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Preços do gás na Europa disparam 21% com risco de escassez

Os preços de referência do gás natural liquefeito (GNL) no mercado europeu registam esta quarta-feira a maior subida em quase dois meses.

Com a crise energética causada pela invasão da Rússia à Ucrânia, as estratégias climáticas das empresas tornam-se mais desafiantes. Será um foco dos investidores no próximo ano.
Lisi Niesner/Reuters
09 de Agosto de 2023 às 13:03
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Os preços do gás natural liquefeito (GNL) negociado em Amesterdão, nos Países Baixos (TTF) – referência para a Europa continental – estão a disparar 21,3%, para os 37,675 euros por Megawatt-hora, esta quarta-feira devido aos receios de escassez de oferta após ser conhecida a possibilidade de greves dos trabalhadores em algumas explorações na Austrália.

Esta é a maior subida diária em quase dois meses nos preços do contrato de gás para entrega no mês seguinte.

Os trabalhadores das unidades da Chevron e da Woodside Energy na Austrália votaram favoravelmente uma greve que poderá afetar as exportações de gás do país.

Perante este cenário, os compradores asiáticos "deverão provavelmente reforçar as importações de gás" para substituir o gás proveniente da Austrália, o que irá afetar o mercado europeu também, disse à Bloomberg Nick Campbell, responsável da consultora Inspired.

"O gás natural liquefeito tem sido fundamental para a Europa, pelo que quaisquer sinais de que estes fluxos estão ameaçados levam a subidas nos preços", acrescentou.

Adicionalmente, o risco de atrasos nas manutenções anuais das instalações norueguesas estão também a pressionar os preços.

De momento, estes fatores estão a pesar mais no mercado do que a procura europeia relativamente moderada e as elevadas reservas dos países do Velho Continente.
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