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Google - À procura do sucesso nas redes sociais

Google+ é aposta para recuperar terreno neste mercado, o único que falta na hegemonia da Google

02 de Agosto de 2011 às 08:44
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Larry Page | Co-fundador assumiu, recentemente, o cargo de CEO.


A Google vive meses que serão cruciais na sua história. Trocou de presidente e intensificou a aposta em novos produtos. A gigante joga a "última cartada" no lucrativo mercado das redes sociais, com o Google+, um segmento em que se deixou ultrapassar e o "elo" que falta na hegemonia de que goza no mercado das novas tecnologias.

Eric Schmidt, recentemente substituído no cargo de CEO por um dos fundadores da Google, Larry Page, reconheceu que a empresa descurou o potencial das redes sociais, deixando caminho aberto para o crescimento do Facebook. Entre as tentativas frustradas destaca-se o Orkut, popular no Brasil mas secundário nos EUA e na Europa. E o Google Buzz, que cometeu o "pecado capital" de se apropriar dos contactos do Gmail para compor a lista de "amigos" da malograda rede social.

À terceira, a investida nas redes sociais está a ser gerida de forma mais cuidada, com a introdução do Google+. A Google procurou atacar o Facebook no seu ponto fraco - a indiferenciação dos "amigos" - e apostou na composição de diferentes redes de contactos. A Google utilizou também uma técnica de "marketing" que funcionou quando do lançamento do Gmail: a formação de uma "fila à porta".



Ou seja, nos primeiros meses do Google+ o registo só pode ser feito por convite, o que ajuda a criar ansiedade e curiosidade no público. O serviço passou ontem a registo aberto, após conquistar 20 milhões de utilizadores durante o período experimental.

Custos preocupam investidores

A empresa tem investido fortemente em contratações e em salários, bem como em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. O aumento dos custos operacionais estava a gerar alguns receios entre os analistas, mas a gigante voltou, há duas semanas, a apresentar lucros que "esmagaram" as estimativas.

As receitas dispararam 32% no segundo trimestre, para mais de nove mil milhões de dólares, um valor que cai para 6,92 mil milhões descontando os custos de aquisição de tráfego, ou seja, as comissões que a Google paga aos parceiros publicitários. Os resultados com publicidade em motores de busca e no YouTube suportaram os resultados.

Já os custos totais aumentaram 38%, uma subida que reflecte, em parte, a contratação de quase 2.500 novos funcionários durante o segundo trimestre, que se juntaram aos mais de 1.800 contratados no primeiro trimestre. Larry Page pede fé aos investidores e accionistas, prometendo que os frutos virão.

"Continuamos compradores de acções da Google, depois dos bons resultados do segundo trimestre, o sucesso inicial do Google+ e a aceleração das activações de sistemas operativos Android mostram que a Google está a dar cartas em todas as frentes", diz Jeetil Patel, analista do Deutsche Bank.

As acções estão a valer 611 dólares, abaixo dos máximos de 740 tocados em 2007 mas a "léguas" de distância dos 85 dólares a que os títulos foram vendidos, em 2004. Entre os 43 bancos consultados pela Bloomberg, 38 recomendam "comprar" e cinco "manter". A média das avaliações coloca a Google nos 735 dólares.


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