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Mercadorias abalam recomendações de fundos

A desvalorização das principais mercadorias nos mercados internacionais levou a perdas até 9% em alguns fundos de investimento recomendados pelos especialistas. Alguns deles acreditam que está na hora de abandonar o barco, mas outros agarram-se às suas apostas.

31 de Maio de 2011 às 08:50
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Conheça a evolução das oito carteiras de fundos





As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Longe do arrasto mercantil

A queda abrupta e generalizada das mercadorias nas praças internacionais não afectou as recomendações de fundos do ActivoBank. "O desempenho das carteiras beneficiou indirectamente com a ausência de exposição a fundos especializados em matérias-primas", explica Gonçalo Gomes, da Direcção de Marketing da instituição financeira. Assim, os portefólios sugeridos pelo ActivoBank tiveram um saudável avanço ao longo do último mês. A carteira agressiva ultrapassou a rendibilidade de 23% nos 22 meses desde que esta rubrica se estreou, ao que corresponde um ganho anual superior a 12%.

Nessa estratégia destaca-se o ganho superior a 4% do fundo Skandia Technology. "Beneficiou da maior procura de acções do sector tecnológico, bem como da subida do dólar, estando 75% da carteira investida nos EUA", conta Gonçalo Gomes. Depois de algumas semanas difíceis para as acções alemãs, o Fidelity Germany desvendou a maior queda entre os fundos da carteira agressiva.

No modelo prudente do ActivoBank, o destaque positivo é do fundo de obrigações convertíveis F&C Global Convertible Bond. "Beneficiou da exposição indirecta ao mercado accionista e da subida do dólar norte-americano", diz Gonçalo Gomes. Cerca de metade dos investimentos do fundo da F&C estão localizados nos Estados Unidos da América. A carteira prudente do ActivoBank apresenta uma rendibilidade anual de 6,50%.





Banco Best
Estreia nas praças americanas

A forte desvalorização das mercadorias nas bolsas internacionais arrastou a carteira agressiva para terreno negativo. É o terceiro mês consecutivo de perdas para essa estratégia do Banco Best. O Vontobel Belvista Commodity, o fundo principal no portefólio recomendado pelos especialistas, deslizou cerca de 7% desde a última revisão das carteiras. Os responsáveis do banco mantém essa aposta para o próximo mês, mas revêem várias outras participações.

Para começar, o Pimco Total Return Bond, na sua versão com cobertura cambial, é nomeado como maior aposta da estratégia conservadora, bem como entra para o final da tabela do modelo agressivo. Deste modo, a Direcção de Investimentos do banco elimina da composição das suas recomendações o Schroder Strategic Bond. A troca prende-se com a melhor adaptação do fundo eleito: "menor duração e redução da exposição a dívida de países desenvolvidos", explicam os responsáveis.

Na frente accionista, o Banco Best também trocou o Fidelity Latin America pelo Threadneedle American Extended Alpha, estreando, assim, uma recomendação de um fundo de acções norte- -americanas. Simultaneamente, o fundo Vontobel Global Trend New Power é substituído pelo JPMorgan Global Focus, de modo a se obter "uma exposição mais geral aos mercados accionistas globais".





Banco BIG
Acções mundiais da Fidelity promovidas

Com as taxas de juro de mercado a subir é preciso extrair mais rendimentos dos mercados financeiros, acreditam os especialistas do Banco Big. "Continuamos a privilegiar a tomada de risco mesmo no cenário actual de remuneração de depósitos a prazo a que assistimos em Portugal. Com a recente correcção nos mercados accionistas aumentamos ligeiramente a exposição a este segmento no perfil agressivo", explica Rui Broega, director da gestão de activos do banco que oferece agora taxas até 4,5% num depósito a um ano aos seus actuais clientes.

O Fidelity Global Opportunities, um fundo de acções mundiais, foi promovido nas duas estratégias do Banco Big: na conservadora passou de um peso de 5% para 10% e na agressiva de 10% para 20%. Na carteira deste fundo encontram-se nomes como Exxon Mobil, Coca-Cola, Vodafone e Royal Dutch Shell entre as principais participações.

As mudanças não se cingiram ao produto da Fidelity. No portefólio mais conservador, o reforço no Fidelity Global Opportunities foi compensado pelo abandono do Threadneedle European High Yield Bond. Na carteira agressiva, a par do fundo da Fidelity, os responsáveis do Banco Big também adquiriram o Threadneedle Global Select, outro fundo de acções mundiais. Estas entradas foram possível graças ao sacrifício das participações nos fundos de obrigações JPMorgan Global Convertibles e Threadneedle European High Yield Bond, que deixaram de constar na estratégia do Banco Big.





Deutsche Bank
Mercadorias vendidas na queda

A grande aposta da Direcção de Investimentos do Deutsche Bank no mercado norte-americano continua a dar frutos. O Parvest Equity USA, que absorve 41% da estratégia agressiva do banco de origem alemã, continua a escalar. Neste mês, depois do valor do dólar subir, a aposta neste fundo rendeu mais de 2%. Contudo, isso não foi o suficiente para contrariar as quedas do BlackRock European e do BlackRock Emerging Markets, que, em conjunto, valem 54% da carteira. Mesmo assim, o portefólio agressivo lidera os ganhos das recomendações dos supermercados de fundos, ao acumular um ganho anual de 13,46%.

No modelo prudente do Deutsche Bank, a surpresa foi o Schroder Global Corporate Bond. Este fundo de obrigações empresariais de todo o mundo valorizou mais de 4%. O movimento do dólar forneceu um empurrão à subida das cotações dos títulos de dívida.

Num mês de quedas dos preços das principais mercadorias, a equipa de especialistas do Deutsche Bank optou por abandonar o DB Platinum Commodity Euro. Este fundo chegou a perder 9% apenas nas duas primeiras semanas de Maio. Para o substituir foi nomeado o fundo BlackRock Global Allocation, na sua versão com cobertura cambial. É um produto que investe em acções e obrigações. A informação mais recente mostra que dois terços da carteira está no mercado accionista, maioritariamente dos Estados Unidos da América.

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