores cotadas do velho continente em mínimos de praticamente um mês, desde 25 de setembro.
Com todos os setores no vermelho, a queda que mais pressiona é a do setor tecnológico.
Também o lisboeta PSI-20 recua pelo quarto dia, mas para transacionar em mínimos de 5 de outubro, sobretudo pressionado pelas perdas em torno de 1,5% do BCP e da Galp Energia.
O aumento do ritmo de contágios na Europa está a causar preocupação dos investidores quanto ao impacto da covid-19 na economia, temendo-se que implique uma contração económica maior do que era até aqui antecipado.
Por outro lado, e também a causar apreensão nos mercados, está a notícia, com base numa fonte dos serviços de informação dos Estados Unidos, de que a Rússia e o Irão tentaram interferir nas eleições presidenciais americanas marcadas para o próximo dia 3 de novembro.
Juros em queda ligeira na Zona Euro
Os juros das dívidas públicas seguem a aliviar das subidas recentes, ainda que as descidas verificadas esta manhã sejam bastante ténues.
A taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal com maturidade a 10 anos desce 0,5 pontos base para 0,173%, uma "yield" que se mantém abaixo dos 0,194% exigidos pelos investidores para comparem títulos soberanos da Espanha com o mesmo prazo e cuja taxa de juro segue a recuar 0,6 pontos base.
Também a "yield" correspondente à dívida da Itália a 10 anos cede 0,1 pontos base para 0,779%. Estas três "yields" recuam após três dias consecutivos a subirem.
Já a taxa de juro referente às obrigações alemãs (bunds) a 10 anos cai 0,3 pontos base para -0,593%, mas neste caso esta descida acontece depois de apenas duas sessões de agravamento.
Ouro e prata em queda
Os metais precisos estão a depreciar na sessão desta quinta-feira. O ouro recua 0,26% para 1.919,42 dólares por onça, enquanto a prata cai 0,42% para 24,9404 dólares por onça.
Tanto o metal dourado como o prateado perdem valor após três dias consecutivos a valorizar.
A justificar estas descidas, em especial a do ouro, está a subida do dólar nos mercados cambiais e também a maior proximidade de um acordo quanto a novas medidas capazes de estimular a recuperação da economia dos Estados Unidos.
Petróleo valoriza para se manter acima dos 40 dólares
O preço do barril de petróleo está a ser negociado acima dos 40 dólares por barril em Londres e em Nova Iorque.
O Brent, negociado na capital inglesa e usado como valor de referência para as importações nacionais, sobe 0,14% para 41,79 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, aprecia 0,15% para 40,09 dólares.
Esta subida do preço da matéria-prima acontece apesar do aumento inesperado das reservas de gasolina nos Estados Unidos provocado pela quebra nos níveis de consumo deste combustível. Os stocks de combustíveis registaram, na semana passada, o maior incremento semanal desde maio, o que começou por provocar uma descida do petróleo.
Mas apesar daqueles fatores contribuírem para a descida do valor do crude, o preço da matéria-prima está a subir nos mercados internacionais graças ao maior otimismo decorrente dos progressos alcançados nos Estados Unidos quanto à aprovação de um novo pacote de estímulos económicos.
Euro cede face ao dólar após quatro dias a valorizar
A moeda única europeia segue a depreciar ténues 0,05% para 1,1855 dólares, a primeira desvalorização do euro contra a divisa norte-americana em cinco sessões.
Já a libra, que ontem registou subidas expressivas face ao euro e ao dólar na sequência da notícia que dava conta de que as negociações entre o Reino Unido e a União Europeia seriam retomadas com o objetivo de fechar um acordo até meados de novembro, segue hoje a registar ligeiras desvalorizações tanto em relação à divisa europeia como face à moeda norte-americana.
Europa a caminho da quarta sessão de perdas
Os futuros das ações da Europa e dos Estados Unidos estão em queda esta quinta-feira, 22 de outubro, em linha com o pessimismo que marcou a sessão asiática, depois de um alto responsável dos serviços de inteligência dos Estados Unidos ter dito que a Rússia e o Irão tentaram interferir nas eleições presidenciais do próximo mês.
Segundo o diretor da National Intelligence, John Ratcliffe, os dois países tiveram acesso a informações sobre o registo de eleitores. Os dados foram obtidos pelo Irão e separadamente pela Rússia.
Anteriormente, as ações dos EUA fecharam em baixa após uma sessão volátil devido a sinais de que um eventual pacote de estímulo provavelmente não se tornará lei antes das eleições. A líder da Câmara, dos Representantes Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin fizeram progressos nas últimas negociações e vão falar novamente esta quinta-feira.
Sem nenhum progresso significativo na política orçamental, os mercados "estão a reagir à elevada instabilidade política que vem com a confirmação dos esforços para manipular a corrida presidencial", disse Eleanor Creagh, estrategista do Saxo Capital Markets em Sydney, citada pela Bloomberg. "A capacidade de qualquer um dos candidatos se apoderar de acusações de interferência estrangeira é intensificada e aumenta a probabilidade de um resultado contestado, principalmente porque a corrida pode ser mais disputada do que as sondagens indicam atualmente".
Nesta altura, os futuros do Euro Stoxx 50 descem 0,5% enquanto os do S&P 500 recuam 0,6%.
Na sessão asiática, o japonês Topix perdeu 1,1%, o chinês Shanghai Composite caiu 0,6% e o Kospi, da Coreia do Sul deslizou 0,8%.