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Água - Investir no petróleo do futuro

A procura de água não pára de crescer, enquanto as reservas são as mesmas de há milhões de anos. O potencial do sector começa a emergir.

21 de Abril de 2008 às 12:01
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“A água promete ser para o século XXI o mesmo que o petróleo foi no século XX: a matéria-prima mais preciosa a determinar a riqueza das nações”. A frase, há oito anos publicada na revista “Fortune”, sentencia o papel que a água deverá rapidamente começar a assumir na economia global, mas com uma diferença em relação ao petróleo: é um bem insubstituível. E, tal como o petróleo, o potencial do investimento é bastante alargado.

Nenhuma outra matéria-prima no mundo, além da água, não tem qualquer tipo de substituto. Uma condição que se torna mais valiosa no confronto directo entre as reservas existentes e as necessidades crescentes. Não obstante perto de 80% do planeta estar coberto de água, a água potável representa apenas 1% das reservas do ecossistema. Exactamente a mesma quantidade que há 10 milhões de anos, quando o Homem começou a habitar a Terra. A diferença está no facto de, agora, cerca de seis biliões de pessoas estarem a competir por essa curta percentagem. É neste ponto que reside o potencial da água como investimento.

Com o crescimento e desenvolvimento da população mundial, em particular nos países emergentes, as necessidades de água aumentaram drasticamente. Na China, por exemplo, mais de metade das cidades já enfrentam problemas de falta de água, sendo que 110 já atingiram um nível crítico de escassez. As reservas de água mundiais têm, também, sido afectadas pela poluição. Para fazer face ao desequilíbrio crescente entre oferta e procura, os países terão de fazer avultados investimentos em redes de distribuição, exploração e tratamento.

De empresas produtoras de água, às especializadas no acondicionamento, em dessalinização, incluindo ainda sociedades de tratamento de águas residuais, o universo deste sector é bastante diversificado em áreas, mas, contudo, ainda curto ao nível de representação nos mercados de capitais mundiais. Também aqui existe uma oportunidade para ganhos. O número de empresas cotadas em bolsa deverá aumentar 500% nos próximos dez anos, segundo as estimativas da Lehman Brothers.

Estão, assim, à espreita múltiplas oportunidades de investimento, para as quais a indústria financeira começa a olhar. Em Portugal, estão à venda apenas dois fundos de investimento especializados neste tema. Ambos apostam em empresas de média capitalização bolsista, sedeadas em diferentes países, e cujas actividades abarcam os sectores dos serviços, indústria, “utilities” e bens de consumo.

O fundo gerido pela suíça Pictet Funds é o mais antigo e o que melhores resultados apresenta. Acumula uma rendibilidade de 12,3% nos últimos cinco anos, valorizando 26,5% desde a sua constituição, a 28 de Fevereiro de 2000. Este fundo faz ainda um bom equilíbrio entre o risco assumido e o retorno alcançado, visível na classificação com quatro estrelas pela Morningstar. No entanto, não deixa de ser um investimento de risco médio alto, daí que a gestora recomende um horizonte de investimento mínimo de cinco anos.

4 razões para investir:

- Bem insubstituível;

- Reservas limitadas;

- Aumento da procura, com crescimento da população e desenvolvimento dos países;

- Baixa capitalização bolsista.

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