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Paládio dispara 12% com renovado interesse dos fundos

O bom momento que se vive no grupo dos metais preciosos não deixou o paládio de fora, que está a beneficiar de uma maior aposta por parte dos fundos de investimento.

A maioria das projeções dos analistas aponta para que o ouro possa recuperar após ter tido um 2022 morno. No entanto, para o paládio o cenário é menos promissor.
Ilya Naymushin/REUTERS
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 06 de Março de 2024 às 17:57

Os preços do paládio para entrega em junho seguem a escalar em Nova Iorque, com uma subida de 11,14% para 1.053,61 dólares por onça, depois de já terem disparado 12% - naquele que é o maior ganho intradiário desde 14 de dezembro.

 

O paládio, com variadas aplicações industriais e muito utilizado nos catalisadores automóveis, está a beneficiar do bom momento que se vive nos metais preciosos – depois de o ouro ter já estabelecido hoje um novo máximo histórico à conta da expectativa do esperado corte dos juros diretores por parte da Reserva Federal norte-americana.

 

Embora não se espere que esse ciclo de flexibilização monetária comece antes de junho ou julho, o facto de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter reiterado essa linha levou a uma depreciação do dólar, o que beneficia os ativos denominados na nota verde, que ficam mais atrativos para quem negoceia com outras moedas.

 

Com o salto de hoje, o paládio regressou ao patamar dos 1.000 dólares por onça, o que não acontecia desde 12 de janeiro.

 

O metal precioso está a atrair uma nova ronda de "grandes compras" por parte dos fundos, sublinhou Bart Melek, principal estratega de "commodities" da TD Securities, citado pela CNBC.

 

O menor apetite por veículos elétricos também poderá estar a sustentar o paládio, acrescentou Melek. O setor automóvel representa 80% da procura por paládio, tendo este metal caído 39% em 2023 devido à sua substituição pela platina (que estava mais barata) nos catalisadores.

 

A Rússia é a principal produtora mundial de paládio, pelo que a sua invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022 e as posteriores sanções de que foi alvo suscitaram receios em torno da oferta – o que fez subir os preços para um máximo histórico de 3.380,50 dólares por onça.

 

Entretanto, em 2023 o metal precioso foi perdendo fôlego e terminou o ano abaixo dos 1.000 dólares por onça pela primeira vez desde setembro de 2018. Nos primeiros dois meses deste ano negociaram essencialmente abaixo dessa fasquia – exceto nos primeiros 12 dias de janeiro –, tendo mesmo chegado a negociar na casa dos 850 dólares em fevereiro.

 

Agora, no nível em que se encontra – e hoje já esteve a negociar nos 1.059,50 dólares por onça, o paládio está ainda 68% abaixo do seu recorde estabelecido em 2022 mas já está 23,8% acima dos mínimos de fevereiro.

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