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Gestora de activos do Novo Banco volta a perder dinheiro
Os investidores continuam a retirar dinheiro dos fundos da gestora do Novo Banco. A GNB Gestão de Activos registou o 10º mês consecutivo de resgates, com o seus activos sob gestão a caíram para menos de 900 milhões.
A gestora de activos do Novo Banco registou o 10º mês consecutivo de resgates, com os investidores a continuarem a retirar dinheiro dos fundos aplicados na antiga ESAF. Apenas em 2015, a GNB Gestão de Activos já perdeu 176 milhões de euros, com o montante sobe gestão a cair para menos de 900 milhões.
À semelhança do que acontece desde Abril, o dinheiro que saiu dos fundos da GNB superou as novas entradas. Apenas em Fevereiro, a gestora registou um saldo negativo entre subscrições e resgates no valor de 107,4 milhões de euros, elevando para 176,1 milhões de euros o valor dos resgates em 2015, segundo os dados mensais publicados pela APFIPP.
Os sucessivos resgates já levaram a antiga gestora do BES a perder mais de dois terços do valor que tinha sob gestão. A GNB gere agora 822,1milhões de euros, abaixo dos 911 milhões no mês anterior e longe dos 2518,4 milhões de euros sob gestão em Abril do ano passado.
Indústria conquista investimento
Apesar das saídas de dinheiro dos fundos da GNB, as gestoras portuguesas conseguiram captar investimento em Fevereiro, com os fundos nacionais a beneficiarem com o optimismo que se vive nos mercados financeiros.
O volume de subscrições dos fundos totalizou 722 milhões de euros, enquanto os resgates atingiram 581,4 milhões, aos quais acresceu ainda um reembolso no valor de 33,3 milhões de euros, o que perfaz um saldo positivo de 107,3 milhões de euros.
No acumulado do ano, a indústria obtém subscrições líquidas positivas no valor de 77,7 milhões de euros, enquanto o valor sob gestão dos fundos ascendeu a 11.876 milhões de euros, 2,3% acima do montante registado em Janeiro.
A falta de rendibilidade dos investimentos mais conservadores, nomeadamente os depósitos a prazo, está a obrigar os investidores a procurarem alternativas de investimento para maximizarem os seus retornos. Também o bom momento que se vive nos mercados financeiros, fruto do programa de estímulos do BCE, tem favorecido a aposta em activos de maior risco.