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Abertura dos mercados: Ameaça de Pyongyang deixa bolsas em queda e ouro em máximos
A ameaça da Coreia do Norte de um ataque "dentro de dias" a Guam está a afastar os investidores das acções e a impulsionar a procura por activos como o ouro, que negoceia em máximos de oito semanas.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,29% para 5.237,15 pontos
Stoxx 600 perde 0,25% para 378,89 pontos
Nikkei desvalorizou 0,05% para 19.729,74 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,3 pontos para 2,829%
Euro recua 0,28% para 1,1726 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,74% para 53,09 dólares o barril
Tensão geopolítica pressiona bolsas pela segunda sessão
As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quinta-feira, 10 de Agosto, pela segunda sessão consecutiva, com o mercado a reflectir os receios em torno da tensão crescente entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
Depois de ter lançado ameaças de um ataque a Guam, na quarta-feira, o regime de Pyongyang já detalhou o seu plano que, segundo a agência oficial norte-coreana, prevê o lançamento de quatro mísseis contra aquela ilha no Pacífico, e estará operacional "dentro de dias".
A divulgação deste plano já levou o Japão e a Coreia do Sul a avisarem o regime de Kim Jong-un que irão intervir com as suas forças armadas caso se concretize.
Depois de mais uma sessão de perdas em Wall Street e nos principais mercados asiáticos, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,25% para 378,89 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas da mineração.
Em Lisboa, o PSI-20 desce 0,29% para 5.237,15 pontos, com apenas quatro cotadas em alta: o fundo do Montepio, a Ibersol, a EDP Renováveis e a Nos.
Juros portugueses descem pela quarta sessão
Os juros da dívida portuguesa estão a descer pela quarta sessão consecutiva, acompanhando o alívio ligeiro que se estende à generalidade dos países do euro. A ‘yield’ associada às obrigações a dez anos desce 1,3 pontos para 2,829%, próximo de mínimos de Agosto do ano passado.
Em Espanha, os juros recuam 1,2 pontos para 1,419%, em Itália, 1,2 pontos para 2,001%, e na Alemanha contrariam a tendência com uma subida de 0,8 pontos para 0,436%.
Dólar sobe antes da inflação
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a subir 0,21%, num dia em que o mercado estará atento às declarações do presidente da Fed de Nova Iorque, William Dudley, que fala numa reunião promovida pelo banco central para debater a desigualdade salarial regional e sobre as tendências para o emprego.
Isto antes de serem conhecidos, na sexta-feira, os dados da inflação, que poderão dar pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Brent acima dos 53 dólares
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, a beneficiar dos dados revelados pela Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos que mostram que a produção norte-americana diminuiu em sete mil barris por dia na semana passada para 9,42 milhões de barris por dia, enquanto as reservas de crude caíram em 6,45 milhões de barris, quase o triplo do esperado.
Em Nova Iorque, o WTI ganha 0,52% para 49,82 dólares, e em Londres, o Brent sobe 0,74% para 53,09 dólares.
Ouro em máximos de Fevereiro
O ouro está a negociar com sinal verde pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que a procura por activos de refúgio está a subir devido à escalada da tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.
O metal amarelo está mesmo no valor mais alto em oito semanas, com uma subida de 0,12% para 1.278,82 dólares. A prata avança 0,41% para 17,0213 dólares.