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Europa fecha no verde à exceção de Madrid. "Outlook" da OPEP faz petróleo disparar mais de 3%
Acompanhe aqui o desempenho do mercado durante esta terça-feira, minuto a minuto.
Europa fecha no verde à exceção de Madrid. Volatilidade do Euro Stoxx 50 em mínimos de mais de três anos
A Europa terminou a sessão desta terça-feira em alta. Os investidores estiveram a digerir o recuo da inflação nos EUA em maio, que dá sustentação a uma pausa no ciclo de subida dos juros diretores na maior economia mundial, numa altura em que aguardam as conclusões das reuniões de política monetária da Fed e do BCE.
O Stoxx 600 – "benchmark" para o mercado europeu - somou 0,55% para 463,27 pontos.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, recursos básicos e tecnologia comandaram os ganhos.
O mais restrito Euro Stoxx 50 cresceu 0,8% para 4.350,92 pontos, estando o o indicador de volatilidade deste índice em mínimos de fevereiro de 2020.
Os investidores estiveram atentos às ações da Hexagon, que avançaram 3,99%, depois de a empresa ter anunciado uma parceria com a Nvidia, que irá conectar as ferramentas à empresa norte-americana de semicondutores, de forma a criar espaços virtuais.
Por sua vez, a Neste Oyj subiu 6,44%, depois de a RBC ter revisto em alta a recomendação para as ações da empresa.
Já a plataforma polaca de "e-commerce" Allegroeu tombou 7,01%, após um grupo de acionistas ter colocado à venda um conjunto de ações com desconto.
Entre as principais praças europeias, Paris ganhou 0,56%, Frankfurt subiu 0,82% e Londres cresceu 0,32%, num dia em que os dados do mercado de trabalho no Reino Unido apontaram para uma subida dos salários e queda do desemprego.
Amesterdão arrecadou 0,97%, Milão acumulou 0,57% e Lisboa – seguindo a tendência europeia – cresceu 0,22%. Já Madrid recuou 0,11%.
Segundo uma sondagem levada a cabo pelo Bank of America, 73% dos investidores inquiridos aponta para uma queda das ações europeias, motivada pela política monetária restritiva do BCE.
Juros agravam-se na Zona Euro e nos EUA à espera do BCE e da Fed
Os juros agravam-se na Zona Euro e nos EUA, com os investidores à espera das conclusões da reunião da Fed, que termina esta quarta-feira, e do encontro do BCE, no dia seguinte, que irá também decidir se sobe (ou não) e em que dimensão as três taxas de juro diretoras.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agravou-se 3,6 pontos base para 2,417%.
Os juros das obrigações portuguesas com vencimento em 2033 somaram 3,1 pontos base para 3,062%.
A "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade subiu 3,2 pontos base para 3,362%.
Os juros das obrigações italianas a dez anos agravaram-se 0,1 pontos base para 4,045%.
Nos EUA, a "yield" das "bonds" com a mesma maturidade sobem 4,9 pontos base para 3,784%, após o gabinete de estatística do país ter dado conta de um recuo da inflação para 4% em maio, tendo caído para mínimos de março de 2021.
"Outlook" da OPEP faz petróleo disparar mais de 3% tanto em Nova Iorque como em Londres
O petróleo escala mais de 3%, depois de tocar em mínimos de três meses, após a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) ter antecipado, no relatório mensal publicado esta terça-feira, uma subida da procura.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – dispara 3,43% para 69,42 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 3,38% ara 74,27 dólares por barril.
A OPEP prevê que a procura mundial de petróleo aumente em 2,4% entre o primeiro e o segundo semestre do ano, até se situar numa média de 103,25 milhões de barris diários no último trimestre.
Segundo a organização, o aumento no segundo semestre de 2023 será impulsionado por um maior consumo nas economias emergentes.
Além do "outlook" da OPEP, o petróleo está a ser impulsionado pela notícia de que Pequim está avaliar um novo pacote de medidas para dar força aquela que é a maior economia importadora de ouro negro do mundo.
O sentimento está ainda a ser influenciado pelos mais recentes dados da inflação nos EUA que reforçam as apostas de que a Fed pode fazer uma pausa na subida dos juros diretores após a reunião de política monetária que termina esta quarta-feira.
Libra motivada por dados do trabalho, dólar em mínimos de maio e euro sobe à espera do BCE
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas – recua 0,25% para 103,40 pontos, mantendo-se em mínimos de maio, numa altura em que o mercado reage ao facto de a inflação ter renovando mínimos de março de 2021 e alimenta a expectativa de uma pausa no ciclo de subida dos juros diretores nos EUA.
A libra britânica sobe 0,6% para 1,2585 dólares, depois de o mercado de trabalho no Reino Unido ter registado uma queda do desemprego e uma subida dos salários, dando sustentação a uma subida dos juros por parte do Banco de Inglaterra.
O euro avança 0,33% para 1,0793 dólares, quando o mercado aguarda a reunião do BCE nesta quinta-feira, após a qual se espera o anúncio de mais uma subida de 25 pontos base das taxas de juro diretoras.
Por fim, o iene cai 0,44% para 0,0066, com os investidores à espera de que o Banco do Japão mantenha a sua política monetária acomodatícia, após o encontro desta sexta-feira.
Powell puxa brilho ao ouro
O ouro sobe à boleia dos mais recentes dados da inflação nos EUA, que levaram a um reforço nas apostas de que a Fed poderá fazer uma pausa na subida dos juros diretores após a reunião de política monetária que termina esta quarta-feira.
O metal amarelo valoriza 0,2% para 1.961,81 dólares por onça. Paládio segue esta tendência positiva, enquanto prata e platina negoceiam praticamente inalterados.
Na segunda-feira, no mercado de "swaps", os investidores apontavam para uma probabilidade de 73,6% de o banco central liderado por Jerome Powell manter a taxa dos fundos federais inalterada num intervalo entre 5% e 5,25%. Já esta terça-feira as apostas fizeram subir esta probabilidade para 95,4%, contra uma chance de apenas 5,8% de uma subida de 25 pontos base.
Wall Street começa dia em alta com reforço nas apostas da pausa de Powell
Wall Street arrancou a sessão em alta, motivada pelos mais recentes dados da inflação, que reforçaram as apostas sobre uma possível pausa no ciclo de subida dos juros diretores nos EUA.
O industrial Dow Jones soma 0,36% para 34.188,01 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) ganha 0,53% para 4.365,47 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,79% para 13.568,73 pontos.
A inflação nos EUA, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC), recuou de 4,9% em abril para 4% em maio, o nível mais baixo desde março de 2021, segundo os dados divulgados esta terça-feira. O número fica ainda ainda abaixo do consenso dos analistas que apontavam para 4,1%.
A inflação subjacente – que exclui energia e alimentos – cresceu 5,3% em termos homólogos, em linha com o esperado pelos analistas, que mantinham a expectativa de um agravamento da inflação "core".
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de 95,4% de Fed realizar uma pausa na subida da taxa dos fundos federais mantendo-a intocada num intervalo entre 5% e 5,25%, segundo a FedWatch tool do CME Group.
Taxas Euribor sobem a 12 meses e batem novo máximo a três e seis
As taxas Euribor subiram esta terça-feira a 12 meses e bateram um novo máximo a três e seis meses, em comparação com segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje 0,004 pontos para 3,942%, depois de ter aumentado em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados referentes a abril de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,9% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a seis e a três meses representam 33,9% e 22,8%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
Por sua vez, a seis meses, a taxa Euribor ascendeu 0,041 pontos para 3,794%, um novo máximo, depois de ter atingido 3,781% em 29 de maio.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
No prazo de três meses, a Euribor ficou em 3,526%, mais 0,048 pontos do que na sexta-feira, um novo máximo, sendo que o anterior tinha sido atingido em 05 de junho (3,493%).
A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras devido ao acréscimo da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro enquanto os investidores aguardam a reunião do Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira, sendo ainda animados pelas boas notícias em termos de fusões e aquisições no bloco da moeda única.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a Zona Euro – aliviam 1,8 pontos base para 2,363%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 descem 0,6 pontos base para 3,024%.
A "yield" das obrigações espanholas a dez anos deslizam 1,3 pontos base para 3,317%.
Os juros da dívida italiana com a mesma maturidade caem 1,6 pontos base para 4,028%.
Europa no verde enquanto espera pelas decisões da FED e BCE
A Europa começou o dia em terreno positivo quando os investidores aguardam com expectativa as reuniões da Reserva Federal norte-americana (Fed), que anuncia amanhã se sobe ou não as taxas de juro, e do Banco Central Europeu (BCE), que reúne na quinta-feira, sendo esperada pelo mercado uma subida dos juros diretores em 25 pontos base.
O Stoxx 600 cresce 0,21% para 461,72 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, o tecnológico e os recursos básicos são os que mais impulsionam.
Entre as principais praças europeias, Amesterdão avança 0,49%, Paris cresce 0,31%, Frankfurt sobe 0,25%, Londres soma 0,24% e Milão valoriza uns ligeiros 0,05%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanha a tendência europeia e soma 0,16%.
Do lado inverso, Madrid desliza 0,34% e Atenas cai 0,47%.
Na segunda-feira, a bolsa de Wall Street encerrou em alta, com os índices S&P500 e Nasdaq a fecharem mesmo no máximo de mais de 13 meses. O Dow Jones, por seu turno, cresceu 0,56%.
Dólar cauteloso à espera dos dados da inflação nos EUA
O dólar recuou ligeiramente esta terça-feira, numa altura em que os investidores aguardam os dados da inflação dos Estados Unidos. Esta terça-feira é divulgado o índice de preços no consumidos (IPC) e as projeções apontam para que a inflação geral tenha desacelerado em maio (para 4,1%), mas que a inflação "core" continue a agravar (para 5,3%).
O euro sobe 0,38% para 1.07 dólares, quando que se espera que o Banco Central Europeu (BCE) suba as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, após a reunião desta quinta-feira, segundo a sondagem da Bloomberg junto de uma amostra de economistas.
Na Ásia, o yuan derrapou para um mínimo de seis meses depois de o Banco Popular da China (BPC) ter reduzido, esta terça-feira, a taxa de juro de recompra a sete dias em 10 pontos base, de 2% para 1,9%. É a primeira vez em dez meses que o banco central chinês baixa a principal taxa de juro para tentar impulsionar a economia.
Ouro mantém-se estável antes das decisões dos bancos centrais
O ouro avança uns ligeiros 0,23% para 1.962,36 dólares por onça, com os investidores à espera das várias reuniões de bancos centrais que acontecem a partir desta quarta-feira.
Amanhã, a Reserva Federal norte-americana (Fed) anuncia se sobe ou não as taxas de juro, estando o mercado expectante de uma pausa no ciclo de aperto monetário. O BCE reúne-se na quinta-feira e o Banco no Japão na sexta-feira.
O metal amarelo tem negociado entre os 1.940 e os 1.980 dólares por onça este mês de junho, depois de cair em maio devido a receios sobre a estabilidade do sistema financeiro nos Estados Unidos. A possível pausa na subida de juros por parte da Fed tem dado um novo ânimo ao ouro.
Esta terça-feira é ainda divulgado o índice de preços no consumidos (IPC) nos EUA. As projeções apontam para que a inflação geral tenha desacelerado em maio (para 4,1%), mas que a inflação "core" continue a agravar (para 5,3%), em linha com a tendência que se tem vindo a fazer sentir desde o verão. Os dados são centrais para o processo de decisão da Reserva Federal dos EUA.
Petróleo recupera perdas de olho na decisão da Fed
O petróleo recuperou algum terreno em relação a segunda-feira, mas os ganhos mantém-se limitados numa altura em que os investidores continuam cautelosos antes da tomada de decisões da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) e de outros bancos centrais.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 0,89% para 67,72 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – valoriza também 1,21%, mas para 72,71 dólares por barril.
Ontem, depois de o Goldman Sachs ter voltado a cortar na previsão para o preço do barril para o final deste ano para 86 dólares, o preço do petróleo ressentiu-se.
Além disso, esta semana vai ficar marcada por importantes decisões: na quarta-feira, a Fed anuncia se sobe ou não as taxas de juro, estando o mercado expectante de uma pausa no ciclo de aperto monetário. O BCE reúne-se na quinta-feira e o Banco no Japão na sexta-feira.
A preocupação sobre o futuro da procura da China também tem pressionado petróleo, que na semana passada deslizou 1,8%, a maior queda semanal desde o início de maio.