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Com petróleo em máximos de 2014, Goldman vê Brent nos 100 dólares ainda este ano
O banco norte-americano diz que os preços vão ter que manter-se elevados para atrair investimento para o petróleo nesta fase de transição energética, de modo a reequilibrar o mercado.
Os preços do petróleo seguem a negociar em máximos de outubro de 2014, com a matéria-prima a ser suportada pelas novas perspetivas da Agência Internacional da Energia (AIE), que identifica uma procura robusta pelo crude. E, tendo em conta as previsões dos analistas, a subida apenas está a começar. O Goldman Sachs vê o petróleo de regresso aos 100 dólares já no final do ano.
Os preços do Brent seguem a negociar acima dos 88 dólares por barril, máximos de sete anos, enquanto o WTI, transacionado em Nova Iorque, segue acima dos 86 dólares por barril. Apenas em 2022, a matéria-prima valoriza 13,4% e 14,6% em Londres e nos EUA, respetivamente.
Uma procura robusta, os receios associados à ómicron a desaparecerem e a incapacidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para aumentar a produção deverão continuar a puxar pelos preços, com cada vez mais bancos de investimento a apontarem para cotações de três dígitos.
O Goldman Sachs foi o último banco a atualizar as expectativas para os preços do petróleo. Numa nova nota de "research", o banco norte-americano prevê que o Brent negoceie nos 96 dólares por barril no final de 2022 e suba para 105 dólares no próximo ano, mas vê o Brent a chegar aos 100 dólares algures no terceiro trimestre.
O banco norte-americano suporta as suas expectativas nos "fundamentais robustos" no mercado petrolífero, um défice na oferta maior do que era esperado e a menor capacidade da OPEP e dos seus aliados para lidar com estes problemas. Por outro lado, aponta o Goldman, há menor apetite para investir em petróleo devido ao tema da transição energética.
Assim, a expectativa do banco é que os preços tenham que continuar a subir para justificar o investimento no petróleo neste período de transição energética.