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IGCP aumenta rede de distribuição de certificados. BiG é o primeiro banco a juntar-se

A agência que gere a dívida pública indica que todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, "num modelo de adesão voluntário e aberto".

Mariline Alves / Cofina Media
A rede de distribuição de produtos de poupança do Estado cresceu. A partir desta quinta-feira também o Banco de Investimento Global (BiG) vai poder vender certificados de aforro e do Tesouro, tal como os CTT, os Espaços Cidadão e a plataforma digital AforroNet.

"Os aforristas portugueses têm a partir de hoje acesso aos produtos de aforro do Estado através de mais uma entidade de distribuição e de novos canais digitais", anunciou a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP em comunicado.

"Este é mais um passo na estratégia de alargamento da rede de colocação dos produtos de aforro do Estado e de melhoria da experiência dos aforristas, que permite subscrever estes produtos de poupança de forma 100% digital", diz.

O arranque da comercialização de certificados pelo BiG surge na sequência de um projeto que tem vindo a ser desenvolvido com a EsPAP e do visto prévio do Tribunal de Contas sobre este contrato. A expansão da rede física e o alargamento das plataformas digitais insere-se na estratégia da transformação digital do IGCP iniciada em 2023.

Em fevereiro do ano passado, o presidente do IGCP, Miguel Martín, disse, durante uma audição parlamentar na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), que o Estado português estava a pagar aos CTT entre 0,585% a 0,26% pelas subscrições dos certificados de aforro ou do Tesouro, sendo que objetivo era alargar a rede de distribuição destes produtos.


"Todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, num modelo de adesão voluntário e aberto", refere o IGCP.

O primeiro é o BiG. Fundado há 25 anos e com presença ibérica, a instituição financeira é responsável pela supervisão de 6,9 mil milhões de euros em ativos. "Prosseguindo a estratégia de disponibilizar uma oferta completa de soluções de poupança e investimento aos nossos clientes, somos agora o primeiro banco a possibilitar a subscrição dos certificados de aforro do Estado. Criámos um processo simples, prático e totalmente online e que permite também aos clientes passarem a ter uma visão integrada do seu património financeiro, incluindo os certificados de aforro", diz Mário Bolota, CEO do BiG, em comunicado.

A agência liderada por Miguel Martín defende que os cerca de um milhão de atuais aforristas terão uma "melhoria substancial da experiência de abertura de conta e de subscrição, da consulta integrada e do resgate dos seus produtos de aforro, bem como da gestão das suas carteiras". Além disso, a medida "potencia o acesso a estes produtos por novos aforristas, nomeadamente pela diáspora portuguesa".

A par do alargamento da rede, o Tesouro está também a avançar na digitalização dos produtos de poupança do Estado. Em junho, o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes anunciou no Parlamento que estavam a ocorrer procedimentos concursais para que haja uma "verdadeira revolução digital" nos processos do IGCP.

O plano da agência que gere a dívida pública portuguesa inclui uma app que permitirá subscrever certificados de aforro pelo telemóvel. Para isso, foi lançado, a 12 de junho, um concurso público internacional no valor de 600 mil euros referente à aquisição da prestação de serviços de consultoria para a definição da estratégia e do plano de trabalhos em vista da transformação digital da agência.

(Notícia atualizada às 12:20 com comentário do CEO do BiG)
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