Numa semana mais curta do que o habitual para os investidores europeus, o mercado de trabalho estará no centro das atenções das bolsas. A evolução das principais economiais mundiais continua a ser determinante para o sentimento dos investidores que procuram sinais de recuperação. O desemprego continua a ser uma das maiores preocupações e, esta semana, será conhecida a sua evolução tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos.

Na sexta-feira, as principais praças do Velho Continente estarão encerradas por motivo de feriado, tal como na próxima segunda-feira. Antes disso, os investidores voltarão a sua atenção novamente para os indicadores macroeconómicos. Os mais relevantes dizem respeito ao comportamento do desemprego, tanto nos Estados Unidos como deste lado do Atlântico.

As principais bolsas europeias estarão encerradas na próxima sexta-feira e também na segunda-feira que se segue à Páscoa. Os dados das principais economias do mundo voltam esta semana a ser importantes para ditar o rumo dos mercados accionistas.

No último dia de Março, o Eurostat divulga a taxa de desemprego da Zona Euro, em Fevereiro. A previsão dos economistas ouvidos pela Bloomberg aponta para um avanço para os 10% face aos 9,9% do mês precedente.

Também a maior economia do mundo divulgará dados relacionados com o desempenho do mercado de trabalho. O primeiro será, na quarta-feira, o relatório da ADP sobre a criação de postos de trabalho, em Março. As estimativas são de um aumento de 40 mil postos de trabalho, o que compara com a destruição de 20 mil registada no mês anterior.

No dia seguinte, e como habitual às quintas-feiras, o Departamento do Trabalho norte-americano anuncia os pedidos de subsídio de desemprego, na semana passada. Apenas na sexta-feira será conhecida a taxa de desemprego, relativa ao mês de Março. A expectativa dos responsáveis ouvidos pela agência noticiosa é de que esta se tenha mantido nos 9,7%.

Outro dos dados em destaque tem a ver com a estimativa do índice de preços no consumidor, na Zona Euro, em Março. As projecções são de que a taxa de inflação se tenha fixado nos 1,1%, subindo face aos 0,9% anteriores.

Mas outros dados serão anunciados nos próximos dias. Já hoje espera-se, do outro lado do Atlântico, a evolução dos gastos pessoais, em Fevereiro. Quanto às encomendas à indústria, também referentes a Fevereiro, estas deverão ter aumentado 0,5%, o que compara com o crescimento de 1,7% anterior. Na primeira sessão de Abril, prevê-se o anúncio dos gastos de construção, em Fevereiro, que deverão ter descido 1,0%. Na Zona Euro, o instituto de estatísticas divulgará a confiança dos consumidores e também o índice PMI para a indústria manufactureira, relativos a Março.

Numa altura em que a grande maioria das companhias já publicou as suas contas relativas ao exercício de 2009, o ABN Amro e o Dresdner Bank têm agendada para esta semana a divulgação dos seus resultados.