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Wall Street otimista antes de encontro entre China e EUA

Em vésperas do encontro entre as duas maiores economias do mundo, as principais bolsas dos Estados Unidos abrem em alta, com os investidores otimistas com a hipótese de as relações entre os dois acalmarem.

Reuters
09 de Outubro de 2019 às 14:44
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Os principais mercados dos EUA interrompem um ciclo de três sessões em queda e seguem hoje a subir, antes da reunião de dois dias entre os representantes de Pequim e de Washington, que irá decorrer esta semana (10 e 11 de outubro).

O Dow Jones sobe 0,55% para ps 26.308,23 pontos, o Nasdaq ganha 0,86% para 7.891,06 pontos e o S&P500 avança 0,64% para 2.911.97 pontos.

As empresas com uma grande exposição à China sobem, como é o caso da Apple que valoriza 1,1% e das fabricantes de chips Nvidia, Intel e Advanced Micro Devices que somam cerca de 1,5%.

Hoje, o Financial Times avançou que a China vai oferecer-se para aumentar em 3,25 mil milhões de dólares a aquisição de produtos agrícolas aos EUA e vai apresentar esta cedência em Washington na ronda de negociações que começa amanhã.

Segundo o jornal britânico, que cita fontes anónimas próximas das negociações, o objetivo da China é ter um acordo provisório com os EUA que evite a aplicação da nova ronda de aumento das tarifas a 15 de outubro. Para tal vai oferecer-se para comprar mais 10 milhões de toneladas de grãos de soja, o equivalente a 3,25 mil milhões de dólares.

Apesar desta abertura chinesa para que um acordo seja alcançado, a esperança de que tal aconteça não é grande, entre os investidores. Porém espera-se que o encontro entre ambos os países possa arrefecer a tensão vivida nos últimos dias.

"Não acho que exista muita esperança nos mercados de que se possa concluir um acordo em breve", disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James, acrescentando que "para os mercados, pode ser suficiente apenas ver um acalmar de tensões".

Nas últimas semanas, a relação entre a China e os EUA tem conhecido capítulos díspares. Do lado de Washington, Donald Trump decidiu colocar mais oito empresas de tecnologia da China na sua lista negra e está mesmo a ponderar introduzir restrições ao fluxo de capitais para a China, tendo como alvo preferencial os investimentos feitos pelo fundo de pensões do Governo norte-americano.

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