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Supervisores e IAPMEI vão dar formação financeira a empresários
O novo projecto do Plano Nacional de Formação Financeira diz respeito à formação dos empresários. Será também lançada uma plataforma de e-learning para complementar esta formação.
As micro, pequenas e médias empresas são o próximo alvo do Plano Nacional de Formação Financeira. Depois de ter iniciado a formação de professores, o Conselho Nacional de Supervisões Financeiros (composto pelo Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Instituto de Seguros de Portugal) vira-se agora para os empresários.
Para o desenvolvimento deste projecto, foi assinado um protocolo com o IAPMEI para definir as linhas orientadoras desta formação. Na próxima sexta-feira, será colocado em consulta pública o referencial de formação financeira para este público-alvo, de modo a que todos os interessados possam manifestar-se.
Estas formações serão baseadas em 10 temas cruciais do sistema económico e financeiro. O objectivo é dotar as empresas de meios que lhes permitam desenvolver os seus projectos, cabendo ao IAPMEI avaliar as especificidades de cada empresa.
"As empresas merecem-nos a máxima atenção e preocupação" pela importância que têm para o desenvolvimento e para a criação de emprego e pelo facto de estarem "menos protegidas por normas regulamentares e legais" do que os particulares, sublinhou Lúcia Leitão, directora do Departamento de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal.
Para complementar este projecto, os supervisores desenvolveram uma plataforma de e-learning que dará informação aos formadores mas que estará disponível para o público em geral. Esta plataforma será lançada no próximo dia 30 de Outubro, sexta-feira.
Também nesse dia será lançado o Caderno de Educação Financeira que surge na sequência do referencial de educação financeira e da formação de professores. Com este manual, os professores passam a ter disponível um material adequado. Este manual contou com o apoio das associações sectoriais da banca, seguros e fundos de investimento.
O manual, que conta com cinco temas principais, tem como público os alunos do primeiro ciclo, nomeadamente entre os oito e os dez anos. Os supervisores pretendem desenvolver no futuro manuais para os restantes ciclos de ensino.