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Abertura dos mercados: Receios em torno de uma guerra comercial não afectam bolsas

As principais bolsas europeias estão a negociar em alta, apesar dos receios dos investidores em torno de uma possível guerra comercial.

Reuters
06 de Março de 2018 às 09:27
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Os mercados em números

PSI-20 ganha 0,53% para os 5.393,84 pontos

Stoxx 600 cresce 0,72% para 373,55 pontos

Nikkei valorizou 1,79% para 21.417,76 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3 pontos para 1,922%

Euro aprecia 0,05% para 1,2342 dólares

Petróleo em Londres recua 0,21% para 65,40 dólares o barril

 

Investidores avaliam possibilidade de guerra comercial

As principais bolsas europeias estão a negociar em alta, numa altura em que os investidores avaliam a possibilidade de surgir uma guerra comercial. Os Estados Unidos estão a preparar-se para aplicar tarifas sobre as importações de aço e alumínio. E, de acordo com um documento a que a Bloomberg teve acesso, a Comissão Europeia pode estar a preparar-se para aplicar tarifas às importações norte-americanas de bens como têxteis, calçado e alguns bens industriais.

Assim, no âmbito desta medida, bens como jeans, t-shirts, motos e milho originários dos EUA podem sofrer um agravamento da carga fiscal para poderem ser comercializadas na UE. Uma fonte da Bloomberg admite mesmo que a Comissão Europeia pode colocar uma taxa alfandegárias de 25% sobre estes produtos. O valor total das importações sujeitas às tarifas é de 2,8 mil milhões de euros, segundo a agência.

Joshua Crabb, da Old Mutual Global Investors em Hong Kong, considera que "as pessoas estão a tomar consciência de que uma grande guerra comercial não tem um apoio consensual".

O germânico DAX lidera os ganhos no Velho Continente ao subir 1,17%, seguido pelo britânico Footsie, que cresce 1,02%. Em Lisboa, o PSI-20 valoriza 0,53%, impulsionado nomeadamente pelos ganhos da Navigator, Semapa, Mota-Engil, Ibersol e EDP Renováveis. O Stoxx 600, índice de referência, cresce 0,72%.

Juros abaixo dos 2%
Os juros da dívida pública a 10 anos estão em queda e negoceiam abaixo da fasquia dos 2%. Assim, a uma década, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida nacional entre si recuam 3 pontos base para 1,922%. Não são só os juros nacionais que estão em queda. Os de Itália, igualmente a dez anos, perdem 3,6 pontos base para 1,968%, isto apesar de as eleições legislativas não terem resultado numa maioria que permita a algum partido governar sozinho. Agora vão ser necessárias negociações para que seja encontrada uma solução governativa.

Os juros da Alemanha sobem 0,4 pontos base para 0,647%. No último domingo, o SPD anunciou que os seus membros tinham aprovado que o partido integrasse um governo de coligação com a CDU de Angela Merkel. O prémio de risco da dívida nacional está nos 127,8 pontos.

Euro pouco alterado

A moeda da Zona Euro está a subir ligeiramente face ao dólar (+0,05% para 1,2342 dólares), numa altura em que os investidores assistem ao clima de incerteza política em Itália, gerado pelas eleições legislativas, cujo resultado não permite que um só partido tenha uma maioria absoluta. Além disso, os investidores estão focados também na possibilidade de estalar uma guerra comercial, depois de os EUA terem anunciado que pretendem impor tarifas às importações de aço e alumínio, o que pode estar a marcar a negociação do dólar.

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão a descer nos mercados internacionais, numa altura em que os investidores avaliam as perspectivas para a matéria-prima. Por um lado, as estimativas dos analistas apontam para uma descida das reservas de crude nos EUA. Por outro, a Agência de Internacional de Energia aponta que os cortes na produção realizados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados vão provocar um aumento da oferta nos EUA.

O West Texas Intermediate cede 0,05% para 62,54 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, recua 0,21% para 65,40 dólares por barril.

Ouro a crescer

A cotação do ouro, para entrega imediata, sobe 0,16% para 1.322,18 dólares por onça, numa altura em que a Rússia anunciou que pretende aumentar a sua produção do metal amarelo em cerca de 3% para 328 toneladas de ouro este ano.

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