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Mais de 84% dos investidores portugueses detinham acções em 2018

O inquérito realizado pela CMVM conclui que há mais investidores a apostar em acções e são os investidores mais jovens que concentram o investimento em criptomoedas.

03 de Outubro de 2018 às 15:45
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Os investidores portugueses são conhecidos pelo seu conservadorismo e baixa apetência para investir em risco. No entanto, há cada vez mais investidores portugueses a investir em acções. De acordo com o mais recente inquérito sobre o perfil do investidor português, cerca de 84% dos investidores nacionais detinham acções em 2018.

"Em 2018 verificou-se que cerca de 84% do total de inquiridos detinham acções. Ao mesmo tempo, assiste-se a um equilíbrio entre os diferentes tipos de perfil de risco dos investidores: 36% dizem ser avessos ao risco, 28% são neutros e 38% afirmam ser propensos ao risco", pode ler-se no relatório divulgado esta quarta-feira pela CMVM.


Entre os investidores que detêm activos de risco, estes investimentos representam uma pequena parte do seu património. "15% dos investidores detêm valores mobiliários que representam menos de 10% do seu património e 19% dos investidores detêm valores mobiliários que representam mais de 50% do seu património", refere o mesmo documento.
Para investir, os investidores referem que os aspectos "extremamente importantes" são: o entendimento das características dos investimentos (98%), o risco de perda do capital (85%) e conhecer as comissões praticadas sobre os investimentos (89%).

Mais jovens lideram investimentos em bitcoin 
Em termos de investimentos em bitcoin e ofertas públicas iniciais de moedas (ICO), são os investidores mais jovens e mais propensos ao risco que lideram a aposta neste tipo de investimentos.Cerca de 47% dos investidores em ICO e bitcoin têm entre 25 e 39 anos, quase todos (93%) detêm acções e 62% mostram-se mais disponíveis para investir em activos de risco.

Em termos de capacidade de suportar perdas, o inquérito realça que "a tendência para manter ''loosing stocks' no portfolio por tempo demais’, está mais presente nos investidores em ICO e nos investidores que afirmam ter conhecimentos muito superiores face à média da população portuguesa do que para os restantes – para estes últimos, a presença dos vieses ‘aversão à perda’, ‘falácia do jogador’ (que se traduz em excesso de confiança) e ‘tendência de vender winning stocks cedo demais’, está mais presente do que nos primeiros".


Apesar de estarem a investir mais em activos de risco, os portugueses continuam a apresentar baixos níveis de conhecimentos financeiros. "Cerca de 16% dos investidores inquiridos têm fracos conhecimentos sobre matérias de natureza financeira (situando-se nos dois primeiros degraus de uma escala de 5 níveis)", conclui o estudo da CMVM, realizado junto de 2311 participantes. Ainda assim, o inquérito aponta que "37% dos investidores têm melhores conhecimentos financeiros do que aqueles que acreditam ter."

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